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Revista M&T - Ed.291 - Fevereiro / Março 2025
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COLUNA DO YOSHIO

Uma sutil corrida contra o relógio

"O que ainda é um movimento sutil deve se tornar cada vez mais evidente e preocupante ao longo de 2025, forçando o mercado a refletir para se antecipar às transformações que se insinuam no horizonte.”

Com velocidade cada vez maior, as mudanças tecnológicas e de gestão são cada vez mais numerosas, acuando-nos em uma situação de “corrida contra o relógio”, que exige esforço apenas para manter-nos minimamente atualizados sobre o grau de desenvolvimento obtido em nosso setor de atividades. Em tal quadro de entropia, imaginar o que esperar para o ano que se inicia ganha uma importância estratégica. Segundo o horóscopo chinês, o ano de 2025 é o ano da Serpente, em um ciclo marcado pela reflexão e pela transformação sutil.

Para o mercado de máquinas e equipamentos de construção e outros setores, as transformações não têm sid


"O que ainda é um movimento sutil deve se tornar cada vez mais evidente e preocupante ao longo de 2025, forçando o mercado a refletir para se antecipar às transformações que se insinuam no horizonte.”

Com velocidade cada vez maior, as mudanças tecnológicas e de gestão são cada vez mais numerosas, acuando-nos em uma situação de “corrida contra o relógio”, que exige esforço apenas para manter-nos minimamente atualizados sobre o grau de desenvolvimento obtido em nosso setor de atividades. Em tal quadro de entropia, imaginar o que esperar para o ano que se inicia ganha uma importância estratégica. Segundo o horóscopo chinês, o ano de 2025 é o ano da Serpente, em um ciclo marcado pela reflexão e pela transformação sutil.

Para o mercado de máquinas e equipamentos de construção e outros setores, as transformações não têm sido lá muito sutis nos tempos recentes. De fato, vimos alguns setores serem muito beneficiados pela pandemia e pelos juros em níveis ineditamente baixos, apenas para depois sentirem um forte refluxo dos negócios.

Em 2025, imagino que as mudanças em curso se tornarão ainda mais evidentes e claras para todos nós. E os desafios não serão apenas os juros elevados, a escassez de crédito e o governo buscando maior arrecadação. Há ainda outros fatores pressionando por mudanças, que são inéditos em sua natureza e sutis na complexidade.

Algumas dessas mudanças têm afetado o modelo de negócio na cadeia de valor do setor. Hoje, quando procuramos entender os players do mercado, notamos que as empresas de locação estão entre os protagonistas mais influentes na destinação da produção e no estabelecimento dos preços. Impulsionados pela maior capacidade de captação de recursos e agilidade operacional, em comparação aos concessionários, distribuidores e, até mesmo, fabricantes, os locadores deslocam o eixo de gravidade do setor.

Com a elevação do custo do capital, que impacta as margens ao longo da cadeia de valor em diversos negócios, as consolidações e integrações verticais indicam uma transformação mais sutil e menos vistosa, como forma de defender as margens afetadas. Assim, locadoras entram no negócio dos prestadores de serviços e empreiteiros, enquanto alguns fabricantes mobilizam-se para atender diretamente a uma parte de seu mercado.

A própria transição energética transfere recursos de um setor de pós-venda diluído no tempo para um modelo de recursos concentrados em intervenções singulares, como ocorre na substituição de baterias elétricas e células de energia. O que ainda é um movimento sutil deve se tornar cada vez mais evidente e preocupante ao longo de 2025, forçando o mercado a refletir para se antecipar às transformações que se insinuam no horizonte.


*Yoshio Kawakami é consultor da Raiz Consultoria e diretor técnico da Sobratema

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