
Muitas vezes, dizemos que dirigir olhando no retrovisor não é a melhor maneira de seguir adiante – pois pode ser perigoso mesmo no sentido figurado.
Mas também dizem que quem não aprende com a história está condenado a repetir os erros do passado, em uma frase popularizada pelo filósofo espanhol George Santayana e atribuída ao filósofo, teórico político e orador irlandês Edmund Burke.
No entanto, uma retrospectiva das mudanças ocorridas no mercado pode ser valiosa para se entender o curso evolutivo e as tendências do setor.
Apesar das surpresas disruptivas e dos eventos imprevisíveis atuais, para muitas coisas há uma fugaz linha do tempo que faz a conexão entre as transformações. Às vezes, essas mudanças são tão sutis que deixam surpresos os mais desatentos.
Há cerca de 15 anos, a gestão empresarial praticada no Brasil viveu uma mudan&c


Muitas vezes, dizemos que dirigir olhando no retrovisor não é a melhor maneira de seguir adiante – pois pode ser perigoso mesmo no sentido figurado.
Mas também dizem que quem não aprende com a história está condenado a repetir os erros do passado, em uma frase popularizada pelo filósofo espanhol George Santayana e atribuída ao filósofo, teórico político e orador irlandês Edmund Burke.
No entanto, uma retrospectiva das mudanças ocorridas no mercado pode ser valiosa para se entender o curso evolutivo e as tendências do setor.
Apesar das surpresas disruptivas e dos eventos imprevisíveis atuais, para muitas coisas há uma fugaz linha do tempo que faz a conexão entre as transformações. Às vezes, essas mudanças são tão sutis que deixam surpresos os mais desatentos.
Há cerca de 15 anos, a gestão empresarial praticada no Brasil viveu uma mudança na relação com empresas e clientes transnacionais, o que fez com que o conhecimento, a técnica e a experiência das grandes corporações se tornassem comuns também em empresas familiares e novos empreendimentos.
Claro que as novas tecnologias e a disponibilização de conhecimento por meio da internet também ajudaram muito nessa evolução.
Dessa maneira, os Planejamentos Estratégico e Orçamentário passaram a ser adotados em muitas empresas familiares.
Além disso, o ciclo de mudança geracional trouxe a necessidade de planejar a sucessão da gestão e de implementar diretrizes de governança, até como uma ponte na transição gradual entre as gerações, em muitos casos ocorrida pela primeira vez entre os fundadores e seus herdeiros nas empresas brasileiras.
O fato é que a organização mais sólida e a profissionalização da gestão permitiram maiores ambições de crescimento e desempenho nas empresas.
Com uma melhor gestão, foram ampliadas as possibilidades de captação de recursos para investimentos, com a elaboração de novas soluções como emissões de dívidas, créditos para inovação e abertura de capital para captação direta do mercado, eventualmente com custos menores e liquidez para os sócios.
As possibilidades abertas com captações viabilizaram ainda a participação no jogo das consolidações e projetos de M&A (aquisições e fusões), especialmente através das chamadas “teses de investimentos”, aproveitando os ciclos dos mercados.
Atualmente, tais caminhos já estão plenamente mapeados e conhecidos, mas há cerca de 10 anos ainda eram novidades restritas às empresas maiores.
No decorrer da última década, passamos por todas essas etapas de sofisticação e, como consequência, aprendemos a lidar com o “sell side” e com o “buy side” dos processos. Ou seja, foi um bom aprendizado para o setor, que deu uma nova dinâmica às empresas no país.
*Yoshio Kawakami é consultor da Raiz Consultoria e diretor técnico da Sobratema

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