O que acontece com as pessoas em tempos de incertezas, polarização, guerras, crises geopolíticas, conflitos comerciais, rupturas de alianças, aumento da criminalidade e escalada generalizada da violência? Parece exagero, mas é exatamente o que estamos experimentando na atualidade.
A falta de perspectivas visíveis e a dificuldade de estabelecer um plano de longo prazo para a vida pessoal, para os negócios e para a própria sociedade faz com que, cada vez mais, as pessoas busquem uma zona de conforto própria, em um “espaço” cada vez menor e mais individualizado.
Na prática, os ideais globalistas já foram descartados, com aumento das desigualdades e retorno ao nacionalismo e ao protecionismo econômico, sacrificando as propostas mais nobres de resolver os problemas globais e proteger os recursos naturais, que mais uma vez já se esfarelam no tempo.
No mundo dos negócios, os empresários se torn
O que acontece com as pessoas em tempos de incertezas, polarização, guerras, crises geopolíticas, conflitos comerciais, rupturas de alianças, aumento da criminalidade e escalada generalizada da violência? Parece exagero, mas é exatamente o que estamos experimentando na atualidade.
A falta de perspectivas visíveis e a dificuldade de estabelecer um plano de longo prazo para a vida pessoal, para os negócios e para a própria sociedade faz com que, cada vez mais, as pessoas busquem uma zona de conforto própria, em um “espaço” cada vez menor e mais individualizado.
Na prática, os ideais globalistas já foram descartados, com aumento das desigualdades e retorno ao nacionalismo e ao protecionismo econômico, sacrificando as propostas mais nobres de resolver os problemas globais e proteger os recursos naturais, que mais uma vez já se esfarelam no tempo.
No mundo dos negócios, os empresários se tornam mais realistas e objetivos, mirando maior concretude nos negócios em uma visão imediatista, que se encerra num raio de visibilidade curta.
Profissionais e executivos tornam-se mais cautelosos e individualistas, preservando as próprias carreiras no curto prazo e procurando se blindar dos riscos iminentes.
Políticos reforçam a sobrevivência eleitoral por meio de um “curto-prazismo” pragmático e populista. A nova regra é o jogo individual, que desarticula a sociedade e promove a luta entre as “facções” em todos os setores.
Nesse cenário, os setores com evolução mais rápida e disruptiva muitas vezes são associados e explicados em termos de dominação e poder econômico, ao invés de propostas concretas para a sociedade global.
Aparentemente, ninguém mais é ingênuo, pois tudo se faz unicamente para controlar. Isso traz a necessidade de lideranças mais maduras e abrangentes, capazes de resgatar o curso evolutivo da sociedade por meio de pensamento coletivo, restabelecimento da confiança e propostas estratégicas de longo prazo.
Para um alívio imediato das ansiedades e incertezas, o foco está em acreditar em uma sequência de concepções e ações espontâneas e minimalistas, que se acumulem para formar uma proposta mais grandiosa de sociedade.
Com o tempo, as percepções humanas mais aguçadas identificarão essas oportunidades e voltarão a investir no futuro, com soluções mais abrangentes.
O sucesso individual num ambiente já comprometido pelo imediatismo e individualismo não será capaz de propiciar a segurança e a liberdade que o ser humano constantemente busca. Como em qualquer atividade humana, pensamentos mais amplos e abrangentes também são requisitos da liderança corporativa.
*Yoshio Kawakami é consultor da Raiz Consultoria e diretor técnico da Sobratema
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