Muitas vezes, a tecnologia e os novos produtos dela derivados chegam antes mesmo que se entenda seu pleno alcance ou a utilidade de sua aplicação. Todavia, há situações em que a ideia inovadora que envolve um processo precisa esperar que a tecnologia avance para viabilizar um novo modelo de negócios.
Voltemos décadas no tempo, até o ano de 1995, quando uma nova categoria de produto chegava ao mercado. Refiro-me ao PDA (Personal Digital Assistant), precursor de algumas funções que hoje desempenham papeis menores em um smartphone, como “agendas” e “anotações”. Creio que, após alguns anos, o Palm tornou-se um dos mais destacados produtos tecnológicos do mercado.
O fato é que os engenheiros começaram a explorar o PDA para usos profissionais mais sérios e valiosos. Uma dessas ideias incluía mudanças nos serviços técnicos de manutenção e reparos de máquinas e motores.
Devidamente prog
Muitas vezes, a tecnologia e os novos produtos dela derivados chegam antes mesmo que se entenda seu pleno alcance ou a utilidade de sua aplicação. Todavia, há situações em que a ideia inovadora que envolve um processo precisa esperar que a tecnologia avance para viabilizar um novo modelo de negócios.
Voltemos décadas no tempo, até o ano de 1995, quando uma nova categoria de produto chegava ao mercado. Refiro-me ao PDA (Personal Digital Assistant), precursor de algumas funções que hoje desempenham papeis menores em um smartphone, como “agendas” e “anotações”. Creio que, após alguns anos, o Palm tornou-se um dos mais destacados produtos tecnológicos do mercado.
O fato é que os engenheiros começaram a explorar o PDA para usos profissionais mais sérios e valiosos. Uma dessas ideias incluía mudanças nos serviços técnicos de manutenção e reparos de máquinas e motores.
Devidamente programado, o PDA poderia fazer a leitura de códigos de falhas e outros dados de diagnóstico da CPU, permitindo ao técnico transmitir as informações à central por meio de um telefone ou notebook. Em tese, a solução multiplicaria a capacidade de atendimento, além de impactar a formação de técnicos.
Porém, a ideia não foi muito longe. E uma das razões disso pode ter sido a limitada capacidade dos PDAs, que não trabalhavam com imagens. Outra hipótese aponta para a falta de cobertura da comunicação via celular ou “satelital”. Em resumo, o conceito estava à frente da tecnologia disponível comercialmente na época.
Hoje, a mesma ideia vem tomando uma nova forma, muito mais amigável e rápida, por meio de imagens HD, Realidade Virtual, Realidade Aumentada, Óculos de RV, Processadores Rápidos e Comunicação 5G.
Agora, o conjunto dessas tecnologias já viabiliza o trabalho de diagnóstico remoto e orientação visual completa em ambiente Metaverso, o que permite lidar com segurança em um campo cada vez mais complexo e exigente de manutenção e reparo de equipamentos.
Entendo que estamos no “ponto de inflexão” da curva de adoção da solução que esse conjunto de tecnologias e produtos proporciona ao mercado, com mais eficiência, praticidade, rapidez e (por que não?) baixo custo.
Certamente não se trata de “Rocket Science”, mas de um “ambiente tecnológico” que alcançou maior grau de maturidade, tornando viável uma solução já concebida e que, antes, não tinha os meios técnicos de se concretizar.
*Yoshio Kawakami é consultor da Raiz Consultoria e diretor técnico da Sobratema
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