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Revista M&T - Ed.287 - Setembro 2024
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COLUNA DO YOSHIO

Só experiência não basta

Na vida pós-corporativa, não é adequado esperar o fim da ‘primeira carreira’ para finalmente começar os preparativos da ‘segunda’, pois pode ser tarde demais

À luz da expectativa de longevidade cada dia maior e de vida produtiva muito além das referências tradicionais de aposentadoria, muitos profissionais pensam em exercer uma carreira estendida, eventualmente em outra função.

Entre gestores e executivos de grandes empresas, o movimento também tem produzido uma consciência cada vez maior a respeito da vida pós-corporativa. Isso também aconteceu comigo, há mais de 10 anos.

Entre as possibilidades consideradas à época, algumas pareciam-me mais viáveis. Começando pela consultoria, vista como uma atividade em que poderia empregar a experiência adquirida na gestão de grandes organizações corporativas para oferecer um serviço útil a outras empresas.

Também a governança me parecia atrativa, pois poderia somar a capacidade de análise à tomada de decisões exercitada ao longo de muitos anos, contribuindo assim como conselheiro de outr


À luz da expectativa de longevidade cada dia maior e de vida produtiva muito além das referências tradicionais de aposentadoria, muitos profissionais pensam em exercer uma carreira estendida, eventualmente em outra função.

Entre gestores e executivos de grandes empresas, o movimento também tem produzido uma consciência cada vez maior a respeito da vida pós-corporativa. Isso também aconteceu comigo, há mais de 10 anos.

Entre as possibilidades consideradas à época, algumas pareciam-me mais viáveis. Começando pela consultoria, vista como uma atividade em que poderia empregar a experiência adquirida na gestão de grandes organizações corporativas para oferecer um serviço útil a outras empresas.

Também a governança me parecia atrativa, pois poderia somar a capacidade de análise à tomada de decisões exercitada ao longo de muitos anos, contribuindo assim como conselheiro de outras empresas.

Além dessas, cogitei ainda um novo negócio, em que pudesse participar – e eventualmente liderar – contando com o conhecimento e as habilidades de outros profissionais em uma sociedade.

Na prática, no entanto, percebi que ser um bom consultor exige muito mais do que a experiência corporativa. Requer, principalmente, um produto ou uma metodologia a ser ofertada. Nesse aspecto, a necessidade de uma alta capacidade de prospecção comercial é um “must”.

Afinal, trata-se de vender um serviço ou um produto em um mercado altamente competitivo, com profissionais destacados e empresas muito boas.

Por sua vez, tornar-se um conselheiro útil requer bom preparo e elevada credibilidade. Isso se baseia no histórico profissional, na postura pessoal e na network construída, que determinam as chances no mercado.

Além disso, trata-se de uma função na qual a contribuição esperada é cercada de tantas expectativas que equivale a iniciar uma nova carreira.

Já no caso de participar ou montar um novo negócio, é preciso ter consciência plena dos riscos envolvidos e da complexidade de habilidades exigidas. Afinal, leva alguns anos para se tornar um profissional competitivo em um novo negócio.

Como conclusão, ressalto que a ideia não é interpor obstáculos aos colegas que se encontram em encruzilhadas semelhantes, mas principalmente alertá-los quanto ao tempo necessário para o preparo de uma “segunda carreira”.

Ou seja, não é adequado esperar o fim da “primeira carreira” para finalmente começar os preparativos, pois pode ser tarde demais.

*Yoshio Kawakamié consultor da Raiz Consultoria e diretor técnico da Sobratema

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