O ano de 2020 será lembrado por muito tempo pela covid-19 e seus efeitos de sofrimentos e preocupações. Certamente, esses meses de vidas contidas para a maioria da população mundial serão tema de estudos e relatos dramáticos sobre seus impactos sociais e econômicos por anos a fio. Assim como as vidas perdidas para a covid-19.
Mas em qualquer situação sempre há oportunidades. Mesmo que milhões de pessoas estejam sofrendo, existem pessoas que estão tendo oportunidades inéditas com a situação. Isso é ainda mais válido para os negócios e as empresas.
Pode-se até dizer que, para muitas empresas, os meses de pandemia foram excepcionalmente favoráveis, pois a conjunção de diversos fatores – internos e externos – gerou benefícios inesperados. Com efeito, é necessário admitir quer os “dividendos da pandemia” existiram, p
O ano de 2020 será lembrado por muito tempo pela covid-19 e seus efeitos de sofrimentos e preocupações. Certamente, esses meses de vidas contidas para a maioria da população mundial serão tema de estudos e relatos dramáticos sobre seus impactos sociais e econômicos por anos a fio. Assim como as vidas perdidas para a covid-19.
Mas em qualquer situação sempre há oportunidades. Mesmo que milhões de pessoas estejam sofrendo, existem pessoas que estão tendo oportunidades inéditas com a situação. Isso é ainda mais válido para os negócios e as empresas.
Pode-se até dizer que, para muitas empresas, os meses de pandemia foram excepcionalmente favoráveis, pois a conjunção de diversos fatores – internos e externos – gerou benefícios inesperados. Com efeito, é necessário admitir quer os “dividendos da pandemia” existiram, pois muitas empresas colheram ganhos e vantagens em 2020.
Todavia, os noticiários compreensivelmente preferiram focar nos dramas das pessoas e empresas que sofrem com a pandemia, produzindo relatos comoventes para disputar a audiência da população. Com quase 2,5 milhões de mortos ao redor do mundo, descrever os “privilegiados” que não sofrem com as consequências da covid-19 e, ainda mais, citá-los como exemplos a serem seguidos seria uma verdadeira afronta.
Mas o fato incontornável é que a construção foi um dos setores favorecidos pelos “dividendos da pandemia”. Dentre os diversos fatores que contribuíram para isso podemos citar a necessidade de manter empregos, o interesse do governo em realizar obras de melhoria da infraestrutura, a baixa remuneração do capital nas aplicações financeiras, o crescimento da produção de commodities, o desempenho do setor agrícola, o impulso da desvalorização da moeda e outros.
Após um período inicial de perplexidade, percebeu-se a oportunidade que se abria e o inesperado efeito positivo que a pandemia causava. Somada à redução de despesas e gastos pelas medidas sanitárias, a situação gerou um ganho melhor do que se esperava para anos considerados “normais”.
Mesmo que fossem uma obrigação, é evidente que algumas medidas adotadas pelo governo, materializadas na forma do auxílio emergencial, foram efetivas em minimizar os efeitos da pandemia para a população mais vulnerável economicamente, produzindo uma circulação adicional de dinheiro que sustentou o varejo em diversos setores.
Agora, todavia, já estamos vivendo uma indisponibilidade de produtos como máquinas e peças, com efeitos nos preços dos produtos para compensar a variação cambial e preocupação com a sustentação das atividades no médio prazo.
Em tal cenário, o melhor a se fazer é aproveitar os “dividendos da pandemia” para fortalecer as bases da empresa e do negócio para o futuro. É hora de perceber que investir em épocas mais desafiadoras assegura vantagens competitivas relevantes. Gestores e empresários devem aceitar que lhes cabem decisões com particular sabedoria neste momento ímpar que vivemos. E que ninguém se arrisca a dizer quando enfim acabará.
*Yoshio Kawakami é consultor da Raiz Consultoria e diretor técnico da Sobratema
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