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Revista M&T - Ed.211 - Abril 2017
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A ERA DAS MÁQUINAS

O nascimento de um gigante

Por Norwil Veloso

Os primeiros guindastes de torre surgiram na Europa na primeira metade do século XX. Com o uso dessas máquinas, as obras em ruas estreitas tornavam-se mais produtivas e simples, podendo-se trabalhar em grande altura sem ocupar muito espaço no solo. Isso fez com que os principais fabricantes de guindastes de torre surgissem na Europa, principalmente para aplicação em estaleiros e portos. No entanto, esses guindastes ainda eram pesados e difíceis de transportar e montar.

Após o término da II Guerra Mundial, quando os trabalhos de reconstrução se espalhavam por toda a Alemanha, um pioneiro chamado Hans Liebherr dirigia a construtora de sua família no sul do país. Ao perceber a necessidade de desenvolver máquinas para o setor de construção, Liebherr – juntamente com sua equipe de engenheiros – projetou o primeiro guindaste móvel de torre da história, o TK-10.

Tratava-se de um guindaste com giro na base e uma lança horizontal na parte superior, fácil de ser transportado e colocado em posição de trabalho, graças a um sistema de automontagem. Essa máquina foi


Os primeiros guindastes de torre surgiram na Europa na primeira metade do século XX. Com o uso dessas máquinas, as obras em ruas estreitas tornavam-se mais produtivas e simples, podendo-se trabalhar em grande altura sem ocupar muito espaço no solo. Isso fez com que os principais fabricantes de guindastes de torre surgissem na Europa, principalmente para aplicação em estaleiros e portos. No entanto, esses guindastes ainda eram pesados e difíceis de transportar e montar.

Após o término da II Guerra Mundial, quando os trabalhos de reconstrução se espalhavam por toda a Alemanha, um pioneiro chamado Hans Liebherr dirigia a construtora de sua família no sul do país. Ao perceber a necessidade de desenvolver máquinas para o setor de construção, Liebherr – juntamente com sua equipe de engenheiros – projetou o primeiro guindaste móvel de torre da história, o TK-10.

Tratava-se de um guindaste com giro na base e uma lança horizontal na parte superior, fácil de ser transportado e colocado em posição de trabalho, graças a um sistema de automontagem. Essa máquina foi apresentada na Frankfurt Trade Fair de 1949, tornando-se o primeiro produto da Hans Liebherr Maschinenfabrik, fundada nesse mesmo ano e que se transformaria em um dos maiores fabricantes de equipamentos de construção do mundo.

Apesar da reação negativa inicial, o conceito provou suas vantagens e pôde ser colocado em produção. Afinal, a máquina conseguia recolher o material do solo, içá-lo e descarregá-lo diretamente no local necessário, um recurso ainda não disponível na época, pois o material tinha de ser transportado manualmente a partir do ponto de descarga.

Os primeiros guindastes de torre surgiram na Europa na primeira metade do século XX. Com o uso dessas máquinas, as obras em ruas estreitas tornavam-se mais produtivas e simples, podendo-se trabalhar em grande altura sem ocupar muito espaço no solo. Isso fez com que os principais fabricantes de guindastes de torre surgissem na Europa, principalmente para aplicação em estaleiros e portos. No entanto, esses guindastes ainda eram pesados e difíceis de transportar e montar.

Após o término da II Guerra Mundial, quando os trabalhos de reconstrução se espalhavam por toda a Alemanha, um pioneiro chamado Hans Liebherr dirigia a construtora de sua família no sul do país. Ao perceber a necessidade de desenvolver máquinas para o setor de construção, Liebherr – juntamente com sua equipe de engenheiros – projetou o primeiro guindaste móvel de torre da história, o TK-10.

Tratava-se de um guindaste com giro na base e uma lança horizontal na parte superior, fácil de ser transportado e colocado em posição de trabalho, graças a um sistema de automontagem. Essa máquina foi apresentada na Frankfurt Trade Fair de 1949, tornando-se o primeiro produto da Hans Liebherr Maschinenfabrik, fundada nesse mesmo ano e que se transformaria em um dos maiores fabricantes de equipamentos de construção do mundo.

Apesar da reação negativa inicial, o conceito provou suas vantagens e pôde ser colocado em produção. Afinal, a máquina conseguia recolher o material do solo, içá-lo e descarregá-lo diretamente no local necessário, um recurso ainda não disponível na época, pois o material tinha de ser transportado manualmente a partir do ponto de descarga.

CONSOLIDAÇÃO

Na década de 50, ocorreram diversos aperfeiçoamentos na tecnologia, graças ao boom na construção de edifícios. O uso de lanças móveis foi consideravelmente reduzido, utilizando-se principalmente lanças horizontais com carrinho de translação. As alturas máximas, alcances e capacidades foram aumentando gradualmente, ao passo que eram desenvolvidos mecanismos telescópicos de montagem da torre, permitindo aumentar a altura de operação com o guindaste montado.

O crescimento dessas máquinas também levou ao uso de guindastes ascensionais, montados em poços de elevador, que subiam junto com o edifício. A dificuldade de desmontagem após a conclusão do edifício levou ao desenvolvimento de sistemas de ancoragem da torre na estrutura do prédio, com o guindaste montado na parte externa.

Dos anos 60 em diante, os projetos estavam voltados para aumentar o raio de trabalho e o momento de carga, oferecendo sistemas sofisticados de controle e segurança, além de dispositivos que permitissem a montagem e elevação mais rápidas.

Nos anos seguintes, a empresa continuou a crescer, expandindo suas instalações e criando unidades adicionais. Inclusive, a primeira escavadeira hidráulica da Europa, a L300, foi produzida nessa época.

No final dos anos 50, foram criadas unidades na Irlanda, África do Sul e Áustria. Na década de 70, além de continuar a se expandir na Europa, a empresa iniciou a venda de escavadeiras no Canadá (1974) e criou raízes no continente norte-americano por meio da fundação da Liebherr-America, que passou a fornecer escavadeiras e carregadeiras, além de representar áreas como máquinas-ferramentas, manuseio de materiais e equipamentos aeronáuticos. Ainda em 1974, foram constituídas unidades no Brasil e no Canadá, além de novas unidades na Áustria e Suíça.

ESTRATÉGIA

Dentro do processo de evolução tecnológica, a empresa apresentou em 1977 o LTM 1025, o primeiro guindaste todo terreno (AT), para uso combinado on e off-road, com lança de 24 m e capacidade de 25 ton. Essa máquina, juntamente com sua sucessora, a LTM 1030, estabeleceu o conceito de guindaste AT.

A estrutura da empresa acabou por exigir uma área de gestão centralizada. Assim, em 1983 foi criada uma holding central, a Liebherr-International AG, estabelecida na Suíça, que até hoje administra a organização.

A partir de 1976, Hans Liebherr passou a se concentrar no gerenciamento estratégico da empresa. Seu trabalho lhe rendeu diversas honrarias, como o título de honorary senator pela Universidade de Eberhard-Karls (1984) e a Grand Cross for Distinguished Service, da Ordem do Mérito da República Federal da Alemanha (1986).

Para manter o nível de qualidade de seus produtos, a Liebherr investiu na qualificação e evolução das equipes. Dentro dessa visão, foram desenvolvidas importantes linhas de produtos, cuja integração vertical chegava a 60%, tais como motores diesel, cuja produção se iniciou em 1984 com o modelo D926. Nessa época, a empresa pôde otimizar os projetos de suas máquinas e projetar motores confiáveis dentro das condições mais adversas. E, em 1985, foram produzidos os primeiros guindastes ascensionais, utilizados na construção de edifícios.

SERVIÇOS

Após 40 anos, a empresa tinha uma posição sólida no mercado, que lhe permitiu desenvolver produtos inovadores para implementação em longo prazo. O enfoque na sustentabilidade para sua linha de produtos facilitou a entrada em novos mercados estratégicos.

Após o estabelecimento da primeira representação em Pequim (1978), a empresa buscou aumentar as vendas com a implantação de uma estrutura de serviços, que culminou na formação de uma joint-venture com uma empresa chinesa, que começou a operar em meados da década de 90, focada na distribuição de centrais de concreto e caminhões betoneira.

Em 7 de outubro de 1993, Hans Liebherr faleceu. Seu legado foi uma corporação constituída por 46 empresas e 15 mil funcionários, que passou a ser dirigida pela segunda geração. O ano de 1997 marcou a entrada no setor de locação, por meio da Liebherr-Mietpartner que, além de equipamentos de construção, oferece miniequipamentos, soluções de demolição, compressores, geradores e stackers de outros fabricantes. O século XXI se iniciou com a entrada em operação na Alemanha da Liebherr-Elektronik, um centro de tecnologia para fabricação de componentes e sistemas eletrônicos, guindastes portuários, vagões e aviões, dentre outros.

Leia na próxima edição:

A evolução do transporte de material

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