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Revista M&T - Ed.236 - Agosto 2019
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Coluna do Yoshio

As oportunidades perdidas

Reconhecemos por arrependimento que muitas oportunidades à nossa disposição foram por vezes desperdiçadas. Mas quando isso ocorre, não falamos abertamente sobre o assunto, pois contradiz a nossa recorrente queixa de falta de oportunidades.

Por vivência, sabemos que as oportunidades são eventos escassos ou mesmo raros na vida de quase todos nós. As oportunidades – sejam pessoais, de carreira, de negócios, financeiras, educacionais e tantas outras que compõem os anseios humanos – parecem possuir a propriedade de transitar muito distante de nós. Às vezes, lamentamos entre amigos e, quase sempre, culpamos a “sorte” pelas nossas dificuldades reais ou imaginárias.

Por outro lado, também reconhecemos por arrependimento que muitas oportunidades à nossa disposição por vezes foram contempladas de modo passivo, negligenciadas, subestimadas, despercebidas ou, no fim, fragorosamente desperdiçadas. Mas quando isso ocorre, não falamos sobre o assunto, pois contradiz a nossa recorrente queixa de falta de oportunidades.

A realidade é que mesmo quando já não temos tanta expectativa por boas oportunidades – ou achamos que chegaram muito tarde para serem devidamente aproveitadas –, elas continuam surgindo inesperadamente. E não se trata de uma megasena acumulada, mas de oportunidades da mesma natureza das que já falhamos em aproveitar no passado.

Como no Brasil vivemos num ambiente mais instável do que em outros países, as janelas de oportunidades são mais estreitas e as decisões rápidas fazem parte das regras. Nesse quadro, da mesma forma que perdemos algumas oportunidades em nossas vidas pessoais, as empresas também sofrem do mesmo mal. É claro que, nas empresas, quem decide são igualmente as pessoas, que têm os mesmos receios e inseguranças sobre os rumos do destino.

Mas é possível ser audacioso na empresa e conservador na vida pessoal? É possível ser visionário no trabalho e alienado na família? E o inverso, é possível? Qual postura seria mais “natural”?

Nesse ponto, é forçoso (e surpreendente) constatar que o espectro de oportunidades é muito mais amplo do que percebemos e reconhecemos, tanto que


Por vivência, sabemos que as oportunidades são eventos escassos ou mesmo raros na vida de quase todos nós. As oportunidades – sejam pessoais, de carreira, de negócios, financeiras, educacionais e tantas outras que compõem os anseios humanos – parecem possuir a propriedade de transitar muito distante de nós. Às vezes, lamentamos entre amigos e, quase sempre, culpamos a “sorte” pelas nossas dificuldades reais ou imaginárias.

Por outro lado, também reconhecemos por arrependimento que muitas oportunidades à nossa disposição por vezes foram contempladas de modo passivo, negligenciadas, subestimadas, despercebidas ou, no fim, fragorosamente desperdiçadas. Mas quando isso ocorre, não falamos sobre o assunto, pois contradiz a nossa recorrente queixa de falta de oportunidades.

A realidade é que mesmo quando já não temos tanta expectativa por boas oportunidades – ou achamos que chegaram muito tarde para serem devidamente aproveitadas –, elas continuam surgindo inesperadamente. E não se trata de uma megasena acumulada, mas de oportunidades da mesma natureza das que já falhamos em aproveitar no passado.

Como no Brasil vivemos num ambiente mais instável do que em outros países, as janelas de oportunidades são mais estreitas e as decisões rápidas fazem parte das regras. Nesse quadro, da mesma forma que perdemos algumas oportunidades em nossas vidas pessoais, as empresas também sofrem do mesmo mal. É claro que, nas empresas, quem decide são igualmente as pessoas, que têm os mesmos receios e inseguranças sobre os rumos do destino.

Mas é possível ser audacioso na empresa e conservador na vida pessoal? É possível ser visionário no trabalho e alienado na família? E o inverso, é possível? Qual postura seria mais “natural”?

Nesse ponto, é forçoso (e surpreendente) constatar que o espectro de oportunidades é muito mais amplo do que percebemos e reconhecemos, tanto que sua frequência nos atropela e por vezes, paralisa, perdendo-se a chance de acelerar os negócios e melhorar a vida das pessoas em sociedade.

Ora, uma das premissas para o desenvolvimento e o crescimento – sejam individuais ou coletivos – segue sendo a sensibilidade em relação aos fatos e eventos que se sucedem ininterruptamente ao nosso redor. Para serem coerentes com a sua natureza fugidia, as oportunidades geralmente surgem em janelas estreitas e de formas disfarçadas. Portanto, precisamos estar sempre atentos a elas, para que não passem batido.

*Yoshio Kawakami
é consultor da Raiz Consultoria e diretor técnico da Sobratema

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