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Revista M&T - Ed.281 - Fev/Mar - 2024
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COLUNA DO YOSHIO

As imperceptíveis mudanças do tempo

"Um dos resultados da evolução sociocomportamental se manifesta no ambiente organizacional das empresas, mais frequentemente em situações de sucessão de lideranças.”

Não é de hoje que muitos dos nascidos entre as décadas de 1950 e 1970 estranham o comportamento dos mais jovens. Após acompanhar e, eventualmente, participar de movimentos que libertaram a juventude das convenções do passado, por um período vivemos a euforia de uma paz prolongada, marcada por um desenvolvimento científico e tecnológico sem precedentes.

Muitos desses então jovens profissionais acabaram buscando caminhos tradicionais e se dedicando a investir tempo e esforços para ter uma vida melhor que os pais.

Se não todos, ao menos uma boa parte conseguiu um padrão de vida aparentemente bastante confortável, proporcionando aos filhos e netos algumas oportunidades que eles próprios não puderam ter na vida.

Mas, enquanto trabalhavam nessas conquistas, o mundo foi mudando rapidamente e, além do aprendizado tradicional que sempre marcou as gerações anteriores, uma multiplicidade de fontes de informação e influências culturais foi transformando os valores e os pensamentos das pessoas. Acredito que poucos tiveram a perspicácia de compreender o que de fato estava acontecendo.

Atualmente, um dos resultados dessa evolução sociocomportamental se manifesta no ambiente organizacional das empresas, mais frequentemente em situações de sucessão de lideranças.

São muitos os consultores, conselheiros, executivos e profissionais envolvidos nessas conjunturas que relatam as dificuldades de tentar organizar tais processos. E não é por falta de conhecimento, técnica ou metodologia que isso acontece, mas sim pela notória falta de preparo dos potenciais sucessores.

Claro que sempre há casos positivos, que mostram como é possível preparar bons sucessores e, desse modo, propiciar oportunidades de crescimento continuado às empresas, sem paternalismos ou conivência. Mas o impressionante número de casos sem salvação ou solução – muito além dos naturais conflitos geracionais – evidencia uma realidad


Não é de hoje que muitos dos nascidos entre as décadas de 1950 e 1970 estranham o comportamento dos mais jovens. Após acompanhar e, eventualmente, participar de movimentos que libertaram a juventude das convenções do passado, por um período vivemos a euforia de uma paz prolongada, marcada por um desenvolvimento científico e tecnológico sem precedentes.

Muitos desses então jovens profissionais acabaram buscando caminhos tradicionais e se dedicando a investir tempo e esforços para ter uma vida melhor que os pais.

Se não todos, ao menos uma boa parte conseguiu um padrão de vida aparentemente bastante confortável, proporcionando aos filhos e netos algumas oportunidades que eles próprios não puderam ter na vida.

Mas, enquanto trabalhavam nessas conquistas, o mundo foi mudando rapidamente e, além do aprendizado tradicional que sempre marcou as gerações anteriores, uma multiplicidade de fontes de informação e influências culturais foi transformando os valores e os pensamentos das pessoas. Acredito que poucos tiveram a perspicácia de compreender o que de fato estava acontecendo.

Atualmente, um dos resultados dessa evolução sociocomportamental se manifesta no ambiente organizacional das empresas, mais frequentemente em situações de sucessão de lideranças.

São muitos os consultores, conselheiros, executivos e profissionais envolvidos nessas conjunturas que relatam as dificuldades de tentar organizar tais processos. E não é por falta de conhecimento, técnica ou metodologia que isso acontece, mas sim pela notória falta de preparo dos potenciais sucessores.

Claro que sempre há casos positivos, que mostram como é possível preparar bons sucessores e, desse modo, propiciar oportunidades de crescimento continuado às empresas, sem paternalismos ou conivência. Mas o impressionante número de casos sem salvação ou solução – muito além dos naturais conflitos geracionais – evidencia uma realidade incômoda e frustrante.

Por isso, os processos de sucessão, profissionalização e alienação passaram a representar uma necessidade crítica na complexa e incessante busca de soluções para as empresas. Afinal, fazer a escolha certa pode exigir uma percepção que só se apura com o tempo. Porém, como sabemos, o tempo é sempre limitado para todos.


*Yoshio Kawakami é consultor da Raiz Consultoria e diretor técnico da Sobratema

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