Perceber as mudanças ao nosso redor é um desafio. Certamente, muitos argumentariam que isso é passível de ser feito pelas próprias observações no dia a dia, seja das relações interpessoais, das revisões de valores ou, até mesmo, das próprias modificações pessoais a cada momento.
Há ainda pessoas que se desapegam de seus negócios, empresas e empregos para iniciar a busca por algo considerado mais relevante em suas vidas. Para muitos de nós, todavia, que já trilhamos a maior parcela da nossa existência pessoal e profissional, o momento atual tem propiciado muitas oportunidades de reflexão. E o resultado combinado dessas reflexões – quando reconhecidas como importantes – gera mudanças que também afetam os negócios.
Um bom exemplo são os empresários que estão decididos a acelerar o processo de sucessão em suas empresas, uma tendência que há bem poucos anos não
Perceber as mudanças ao nosso redor é um desafio. Certamente, muitos argumentariam que isso é passível de ser feito pelas próprias observações no dia a dia, seja das relações interpessoais, das revisões de valores ou, até mesmo, das próprias modificações pessoais a cada momento.
Há ainda pessoas que se desapegam de seus negócios, empresas e empregos para iniciar a busca por algo considerado mais relevante em suas vidas. Para muitos de nós, todavia, que já trilhamos a maior parcela da nossa existência pessoal e profissional, o momento atual tem propiciado muitas oportunidades de reflexão. E o resultado combinado dessas reflexões – quando reconhecidas como importantes – gera mudanças que também afetam os negócios.
Um bom exemplo são os empresários que estão decididos a acelerar o processo de sucessão em suas empresas, uma tendência que há bem poucos anos não era observada com a intensidade de agora. Uma hipótese é de que o apego à realização empresarial está sendo substituído pela valorização do tempo pessoal desses indivíduos.
Por outro lado, se a sucessão não é uma alternativa viável, a opção de venda do negócio também tem tomado forma de maneira até surpreendente, despontando como uma solução desejável.
Há também executivos buscando “ressignificar” a carreira dentro da profissão escolhida ou até mesmo a própria profissão, em um movimento que há alguns anos soava um tanto idealista e característica de quem “ainda não chegou lá”.
Enfim, muitos estão pensando em dar uma guinada que antes não era urgente ou mesmo simpática aos olhos da maioria. Seja como for, a verdade é que estamos percebendo que a propalada longevidade não estende apenas a fase da vida em boas condições de saúde e mobilidade. Muitas vezes estende-se também a parte menos agradável da condição de idoso ou, pior, estende-se apenas a parte mais difícil da vida.
O fato deve ser creditado como mais um dos “benefícios” da pandemia, pois todos fomos forçados a uma condição de autorreflexão com hipóteses extremas. Claro que, nessa mudança, há resultados diretos para a vida pessoal ou individual, mas também há o surgimento de novas oportunidades profissionais, novos modelos de negócios, novas respostas às mudanças comportamentais e sociais.
Há um reaquecimento de atividades que talvez ainda não tenham sido devidamente capturadas pelas estatísticas econômicas. Mas que é um fato a ser observado com atenção.
*Yoshio Kawakami é consultor da Raiz Consultoria e diretor técnico da Sobratema
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