Assim como a microfresagem, os especialistas em pavimentação apontam a tecnologia de micropavimento como outra solução pouco utilizada no Brasil em obras de recuperação de rodovias. Esse mercado incipiente, entretanto, não condiz com os avanços recentes em tecnologia de equipamentos e a situação deverá mudar em breve, com a chegada no País da primeira vibroacabadora para aplicação de microrrevestimento a quente.
Essa, pelo menos, é a aposta de Antônio Monfrinatti Neto, diretor da Reciclotec, que acaba de comercializar o equipamento para a construtora FBS. Trata-se de uma vibroacabadora Vögele, do grupo alemão Wirtgen, que aplica o micropavimento por meio de um dispositivo batizado de SprayJet. “A grande inovação do setor será a realização de microfresagem e sua cobertura com uma camada fina de SMA (Stone Mastic Asphalt)”, diz Monfrinatti.
Segundo ele, a união dessas tecnologias resulta em maior conforto para o usuário da rodovia. Além disso, em comparação com o microrrevestimento a frio, ela proporciona uma durabilidade até três vezes maior ao pavimento a
Assim como a microfresagem, os especialistas em pavimentação apontam a tecnologia de micropavimento como outra solução pouco utilizada no Brasil em obras de recuperação de rodovias. Esse mercado incipiente, entretanto, não condiz com os avanços recentes em tecnologia de equipamentos e a situação deverá mudar em breve, com a chegada no País da primeira vibroacabadora para aplicação de microrrevestimento a quente.
Essa, pelo menos, é a aposta de Antônio Monfrinatti Neto, diretor da Reciclotec, que acaba de comercializar o equipamento para a construtora FBS. Trata-se de uma vibroacabadora Vögele, do grupo alemão Wirtgen, que aplica o micropavimento por meio de um dispositivo batizado de SprayJet. “A grande inovação do setor será a realização de microfresagem e sua cobertura com uma camada fina de SMA (Stone Mastic Asphalt)”, diz Monfrinatti.
Segundo ele, a união dessas tecnologias resulta em maior conforto para o usuário da rodovia. Além disso, em comparação com o microrrevestimento a frio, ela proporciona uma durabilidade até três vezes maior ao pavimento asfáltico. “Os profissionais do setor já atestaram o bom desempenho do SMA, mas ele só vinha sendo aplicado em camadas grossas, já que não existiam equipamentos capazes de executar o micropavimento a quente. Com a chegada do SprayJet, esse cenário começa a mudar.”
O SMA é uma mistura descontínua feita com fibra de celulose e alto teor de ligante. Entretanto, para criar aderência entre o pavimento remanescente da fresagem e a nova capa asfáltica, sua aplicação precisa ser antecedida pelo lançamento de uma emulsão. “No caso de camadas delgadas, o intervalo entre a aplicação do ligante e do SMA precisa ser mínimo, o que exigia um equipamento capaz de realizar os dois procedimentos quase simultaneamente”, diz o especialista.
Procedimentos simplificados
O SprayJet foi concebido para atender essa demanda, conforme explica Bernardo Ronchetti, gerente de engenharia da Ciber, a subsidiária do grupo Wirtgen no Brasil. “A vibroacabadora é dotada de um tanque aquecido para a injeção da emulsão imediatamente antes da aplicação do novo pavimento.” Ele classifica a tecnologia como uma evolução dos trabalhos de microfresagem, “pois ela elimina a necessidade de alguns tratamentos prévios na infraestrutura, diferentemente do microrrevestimento a frio, comumente usado pelas construtoras”.
Ronchetti explica que o micropavimento a frio é aplicado após uma intervenção de fresagem ou fresagem fina para correção de irregularidade da pista. “O caso clássico no Brasil é a fresagem de friso de roda e a aplicação posterior do microrrevestimento a frio. Assim, a última camada serve somente para diminuir o índice de desgaste na pista”, ele complementa.
Na sua opinião, o microrrevestimento a quente pode servir como infraestrutura da pista a ser restaurada, eliminando a necessidade de tratamento anterior de trincas não propagadas. “É claro que, dependendo do estado de conservação, ela deverá passar antes por uma intervenção”, pondera o especialista.
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