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Revista M&T - Ed.235 - Junho 2019
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Entrevista

RODRIGO BONATO

O FUTURO DA AGRICULTURA ESTÁ NA AUTOMAÇÃO

Em 16 anos de atuação na John Deere, o executivo Rodrigo Bonato já passou por diversos cargos em diferentes regiões do país. Após ingressar em 2003 como trainee, construiu sua carreira na área comercial, tendo sido sendo responsável – dentre outras ações – pela criação e liderança da área de gerenciamento de contas estratégicas (SAM) para a América Latina, em 2010.

Em 2014, Bonato transferiu-se para os EUA, onde atuou como gerente global de marketing para as linhas de colhedoras de cana e scrapers. Em novembro do ano seguinte, retornou ao Brasil como diretor de vendas, cargo que exerce atualmente, no qual lidera as estratégias comerciais e a execução de ações dirigidas aos produtos agrícolas da John Deere Brasil.

Formado em engenharia agronômica pela Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz, da Universidade de São Paulo (Esalq/USP), com mestrado em Máquinas Agrícolas pela mesma Universidade, o executivo possui ampla experiência em vendas, atendimento a clientes e desenvolvimento de concessionários, além de ter atuado com marketing de produto, tendo dedicado praticamente toda a sua carreira profissional ao agronegócio brasileiro.

Nesta entrevista exclusiva à Revista M&T, o diretor discorre sobre as atuais tendências tecnológicas para o campo, especialmente no Brasil, abordando especialmente a evolução da conexão entre máquinas e a interface pessoas X inteligência, a partir das quais projeta um ecossistema colaborativo em prol do desenvolvimento do agronegócio brasileiro, de modo a atender todos os portes e perfis de agricultores.

“Nosso desafio é contribuir para transformar a agricultura de precisão em agricultura de decisão”, diz ele. “Com a tecnologia, conseguimos mostrar ao mundo que é possível produzir mais e, simultaneamente, preservar o ambiente.”
Acompanhe.

  • Qual a expectativa para o setor de máquinas agrícolas nes

Em 16 anos de atuação na John Deere, o executivo Rodrigo Bonato já passou por diversos cargos em diferentes regiões do país. Após ingressar em 2003 como trainee, construiu sua carreira na área comercial, tendo sido sendo responsável – dentre outras ações – pela criação e liderança da área de gerenciamento de contas estratégicas (SAM) para a América Latina, em 2010.

Em 2014, Bonato transferiu-se para os EUA, onde atuou como gerente global de marketing para as linhas de colhedoras de cana e scrapers. Em novembro do ano seguinte, retornou ao Brasil como diretor de vendas, cargo que exerce atualmente, no qual lidera as estratégias comerciais e a execução de ações dirigidas aos produtos agrícolas da John Deere Brasil.

Formado em engenharia agronômica pela Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz, da Universidade de São Paulo (Esalq/USP), com mestrado em Máquinas Agrícolas pela mesma Universidade, o executivo possui ampla experiência em vendas, atendimento a clientes e desenvolvimento de concessionários, além de ter atuado com marketing de produto, tendo dedicado praticamente toda a sua carreira profissional ao agronegócio brasileiro.

Nesta entrevista exclusiva à Revista M&T, o diretor discorre sobre as atuais tendências tecnológicas para o campo, especialmente no Brasil, abordando especialmente a evolução da conexão entre máquinas e a interface pessoas X inteligência, a partir das quais projeta um ecossistema colaborativo em prol do desenvolvimento do agronegócio brasileiro, de modo a atender todos os portes e perfis de agricultores.

“Nosso desafio é contribuir para transformar a agricultura de precisão em agricultura de decisão”, diz ele. “Com a tecnologia, conseguimos mostrar ao mundo que é possível produzir mais e, simultaneamente, preservar o ambiente.”
Acompanhe.

  • Qual a expectativa para o setor de máquinas agrícolas neste ano?

Para 2019, a John Deere acredita que o mercado de máquinas agrícolas continuará em franco crescimento, por conta do bom momento da agricultura brasileira e do perfil atual do produtor, que está disposto a, cada vez mais, aplicar a tecnologia no campo e na renovação do portfólio de equipamentos. Nessa linha, a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) projeta que a venda de máquinas agrícolas deve crescer 10,9% em 2019.

  • O que estimula esse crescimento?

A agricultura brasileira passa por um bom momento. Com uma variação positiva de 3,4% em relação à safra passada e um aumento de 7,7 milhões de toneladas, a produção de grãos no biênio 2018/2019 deve alcançar 235,3 milhões de toneladas, de acordo com a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). Soja, milho, arroz e algodão apresentam-se como as principais culturas produzidas no país, representando 94,5% da safra. Estes números reforçam o bom momento do setor e proporcionam ao produtor a expansão de seu parque tecnológico e de máquinas agrícolas.

  • Quais foram os investimentos feitos no país nos últimos anos?

A aposta da John Deere é em alta tecnologia. Acreditamos que temas como machine learning e análise de dados farão a diferença para o futuro da agricultura, trazendo impactos positivos para a vida do produtor. Por exemplo, há algum tempo a Internet das Coisas já é uma realidade para os clientes da marca.

Cada vez mais inteligentes, máquinas já são capazes de tomar decisões sozinhas a partir da análise de dados

A companhia também oferece um portfólio cada vez mais completo em otimização de máquinas e operações. Um exemplo dessa evolução é o Centro de Operações, uma plataforma em real time que integra diversos serviços online, permitindo que o produtor mensure tudo que foi planejado e executado, receba mapas de solo, plantio, pulverização, colheita e dados de operação da máquina. Além disso, o produtor também pode agregar dados de seus consultores, parceiros agronômicos e até mesmo de mercado na plataforma.

  • Qual é o objetivo desta plataforma?

O Centro de Operações será peça-chave para transformar a agricultura de precisão no que chamamos de “agricultura de decisão”, uma realidade em que o agricultor não precisará mais esperar até o fim do dia para tomar uma decisão, pois terá os dados em suas mãos para chegar a uma decisão mais assertiva, em tempo real, o que resultará em uma lavoura mais produtiva e rentável.

Para isso, a John Deere investe na conexão eficiente entre máquinas, desenvolvendo o que há de mais moderno em serviços e soluções aliado a um portfólio inovador e consistente para todos os portes e perfis de agricultores. Em todo o mundo, a companhia tem investido 4 milhões de dólares ao dia em P&D – que se efetivam em soluções integradas e serviços que são apresentados aos clientes.

  • Como está a inserção do Conectividade Rural no campo?

No ano passado a John Deere apresentou o conceito do projeto, que foi lançado comercialmente na edição deste ano da Agrishow. Hoje, já são mais de 5 milhões de hectares conectados.

Exemplo de alta tecnologia, a colheitadeira S700 possui câmeras inteligentes para leitura da passagem do grão, destaca Bonato

Desenvolvido em parceria com a Trópico, o projeto tem como principais benefícios levar acesso à internet aos agricultores, preenchendo a lacuna de infraestrutura do país, para que as tecnologias destinadas a melhorar a agricultura possam ser utilizadas em todo o seu potencial.

  • Como isso é feito emtermos de estrutura?

O projeto consiste na instalação de torres de transmissão de acordo com o perfil de cada produtor, que permitem que ele esteja conectado à internet, mesmo em locais onde as operadoras móveis não alcançam. O Conectividade Rural representa uma conexão eficiente entre a lavoura, as máquinas e as pessoas. A partir dele, o agricultor pode transferir o escritório para o campo e integrar todas as plataformas e softwares de gerenciamento, a qualquer momento e em qualquer lugar.

  • A automação e a conectividade são o futuro da agricultura?

O futuro da agricultura está na automação. A John Deere tem investido na automação de seus produtos, para que sejam cada vez mais inteligentes, capazes de se autoajustar e tomar decisões sozinhos, com base na análise de dados. E isto só acontece se o produtor puder extrair todos os dados dos equipamentos e obter a máxima produtividade da lavoura.

Nesse sentido, a John Deere saiu na frente no sentido de suprir um dos maiores obstáculos dos produtores, que é a deficiência em infraestrutura de telecomunicações no campo, o que até então vinha impedindo que pudessem utilizar os potenciais tecnológicos das máquinas em sua plenitude.

  • Aliás, como a conectividade interage com as máquinas?

Visando criar uma agricultura inteligente e conectada, a John Deere lançou neste ano produtos integralmente conectados e com alta tecnologia de precisão embarcada, como a colheitadeira S700, que possui duas câmeras inteligentes que fazem imagens a cada dois segundos para a leitura da passagem do grão, realizando ajustes automáticos a cada três minutos. Já o pulverizador M4000 conta com o sistema ExactApply, um recurso inteligente de pontas que permite precisão inédita na aplicação de defensivos agrícolas em todas as condições.

  • E qual foi o destaque damarca na Agrishow?

Na Agrishow 2019, a John Deere anunciou o lançamento de um conceito revolucionário em colhedora de cana. A versão, que marca a entrada da segunda geração deste produto no mundo, possui dois sistemas independentes de corte de base e, por isso, é capaz de colher até 2,5 vezes mais do que os modelos disponíveis no mercado. Este sistema tem como diferencial minimizar um dos grandes problemas dos canaviais: a compactação do solo. Isso porque sua estrutura permite colher duas linhas de cana enquanto preserva intocada a faixa de terra centralizada entre elas. Esta colhedora é um modelo inédito, desenvolvido pela John Deere Brasil para atender às particularidades do mercado de cana.

  • Como esse conceito se desdobra para os sistemas?

Outras iniciativas adotadas pela companhia seguindo esse conceito de “menos ferro, mais inteligência” são o já citado Centro de Operações e o JDLink, uma solução de telemetria que possibilita a transmissão de dados da máquina e dados agronômicos. Agora, o agricultor tem acesso a equipamentos inteligentes que se conversam e se autoajustam. Com isso, os clientes John Deere entraram, de fato, na chamada Agricultura 4.0.

  • Como essas tecnologias ajudam a otimizar a produção agrícola?

O principal item para otimizar a produção no Brasil é justamente a adoção de tecnologia pelos produtores. Hoje em dia, com a análise de dados e o monitoramento e gestão remotos da frota, o produtor consegue se antecipar ao problema e corrigir erros, aumentando a eficiência operacional das máquinas em diversas atividades, como análise de solo, distribuição de sólidos, plantio, diagnóstico de pragas, pulverização e colheita.

  • E como se estrutura arede de distribuidores?

A marca conta com a maior rede de concessionários agrícolas do Brasil. Os mais de 270 pontos de vendas, que atendem a todo o território nacional, oferecem serviços capazes de manter o rendimento operacional dos equipamentos durante toda sua vida útil. Ao todo, são mais de dois mil técnicos em campo, que passaram por preparação específica nos treinamentos da empresa com simuladores.

Segundo o executivo, 18% do que é produzido pela marca no Brasil é exportado para outros países

A disponibilidade desta rede de técnicos é importante, pois cada dia de atraso no processo representa perda de produtividade.

  • Quais são os novos projetosem relação aos serviços?

Os planos para a rede de concessionários é capacitá-los para que, cada vez mais, prestem um serviço de qualidade ao agricultor. Desde o ano passado nosso curso de capacitação oferece certificação homologada pelo Ministério do Trabalho e Emprego para todos os clientes, por meio dos multiplicadores da rede de concessionários. Trata-se de mais um passo para reforçar a oferta de serviços, simplificando o trabalho do produtor e facilitando o uso da tecnologia embarcada.

  • Em termos de exportação, quais são os principais mercados da operação?

Os principais mercados atendidos pela companhia a partir dos produtos fabricados no Brasil são América do Sul, África e Ásia, que continuam aquecidos. Em 2019, as exportações devem continuar aquecidas, por conta da importância da tecnologia e dos equipamentos agrícolas para o crescimento da agricultura nestas regiões. Atualmente, 18% do que é produzido pela John Deere no Brasil são exportados para outros países.

Saiba mais:
John Deere: www.deere.com.br

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