No início do ano passado, apesar do cenário de altas taxas de juros e do aprofundamento da crise europeia, a Randon apostou no segmento automotivo para obter um crescimento da receita que chegou a 11,8% ao final do exercício, com um faturamento líquido de R$ 4,2 bilhões. O segmento de veículos e implementos foi o responsável por 49,7% desse resultado e o restante ficou por conta das demais operações do grupo, como empresas de autopeças, vagões ferroviários e outros. Naquele segmento, os reboques e semirreboques responderam pela maior parte da receita, enquanto os veículos especiais, que inclui equipamentos da linha amarela e caminhões fora de estrada, representaram 10% do negócio.
Nos números divulgados pela empresa, o grande destaque ficou com os bons resultados obtidos no exterior. No ano passado, ela exportou US$ 294 milhões, o que representa um crescimento de 22,5% sobre o ano anterior. “Sem dúvida, este foi o nosso número mais brilhante em 2011”, comemorou Aston Milton Schmitt, diretor corporativo e de relações com investidores da Randon. Segundo ele, a retomada da demanda no mer
No início do ano passado, apesar do cenário de altas taxas de juros e do aprofundamento da crise europeia, a Randon apostou no segmento automotivo para obter um crescimento da receita que chegou a 11,8% ao final do exercício, com um faturamento líquido de R$ 4,2 bilhões. O segmento de veículos e implementos foi o responsável por 49,7% desse resultado e o restante ficou por conta das demais operações do grupo, como empresas de autopeças, vagões ferroviários e outros. Naquele segmento, os reboques e semirreboques responderam pela maior parte da receita, enquanto os veículos especiais, que inclui equipamentos da linha amarela e caminhões fora de estrada, representaram 10% do negócio.
Nos números divulgados pela empresa, o grande destaque ficou com os bons resultados obtidos no exterior. No ano passado, ela exportou US$ 294 milhões, o que representa um crescimento de 22,5% sobre o ano anterior. “Sem dúvida, este foi o nosso número mais brilhante em 2011”, comemorou Aston Milton Schmitt, diretor corporativo e de relações com investidores da Randon. Segundo ele, a retomada da demanda no mercado norte-americano contribuiu para esse resultado, principalmente no segmento de reboques. As exportações para aquele país chegaram a 28% do total.
Para capitalizar o bom momento, no decorrer do ano o grupo investiu cerca de R$ 250 milhões na modernização de unidades industriais, que viabilizaram o aumento da capacidade instalada, além contribuir para a reposição de ativos depreciados e o desenvolvimento de novos produtos. Também foram realizadas aquisições como a Controil, de São Leopoldo (RS) e acrescidos quase mil novos postos de trabalho em suas 17 unidades industriais, o que representou uma evolução de 7% neste indicador.
Com a demanda crescente, o grupo já anunciou que em breve transferirá toda a sua linha de semirreboques frigoríficados para Chapecó (SC), onde fica a recém-criada Randon Brantec, além de levar parte da produção para a nova unidade fabril de Resende (RJ). Ao todo, a empresa investirá R$ 400 milhões no decorrer de 2012.
Crescimento à vista
Apesar de prever encolhimento de cerca de 10% no mercado de comerciais pesados, a Randon projeta resultados positivos no segmento de veículos especiais em função da continuidade dos investimentos em infraestrutura. A empresa avalia que a linha amarela poderá obter o melhor desempenho de toda a sua carteira de produtos, triplicando o volume de negócios no decorrer do ano, principalmente por conta de encomendas do Ministério de Desenvolvimento Agrário e dos setores florestal e de mineração.
O otimismo tem respaldo no destacado desempenho do ano passado, quando o segmento manteve níveis elevados de demanda, sustentado por encomendas do governo ligadas a projetos como o PAC 2 e o programa Minha Casa, Minha Vida. Além disso, projetos nas áreas de energia, saneamento e obras relacionadas aos grandes eventos esportivos também contribuíram para impulsionar a venda de equipamentos no mercado. Ao todo, o grupo comercializou 832 unidades no último ano, entre retroescavadeiras, caminhões fora de estrada e veículos para operação florestal.
De olho na demanda, a Randon vem reforçando consideravelmente seu portfólio. Em janeiro, por exemplo, a empresa lançou a retroescavadeira RD 406 Advanced. Outro passo nesse sentido foi o lançamento do caminhão fora de estrada RK 430M, equipado com caçamba heavy duty. Nesse segmento, a parceira com italiana Perlini tem viabilizado a oferta de modelos maiores, voltados ao setor de mineração, o que estimula a companhia a avaliar sua produção no país, com chapas de aço e componentes importados da Itália e China.
“Não é mais possível continuar vendendo minério e comprando aço mais barato lá fora. Isso vai ter de mudar”, pondera Erino Tonon, diretor vice-presidente de operações da Randon. Por esse motivo, apesar do sucesso da parceria com a Perlini, o projeto de fabricação desses caminhões no Brasil ainda depende de algumas condições de mercado. “Esses modelos se adaptaram perfeitamente ao país e, com encomendas feitas pela Usiminas e pela Companhia Riograndense de Mineração (CRM), estamos com a capacidade tomada”, conclui Tonon.
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