Nos últimos anos, a participação dos guindastes AT (All Terrain) registrou crescimento significativo para alguns fabricantes, principalmente devido à maior aplicação dessa solução em obras de difícil acesso e aos investimentos recentes realizados no setor de energia, um dos campos com maior potencial para o modelo.
A Sany, por exemplo, comercializa guindastes AT com capacidades entre 85 t e 600 t. O modelo com maior demanda é o SAC2200, com capacidade de 220 t e que – segundo a fabricante chinesa – se destaca pelo chassi compacto com cinco eixos, lança principal com 62 m, mais extensão de lança treliçada de 43 m com regulagem hidráulica do ângulo. Diretor comercial da empresa do Brasil, Renê Toledo Porto corrobora o avanço da solução no país. “Se comparados a outros equipamentos, os guindastes AT vêm aumentando a participação, principalmente em função da melhor aplicação em obras de construção civil”, diz ele.
Conceitualmente, o guindaste AT possui finalidades semelhantes às dos RT (Rough Terrain), mas na prática têm aplicações diferentes, como explica
Nos últimos anos, a participação dos guindastes AT (All Terrain) registrou crescimento significativo para alguns fabricantes, principalmente devido à maior aplicação dessa solução em obras de difícil acesso e aos investimentos recentes realizados no setor de energia, um dos campos com maior potencial para o modelo.
A Sany, por exemplo, comercializa guindastes AT com capacidades entre 85 t e 600 t. O modelo com maior demanda é o SAC2200, com capacidade de 220 t e que – segundo a fabricante chinesa – se destaca pelo chassi compacto com cinco eixos, lança principal com 62 m, mais extensão de lança treliçada de 43 m com regulagem hidráulica do ângulo. Diretor comercial da empresa do Brasil, Renê Toledo Porto corrobora o avanço da solução no país. “Se comparados a outros equipamentos, os guindastes AT vêm aumentando a participação, principalmente em função da melhor aplicação em obras de construção civil”, diz ele.
Conceitualmente, o guindaste AT possui finalidades semelhantes às dos RT (Rough Terrain), mas na prática têm aplicações diferentes, como explica o diretor da Sany. “Por serem montados sobre caminhão, os AT podem transitar facilmente por ruas e rodovias sem grandes preocupações”, explica Porto. “Por isso, são equipamentos muito utilizados para locações spot (curta duração) e possuem bom custo-benefício na aquisição.”
GENERALIZAÇÃO
O mesmo acontece com a Manitowoc. De acordo com informações da fabricante, os guindastes AT realmente são os mais procurados da marca no mercado brasileiro, com destaque para os modelos de 100 t e 220 t. E muito dessa predileção está relacionada às características das máquinas, que oferecem versatilidade para nichos ascendentes do mercado. No caso do modelo de 100 t, a altura alcançada é de 85 m, com lança de 60 m de comprimento, enquanto o modelo de 200 t apresenta 108 m de alcance e 68 m de lança.
Como todos os modelos disponibilizados no mercado nacional são importados, esses equipamentos todo terreno permanecem à margem das especificações dos caminhões rodoviários convencionais no que tange à Legislação e limitações do tráfego em rodovias e cidades. “Realmente, ainda não existe uma regulamentação específica para essa categoria no Brasil”, informa o marketing manager da Manitowoc Cranes Latin America, Leandro Nilo de Moura, acrescentando que existem apenas restrições e regulamentações de horário, peso, largura e sinalização, que devem ser seguidas, sendo que o equipamento necessita de autorização especial para circular.
A propósito, o gerente da Manitowoc acredita que a atual regulamentação “genérica” não leva em consideração as características dos equipamentos: “Devido ao seu sistema de controle de suspensão, os guindastes AT possuem distribuição específica de peso entre os eixos, que é equilibrada e constantemente corrigida”, explica. “E isso vai ao encontro dos objetivos da regulamentação, que é preservar as estradas”.
COMPARATIVO
Mas até para os AT os tempos são desafiadores. Moura confirma que, para a Manitowoc, o avanço comercial desses modelos vinha em um crescendo acima da média nos últimos anos. No entanto, diz ele, atualmente têm acompanhado a demanda de outros segmentos no país, “que infelizmente estão recuando”. Destaque-se que os equipamentos são tecnologicamente mais modernos, mas também apresentam custo mais elevado devido à tecnologia embarcada, desmotivando o investimento por parte de players de menor porte.
Aliás, segundo o especialista, o único setor que não teve redução nos últimos tempos foi o de Tower Cranes (TC), ou guindastes de torre, também conhecidos como “gruas”. Já o RT (Rough Terrain, para terrenos acidentados), assim como o AT, sofreu uma queda acentuada de comercialização no último ano, acima de 50% no mercado como um todo.
Especificamente em relação ao RT, mesmo a possibilidade de aquisição via Finame não foi suficiente para atrair a demanda de acordo com o potencial do país. No entanto, a participação de mercado da empresa norte-americana nesse segmento continua forte, pois o modelo é produzido no Brasil – na fábrica de Passo Fundo (RS) – e também dispõe de centros de serviço e atendimento espalhados por todo o território nacional, o que evidentemente aumenta a competitividade da marca. Nesse range de produtos, a linha GMK da Manitowoc compreende desde modelos de 40 t de carga máxima (GMK2035E), com 29 m de comprimento de lança e alcance máximo de 46 m, a opções com 450 t (GMK7450), com 60 m de lança e alcance de 137 m, incluindo 13 modelos intermediários.
Entretanto, a empresa acredita que no médio prazo todos os modelos tendem a se recuperar, acompanhando a retomada da economia. Porém, isso ainda deve levar um tempo. “Estamos de olho atento”, diz o porta-voz da Manitowoc.
INTERPRETAÇÃO
No exterior, há adaptações que aumentam a atratividade dos modelos AT. Mas, em função do complicado processo de importação praticado no Brasil, algumas dessas soluções disponibilizadas no exterior – como a grua torre de montagem rápida sobre chassi de guindaste AT – ainda são pouco conhecidas por aqui.
O mesmo se aplica a modelos específicos que permanecem inéditos no país. Um bom exemplo disso é o modelo GTK1100 – que basicamente consiste em um transportador com rodas e uma lança telescópica oscilante, ambos conectados por um mastro de seis seções de 80,7 m –, um equipamento apropriado principalmente para a montagem de torres eólicas.
No entanto, como existe a possibilidade de a estrutura ser erroneamente interpretada como linha de eixo, o modelo pode sofrer impacto no seu preço. Em resumo, para Moura, “esse é um produto que os engenheiros brasileiros provavelmente já viram e o consideraram interessante, mas que por ser complicado de trazer para o país acaba entrando na categoria de produto pouco conhecido nacionalmente”.
Segundo ele, os órgãos nacionais não analisam os produtos que têm potencial para serem vendidos no Brasil e, muitas vezes, a fiscalização adota uma interpretação incorreta. Isso acaba gerando um problema para os fabricantes e o próprio setor, pois, segundo Moura, “a empresa poderia disponibilizar para o mercado nacional um produto que melhoraria a produtividade das obras e projetos”.
Confira comparativo entre modelos
Do alto de suas torres e lanças, os guindastes são equipamentos essenciais às atividades de construção civil, com aplicações diversas em içamento de cargas de grandes dimensões e peso. Mas, como escolher o melhor produto? Alguns modelos disponíveis no mercado apresentam características próprias e comportamentos específicos, dependendo do segmento e do tipo de aplicação a que se destinam. Confira no quadro.
Av. Francisco Matarazzo, 404 Cj. 701/703 Água Branca - CEP 05001-000 São Paulo/SP
Telefone (11) 3662-4159
© Sobratema. A reprodução do conteúdo total ou parcial é autorizada, desde que citada a fonte. Política de privacidade