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Revista M&T - Ed.264 - Junho 2022
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GUINDASTES

Adequação a qualquer terreno

Com boa ocupação das frotas após muito tempo, a locação de guindastes All Terrain vive momento positivo, enquanto modelos Rough Terrain permanecem com baixa procura
Por Santelmo Camilo

O setor de locação atravessa uma safra favorável para os negócios com guindastes, com boa ocupação dos equipamentos no curto e médio prazo. No 1º quadrimestre, algumas locadoras atingiram resultados equivalentes – ou até melhores – que no mesmo período do ano anterior, com mobilização para trabalhos rápidos e contratos mais extensos.

Assim como ocorre na Linha Amarela, alguns modelos de guindastes também possuem maior procura devido à ampla variedade de trabalhos que podem executar, como é o caso dos modelos todo-terreno (All Terrain – AT).

Um dos mais utilizados, o guindaste se destaca pela agilidade e desempenho em diferentes situações, tanto em rodovias como sobre terrenos acidentados. Dessa maneira, segue as regulamentações de trânsito e, ao mesmo tempo, suporta situações extremas de terreno.

Com chassi em forma de caixa, geralmente feito em aço de elevada resistência, o equipamento utiliza pneus de grande porte que possibilitam maior altura em relação ao solo, além de contar com suspensão acionada hidraulicamente, para ajuste de altura em terrenos irregulares. “Indiscutivelmente, o guindaste AT é o mais procurado devido à versatilidade em diferentes situações”, concorda Marcos Cunzolo, diretor da Cunzolo. “A vantagem de se deslocar em vias públicas facilita a locomoção de uma obra para outra, sem a necessidade de carreta.”

Segundo Rafaela Silva, especialista do departamento de marketing da Locar, o rental de guindastes AT atualmente gera mais receita que o de RTs (Rough Terrain), principalmente devido à pouca valorização por parte do cliente. “No geral, o mercado utiliza os ATs mesmo em situações em que os RTs trariam mais agilidade”, observa. “Em um olhar mais amplo, fica nítido que oferta e demanda estão alinhadas nessa preferência.”

Todavia, quando se utiliza um guindaste AT no lugar de um RT o custo operacional é maior. Par


O setor de locação atravessa uma safra favorável para os negócios com guindastes, com boa ocupação dos equipamentos no curto e médio prazo. No 1º quadrimestre, algumas locadoras atingiram resultados equivalentes – ou até melhores – que no mesmo período do ano anterior, com mobilização para trabalhos rápidos e contratos mais extensos.

Assim como ocorre na Linha Amarela, alguns modelos de guindastes também possuem maior procura devido à ampla variedade de trabalhos que podem executar, como é o caso dos modelos todo-terreno (All Terrain – AT).

Um dos mais utilizados, o guindaste se destaca pela agilidade e desempenho em diferentes situações, tanto em rodovias como sobre terrenos acidentados. Dessa maneira, segue as regulamentações de trânsito e, ao mesmo tempo, suporta situações extremas de terreno.

Com chassi em forma de caixa, geralmente feito em aço de elevada resistência, o equipamento utiliza pneus de grande porte que possibilitam maior altura em relação ao solo, além de contar com suspensão acionada hidraulicamente, para ajuste de altura em terrenos irregulares. “Indiscutivelmente, o guindaste AT é o mais procurado devido à versatilidade em diferentes situações”, concorda Marcos Cunzolo, diretor da Cunzolo. “A vantagem de se deslocar em vias públicas facilita a locomoção de uma obra para outra, sem a necessidade de carreta.”

Segundo Rafaela Silva, especialista do departamento de marketing da Locar, o rental de guindastes AT atualmente gera mais receita que o de RTs (Rough Terrain), principalmente devido à pouca valorização por parte do cliente. “No geral, o mercado utiliza os ATs mesmo em situações em que os RTs trariam mais agilidade”, observa. “Em um olhar mais amplo, fica nítido que oferta e demanda estão alinhadas nessa preferência.”

Todavia, quando se utiliza um guindaste AT no lugar de um RT o custo operacional é maior. Para se deslocar em rodovias, esses modelos precisam ser acompanhados por um veículo auxiliar, que faz o transporte de contrapesos, além de serem equipamentos de operação mais complexa e com elevado custo de aquisição e manutenção.


Atualmente, os guindastes AT geram as maiores receitas ao setor de rental especializado

APLICAÇÃO

Projetados para aplicação em terrenos acidentados, os guindastes RT ao contrário seguem com participação tímida na frota de locação. Isso ocorre porque, conforme relata Rafaela Silva, da Locar, é possível utilizar outros modelos de guindastes na aplicação do RT.

No Brasil, de fato, é comum encontrar um guindaste rodoviário trabalhando indevidamente em aplicações fora de estrada, substituindo a função que deveria ser desempenhada por um RT. “Embora o AT cumpra o papel de içar cargas, esse modelo não é dimensionado para trabalhar em terrenos acidentados”, avisa Leandro Nilo de Moura, gerente de marketing da Manitowoc Cranes, destacando que a prática pode resultar em sérios acidentes durante os deslocamentos, além de minar a produtividade. “Como os pneus rodoviários não têm tração nem aderência, o guindaste pode atolar se o terreno estiver em más condições.”

Geralmente, os guindastes RT devem ser utilizados em condições adversas e de acesso restrito, com pouco espaço para manobras, posicionamento e deslocamentos. Por serem versáteis, são indicados para operações em setores como construção, óleo & gás, mineração, siderurgia, petroquímica e energia. Também são tecnicamente capazes de fazer deslocamentos curtos com a carga, o que melhora a mobilidade em trabalhos de montagem industrial, como a movimentação de vigas.

Os eixos robustos e direcionáveis dão boa capacidade de tração 4x4 e permitem tabelas de cargas variáveis, com diferentes opções de patolamento. Além, disso, o RT tem estrutura mais compacta e reforçada que um modelo rodoviário com a mesma capacidade. Devido a essas características, o RT é capaz de içar cargas sobre pneus e transitar por locais onde os rodoviários não chegam.

Pars Rafaela Silva, da Locar, as diferenças entre os conceitos são claras. “Os guindastes AT fornecem mais mobilidade, considerando a agilidade que o cliente exige nos prazos de mobilização e movimentação dentro das plantas”, diz ela. “Contudo, os RTs têm melhor performance em obras com terrenos difíceis e se movimentam com a carga, sempre respeitando as tabelas técnicas.”

A desvantagem, segundo ela, é que o RT precisa ser mobilizado com um conjunto transportador, o que limita a agilidade do cliente, embora o mercado brasileiro esteja completamente adequado a essas demandas. No início, os RT mais comuns no Brasil tinham cabine de operação fixa. “Eram mais simples que os modelos atuais, que em sua maioria têm cabine instalada na superestrutura”, descreve José Carlos Lima Rezende, gerente de suporte ao cliente da Tadano. “A operação era mais desgastante para o operador, que precisava torcer o pescoço para acompanhar o giro da estrutura superior.”

Em comparação aos modelos AT, os RTs possuem demanda de locação centrada em contratos de médio e longo prazo, nos quais o cliente percebe a maior eficiência da aplicação. Cunzolo explica que o patolamento dos RTs é feito pela cabine de operação, com apoio de um auxiliar, o que dá agilidade ao trabalho. “Mais robustos, os guindastes de menor porte não têm montagem de contrapeso e não dispõem de muita tecnologia na parte de suspensão”, detalha. “É diferente da suspensão hidráulica e repleta de sensores dos modelos ATs. Além disso, os eixos direcionais facilitam a manobra no terreno”, acrescenta.

Normalmente, os procedimentos de liberação e fixação do moitão à estrutura da máquina após as operações são mais demorados nos guindastes rodoviários. A dimensão maior (comparada a um RT da mesma capacidade) e a direção apenas nos eixos dianteiros também tornam a manobra dos rodoviários mais demorada.

Para Cunzolo, o mercado brasileiro entende bem a diferenciação entre os modelos. Ocorre que, com a falta de RTs, principalmente modelos com capacidade acima de 50 t, as empresas acabam utilizando o AT, mais disponível nas locadoras. E, na ausência dos RTs e ATs, o tipo mais utilizado de guindastes nas operações off-road é o modelo de lança telescópica montado sobre caminhão (Truck Crane – TC), especialmente em operações mais complexas. “Quando não há alternativa, o mercado utiliza o que tem, embora haja uma utilização acima da média de guindastes AT e rodoviários em detrimento do RT”, reconhece. “Sempre indicamos o equipamento mais adequado para o trabalho, mas muitas vezes o cliente resiste.”


Em períodos de escassez de obras, guindastes RT ficam parados no pátio

INVESTIMENTO

Para as locadoras, o retorno em relação ao investimento nos dois modelos pode ser relativo, pois o custo de um RT pode ser menor, mas o equipamento pode ficar ocioso. Tudo vai depender da utilização e demanda. “Nos períodos de escassez de obras, os RT ficaram parados no pátio”, frisa Cunzolo. “Nessas ocasiões, a maior parte dos contratos tende a ser spots, em que a pedida é por guindastes rodoviários.’

Para os especialistas, a procura tende a crescer quando houver mais obras de infraestrutura, o que aumenta a necessidade de modelos RT de maior capacidade, para aplicações específicas em grandes obras. Enquanto esse momento não chega, o mercado prefere modelos com maior facilidade de deslocamento, para uso em obras rápidas. As características dos modelos RT, potencializadas às inovações tecnológicas e ao menor investimento inicial comparado ao AT, podem garantir vantagem competitiva a esse tipo de guindaste, desde o mercado entenda que o investimento vale a pena (ou seja, que surjam obras).

Tanto a Cunzolo quanto a Locar apostam que o uso de guindastes, independentemente do modelo, também tende a crescer em indústrias de grande porte, como mineradoras, petroquímicas, empresas de óleo & gás, siderúrgicas, construção civil e infraestrutura.

Por outro lado, o recente aquecimento motivou o setor a ir às compras. Recentemente, a Locar adquiriu um guindaste com capacidade de 400 t, por exemplo. “A Locar investiu bastante em guindastes em 2021”, conta Rafaela Silva. “Embora não exista equipamento novo para pronta-entrega, nos antecipamos ainda no ano passado, quando percebemos um significativo crescimento do mercado.”

Segundo Marcos Cunzolo, a locadora já avalia comprar mais equipamentos. “Alguns fabricantes estão estipulando prazo de entrega de seis meses a um ano, sendo até dois anos para máquinas de maior porte”, relata. “Assim, para evitar prejuízos relacionados à disponibilidade, colocamos constantemente os equipamentos em manutenção, mantendo-os prontos para voltar à operação.”

Dessa maneira, a empresa vem conseguindo atender à demanda e se adequar aos prazos de entrega estipulados pelos fabricantes. Contudo, a desvalorização do real antepôs outro desafio para as empresas, impactando a aquisição de novos equipamentos e peças, lubrificantes, combustível e outros. “Hoje, um tambor de óleo hidráulico de 200 l custa aproximadamente R$ 4 mil, uma despesa que antes sequer fazíamos conta”, espanta-se Cunzolo. “Isso se soma aos custos de pneus, peças importadas e outros materiais necessários para manter a frota em operação.”

Segundo ele, cerca de 30% dos clientes mais fidelizados entendem os reajustes, pois também vivem o momento difícil, mas os demais 70% preferem cotar com outras empresas. “Está sendo um desafio hercúleo para as locadoras equalizarem os preços nos contratos”, arremata.


No Brasil, ainda são comuns guindastes rodoviários trabalhando em aplicações indicadas para um RT

Zoomlion lança novo guindaste AT no país

A companhia traz ao país o modelo ZAT3000V, um guindaste todo terreno (AT) com capacidade de içamento de 300 t. Com alcance de 80 m, o equipamento conta com lança telescópica de 7 seções, oferecendo a opção de Superlift na versão completa, chegando a um total de 140 t de contrapesos. “Trata-se de um equipamento robusto, com tabela de carga surpreendente”, ressalta Enio Pallaro, Country Manager da Zoomlion Brasil.


Equipado com lança telescópica de 7 seções, modelo ZAT3000V tem alcance de 80 m

O lançamento tem foco no setor de rental, que representa 85% das vendas de guindastes da empresa no país. Segundo o executivo, a novidade chega em um momento de mudanças no relacionamento com locadoras e demais clientes. “A pandemia levou a uma ressignificação dos encontros com clientes”, avalia. “Hoje, nosso relacionamento, embora distante fisicamente, ficou mais próximo devido ao uso de tecnologias que se tornaram mais presentes na rotina do escritório.”

Comansa produz grua sob medida para estaleiro norueguês

Em parceria com o distribuidor Rental Group AS, a empresa forneceu o guindaste de torre 21LC1050 adaptado para as operações do estaleiro da Aibel, em Haugesund. Como se sabe, as gruas para estaleiros devem atender a requisitos mais rigorosos do que os utilizados em projetos puramente construtivos – decorrentes da proximidade do mar, uso contínuo, condições meteorológicas e trânsito de veículos e pessoas.


Gruas para estaleiros devem atender a requisitos mais rigorosos de segurança

No caso da operação na Noruega, uma grua Flat-Top com capacidade de 50 t foi adaptada às necessidades do cliente por meio de um processo detalhado de personalização. Para proteger o guindaste contra intempéries, foram utilizados elementos especiais de proteção, bem como tinta de 250 mícrons para prevenir a corrosão.

Na montagem, foi utilizada uma grua móvel de 500 t, com altura de 115 m. “Além disso, a lança de 80 m tornou possível alcançar toda a plataforma com um único equipamento”, comenta a empresa.

Saiba mais:
Comansa:
www.comansa.com
Cunzolo: https://cunzologuindastes.com.br
Locar: www.locar.com.br
Manitowoc: www.manitowoc.com/pt
Tadano: http://br.tadano.com
Zoomlion: www.zoomlion.com.br

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