A partir de 1865, as escavadeiras tipo shovel projetadas originalmente por William S. Otis passaram a ser produzidas por diversos fabricantes dos Estados Unidos, tais como King, Stock, Starbuck e Vulcan. Essas máquinas introduziram um meio mais rápido para movimentação mecanizada de terra e, em decorrência disso, foram rapidamente assimiladas às obras de construção ferroviária.
Um dos primeiros usuários das escavadeiras Otis nos Estados Unidos, Hosea T. Stock desenvolveu diversas melhorias na máquina, montando-a sobre uma vagoneta de aço. A adaptação resultou na criação da primeira “escavadeira ferroviária”, que podia integrar a composição de carga e, nas décadas seguintes, tornou-se a máquina preferida das empreiteiras de construção ferroviária.
GÊNESE
Já no final do século XIX, a construção do Canal do Panamá (1880-1914) estimulou avanços significativos no desenvolvimento das escavadeiras. Até 1880, foram fabricadas cerca de 500 máquinas a vapor nos Estados Unidos, todas baseadas no conceito original de Otis. A partir daí, novos fabricantes foram su
A partir de 1865, as escavadeiras tipo shovel projetadas originalmente por William S. Otis passaram a ser produzidas por diversos fabricantes dos Estados Unidos, tais como King, Stock, Starbuck e Vulcan. Essas máquinas introduziram um meio mais rápido para movimentação mecanizada de terra e, em decorrência disso, foram rapidamente assimiladas às obras de construção ferroviária.
Um dos primeiros usuários das escavadeiras Otis nos Estados Unidos, Hosea T. Stock desenvolveu diversas melhorias na máquina, montando-a sobre uma vagoneta de aço. A adaptação resultou na criação da primeira “escavadeira ferroviária”, que podia integrar a composição de carga e, nas décadas seguintes, tornou-se a máquina preferida das empreiteiras de construção ferroviária.
GÊNESE
Já no final do século XIX, a construção do Canal do Panamá (1880-1914) estimulou avanços significativos no desenvolvimento das escavadeiras. Até 1880, foram fabricadas cerca de 500 máquinas a vapor nos Estados Unidos, todas baseadas no conceito original de Otis. A partir daí, novos fabricantes foram surgindo naquele país, em uma rápida sucessão de marcas e inventos que marcou a gênese da indústria norte-americana de equipamentos de construção.
Em 1880, a Vulcan Steam Shovel produziu alguns modelos de escavadeiras que, ao invés de se movimentarem sobre trilhos, se deslocavam sobre rodas de aço. Essas máquinas eram muito similares às soluções sobre trilhos conhecidas como “Thompson Steam Shovels”, produzidas em Ohio pela Bucyrus Company, que se tornaria um dos maiores fabricantes de escavadeiras do século XX.
No ano seguinte, surgiu a “Barnhart Steam Shovel”, produzida pela Huber, de Marion, Ohio, que logo mudaria o nome para Marion Steam Shovel. A empresa viria a ter influência decisiva sobre a fabricação de escavadeiras nos últimos anos do século XIX. Isso porque essa escavadeira representou um avanço tecnológico considerável no período, dispondo de sistemas independentes para a elevação da caçamba, escavação e giro.
Em 1884, Alonzo Pawling e Henry Harnischfeger fundaram uma fábrica de equipamentos em Milwaukee para produzir as escavadeiras P&H, que se tornaram famosas e perduraram no mercado por grande parte do século XX. Alguns anos depois, em 1890, a empresa Link-Belt – que também se tornaria um grande fabricante no século seguinte – produziu a primeira escavadeira equipada com clamshell.
FIN DE SIÈCLE
Com caçambas de 1,2 a 3,6 m³, as escavadeiras ferroviárias do final do século XIX já ofereciam um bom desempenho na abertura de ferrovias, mas seu giro de 180° limitava sua atuação em outros tipos de obra. Para aumentar a versatilidade dos equipamentos, as escavadeiras com giro de 360° foram desenvolvidas praticamente ao mesmo tempo na Europa e nos Estados Unidos, mas também tinham seus inconvenientes: com a mesma capacidade, eram mais caras e maiores que as ferroviárias, sendo que o giro era mais lento devido ao maior peso.
Em 1895, Richard Thew produziu uma escavadeira cuja locomoção não estava restrita aos trilhos, representando mais um importante passo na evolução das máquinas. A Thew, aliás, posteriormente viria a se tornar a Lorain, a maior fabricante mundial de escavadeiras da década de 1920.
Com a necessidade de maior profundidade de escavação, surgiu o conceito de retroescavadeira, ainda hoje a configuração mais comum no mercado global de equipamentos. Sua origem não está muito clara, havendo registros de projetos embrionários desde o século XVIII. Mas foi em 1896 que James Kewley, da empresa Vulcan, criou a primeira escavadeira com caçamba invertida e efetivamente funcional, que foi utilizada até a década de 1930.
DIVERSIFICAÇÃO
Quase sempre desenvolvidas nas próprias oficinas dos inventores, ainda nos últimos anos do século surgiram as vagonetas e locomotivas menores, para transporte do material escavado. No período, também foram criados outros equipamentos a vapor, como tratores e equipamentos agrícolas. A partir daí, a diversificação não cessaria mais.
Os primeiros scrapers, por exemplo, eram caçambas de arrasto simples, tracionadas por animais e derivadas dos arados, cujos primeiros registros datam ainda do século XVI. Durante o século XIX, esses foram os equipamentos de terraplanagem mais usados na América, particularmente na versão puxada por cavalos, permanecendo em uso até a década de 1930.
Da mesma forma, há registros de guindastes desde o século XVI, acionados por água, vento, animais ou pessoas. Contudo, suas estruturas de madeira eram extremamente inseguras e instáveis, o que fez com que, durante muitos anos, os pórticos fossem o meio preferido para içamento de cargas. Posteriormente, apareceram sistemas de escavação com duas caçambas, construídos de modo que, enquanto uma delas subia cheia, a outra descia vazia.
Na virada do século, o custo de produção e as limitações dos trilhos levaram ao desenvolvimento de outros meios de locomoção que, entretanto, só se tornariam realidade com a introdução das esteiras e a invenção do pneu, em 1890, por Dunlop. Da mesma forma, a invenção do motor a Diesel (1892) abriu maiores possibilidades de evolução tecnológica para esse tipo de equipamento, já na aurora do novo século.
Leia na próxima edição:
Além dos trilhos a vez das esteiras e soluções alternativas
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