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Revista M&T - Ed.144 - Março 2011
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Empresa

O avanço da Locar em novos negócios

Divisão Lift Rental já responde por 7% do faturamento da empresa, com previsão de chegar a 12% das receitas previstas em 2011, que são estimadas em R$ 570 milhões

A Locar Guindastes e Transportes Intermodais, maior locadora de guindastes do Brasil e uma das maiores do mundo, não quer ser reconhecida apenas pelas operações nas áreas de transportes especiais e grandes içamentos de cargas. Ela quer se firmar no mercado como uma empresa completa na área de movimentação horizontal e vertical de cargas.

Para isto, a companhia estruturou as operações e abriu novas áreas de atuação, com destaque para a divisão Lift Rental, dedicada à locação de plataformas aéreas de trabalho, manipuladores telescópicos e guindastes de torre, as populares gruas usadas para elevação vertical de cargas. “Os negócios nesse segmento começaram de forma espontânea, em 2009, como complementaridade aos demais produtos e serviços oferecidos pela empresa”, explica Yuri Caldeira, diretor comercial da divisão Lift Rental.

Somente a partir deste ano, entretanto, a empresa organizou essa atividade como uma divisão, com o objetivo de potencializar os negócios diante das oportunidades oferecidas pelo mercado. Com isso, uma atividade que respondia por 7% do faturamento


A Locar Guindastes e Transportes Intermodais, maior locadora de guindastes do Brasil e uma das maiores do mundo, não quer ser reconhecida apenas pelas operações nas áreas de transportes especiais e grandes içamentos de cargas. Ela quer se firmar no mercado como uma empresa completa na área de movimentação horizontal e vertical de cargas.

Para isto, a companhia estruturou as operações e abriu novas áreas de atuação, com destaque para a divisão Lift Rental, dedicada à locação de plataformas aéreas de trabalho, manipuladores telescópicos e guindastes de torre, as populares gruas usadas para elevação vertical de cargas. “Os negócios nesse segmento começaram de forma espontânea, em 2009, como complementaridade aos demais produtos e serviços oferecidos pela empresa”, explica Yuri Caldeira, diretor comercial da divisão Lift Rental.

Somente a partir deste ano, entretanto, a empresa organizou essa atividade como uma divisão, com o objetivo de potencializar os negócios diante das oportunidades oferecidas pelo mercado. Com isso, uma atividade que respondia por 7% do faturamento da empresa deve encerrar este ano com uma participação de 12% das suas receitas globais, estimadas em R$ 570 milhões. “Este ano devemos atingir a marca de R$ 70 milhões de faturamento, mas uma participação de 15% nos negócios do grupo é perfeitamente factível”, avalia Caldeira.

Os números são ambiciosos ao se considerar que tal projeção é feita para 2015, quando o grupo pretende atingir um patamar de R$1 bilhão em faturamento. Caldeira explica que o crescimento inicial da divisão foi focado nos grandes projetos de infraestrutura e construção industrial em execução nos estados de São Paulo, Minas Gerais e Pernambuco. A complementaridade em relação aos outros negócios da Locar realmente ajudou na colocação das plataformas elevatórias em projetos como a expansão do porto de Suape (PE) e a implantação do complexo petroquímico Comperj, no Rio de Janeiro, entre outros.

Novas aquisições
O próximo passo, rumo à expansão da nova divisão de negócios, envolve a prospecção de contratos nos estados do Rio de Janeiro, Bahia e Espírito Santo. “Também apoiamos nossas operações nas diversas filiais da Locar espalhadas pelo Brasil, incluindo os planos de expansão do grupo com a abertura de novas unidades”, completa o executivo. O parque de equipamentos da divisão Lift Rental já contabiliza nada menos que 500 plataformas aéreas de trabalho e 200 manipuladores telescópicos, o que a posiciona entre as maiores locadoras do País nesse segmento.

“Com a recente aquisição da empresa Escalar, no entanto, essa frota já soma em torno de 900 equipamentos.” Caldeira ressalta que a compra da empresa não foi motivada apenas por um melhor posicionamento no estado de Minas Gerais, onde a Escalar tem uma forte atuação. Ela também agregou uma nova atividade, voltada à locação de andaimes e torres de iluminação. “Estamos abertos não apenas à ampliação da frota, mas também à aquisição de outras empresas, já que a Locar dispõe de recursos próprios para esse projeto de expansão.”

Outra novidade prevista para o curto prazo é a segmentação da divisão Lift Rental. Com o aumento no portfólio de equipamentos para locação, Caldeira não descarta dividir a área em duas subdivisões. Uma delas deve manter a marca Escalar, muito sólida em Minas Gerais e no Pará, voltada à oferta de andaimes e torres de iluminação. A outra continuará com a locação dos demais tipos de equipamentos.

Alta ocupação da frota
Segundo o executivo, a locação de plataformas aéreas deverá responder por cerca de 45% do faturamento previsto em 2011, cabendo aos manipuladores telescópicos outros 35%. Ele atribui o crescimento na demanda de telehandlers ao programa “Minha Casa, Minha Vida”, que o governo Federal criou para combater o déficit habitacional com a construção de casas para famílias de baixa renda (veja matéria na pág. 50). “Somente com a construtora MRV, temos um contrato de exclusividade para o fornecimento de 100 manipuladores nas obras que ela está tocando dentro desse projeto, com a possibilidade de chegar a 200 unidades locadas”, diz Caldeira.

O melhor, de acordo com o executivo, é que esse perfil de obra possibilita contratos de locação de longo prazo, conferindo maior estabilidade à locadora. “Os manipuladores chegam a ficar num canteiro de obras desse tipo ao longo de seis ou oito meses e são deslocados imediatamente para outra obra do programa, já que eles viabilizam a construção das unidades residenciais dentro de processos industrializados.”

No que se refere à solidez do novo negócio, a Locar também não tem o que reclamar. Afinal, a divisão Lift Rental opera com uma taxa de ocupação da frota de 70%, índice considerado ideal nesse tipo de atividade. Isso significa que ela conta com apenas 30% dos equipamentos parados no pátio, de forma a não perder novas oportunidades de locação. “Em geral, cerca de 20% dos equipamentos estão disponíveis para atendimento ao mercado e 10% estão em manutenção após o retorno das obras.”

Ideias inovadoras
A locação de guindastes de torre deverá encerrar o ano com uma participação de 20% nas receitas da divisão, de acordo com as projeções do executivo. “Essa área ainda tem muito campo a evoluir.” Ele diz que a empresa opera com uma frota de 50 gruas, das quais 16 foram adquiridas recentemente junto à Terex Latin America, em um investimento de R$ 7,7 milhões. “Temos a maior grua para locação do mercado brasileiro, com capacidade para 20 t, que atualmente está sendo montada para uma obra na Cimentos Itambé, no Paraná.”

Diferentemente do mercado de guindastes de torre, cuja demanda é fortemente influenciada pelo mercado imobiliário, a locação de plataformas aéreas é impulsionada tanto pelas obras de edificações como pelos projetos de infraestrutura e construção civil em geral. “As mudanças incorporadas à norma de segurança NR18 ajudaram a difundir o uso desse equipamento, mas sua demanda não se deve apenas a aspectos de segurança, já que ele também confere ganhos de produtividade à obra.”

Caldeira sabe que, para atender à demanda de um mercado aquecido e cada vez mais exigente, não basta a empresa oferecer equipamentos modernos, que proporcionem alta disponibilidade ao cliente. “No contrato firmado com a MRV, nos comprometemos a manter no pátio o equivalente a 10% dos equipamentos locados, de forma a possibilitar pronta substituição em caso de necessidade”, diz ele.

Outra inovação da empresa está relacionada à melhoria das condições de manutenção dos equipamentos. Para isso, ela criou um programa de bonificação dos operadores, de acordo com o estado de conservação que os equipamentos retornam para o seu pátio. “Como os equipamentos são conduzidos por operadores dos clientes, foi a forma que encontramos para estimular as boas práticas de operação por parte desses profissionais.” O resultado, segundo o executivo, é que os equipamentos apresentam baixo índice de manutenção e oferecem alta disponibilidade para os clientes.

 

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