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Revista M&T - Ed.254 - Junho 2021
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Entrevista

Matheus Fernandes

“Ainda há resistência na adoção de híbridos no Brasil"

Desenvolver produtos que aliem alta eficiência e tecnologia de ponta, ajudando a construir uma sociedade melhor. Como ressalta o gerente de negócios da Link-Belt Excavators para a América Latina, Matheus Fernandes, esses são os principais preceitos que embasam os valores corporativos da empresa desde a sua origem, cujas raízes industriais remontam ao final do século XIX, quando surgiu a Link-Belt Machinery Company.

Após mais de um século de transformações, a divisão especializada em escavadeiras atualmente integra a LBX Company, empresa por sua vez criada em 1998 e, desde 2010, controlada pela Sumitomo Construction Machinery Company.

Formado em administração de empresas, com pós-graduação em comércio exterior e relações internacionais, além de MBA em gestão de empresas, o executivo soma mais de 20 anos de experiência profissional nas áreas administrativa, de planejamento financeiro e de gestão de negócios, atuando em funções de liderança para multinacionais como a GE, CNH, Energizer e Tetrapak.

Na Link-Belt desde 2012, exatamente quando a empresa se estabeleceu no Brasil, o executivo responde pela gestão da operação local e dos demais países da América Latina, sendo responsável por implementar estratégias de mercado, definir territórios de vendas e executar o planejamento operacional, de preços e de colocação de escavadeiras.

Nessa empreitada, sua principal missão tem sido articular claramente a proposta de valor da marca na região, como Fernandes destaca nesta entrevista exclusiva concedida à Revista M&T. “Hoje, a marca mantém forte presença de mercado no Brasil e na América Latina, representando respectivamente de 13% a 15% nos negócios da companhia, sendo que, só no Brasil, a Link-Belt já consolidou a venda de 700 escavadeiras em uma década de atuação”, diz ele. Acompanhe.

  • Após quase

Desenvolver produtos que aliem alta eficiência e tecnologia de ponta, ajudando a construir uma sociedade melhor. Como ressalta o gerente de negócios da Link-Belt Excavators para a América Latina, Matheus Fernandes, esses são os principais preceitos que embasam os valores corporativos da empresa desde a sua origem, cujas raízes industriais remontam ao final do século XIX, quando surgiu a Link-Belt Machinery Company.

Após mais de um século de transformações, a divisão especializada em escavadeiras atualmente integra a LBX Company, empresa por sua vez criada em 1998 e, desde 2010, controlada pela Sumitomo Construction Machinery Company.

Formado em administração de empresas, com pós-graduação em comércio exterior e relações internacionais, além de MBA em gestão de empresas, o executivo soma mais de 20 anos de experiência profissional nas áreas administrativa, de planejamento financeiro e de gestão de negócios, atuando em funções de liderança para multinacionais como a GE, CNH, Energizer e Tetrapak.

Na Link-Belt desde 2012, exatamente quando a empresa se estabeleceu no Brasil, o executivo responde pela gestão da operação local e dos demais países da América Latina, sendo responsável por implementar estratégias de mercado, definir territórios de vendas e executar o planejamento operacional, de preços e de colocação de escavadeiras.

Nessa empreitada, sua principal missão tem sido articular claramente a proposta de valor da marca na região, como Fernandes destaca nesta entrevista exclusiva concedida à Revista M&T. “Hoje, a marca mantém forte presença de mercado no Brasil e na América Latina, representando respectivamente de 13% a 15% nos negócios da companhia, sendo que, só no Brasil, a Link-Belt já consolidou a venda de 700 escavadeiras em uma década de atuação”, diz ele. Acompanhe.

  • Após quase dez anos, qual é o foco estratégico da marca no país?

Nosso foco principal é solidificar, cada vez mais, a marca Link-Belt, sempre vislumbrando possibilidades de expansão. Como prova dessa estratégia bem-sucedida, em abril deste ano comemoramos dez anos de atuação no Brasil e, coroando esse marco, estamos prestes a atingir o número de 700 escavadeiras vendidas no país.

  • Como avalia o momento atual do mercado brasileiro e sul-americano?

Estamos passando por um momento bem atípico. A chegada da pandemia no Brasil e nos demais países sul-americanos, no inicio de 2020, trouxe uma situação totalmente nova para diferentes segmentos, incluindo o nosso, de forma que tivemos de aprender a lidar com isso aos poucos. Mesmo com todos os desafios impostos pela pandemia, notamos que o cenário econômico da construção e mineração no Brasil foi positivo – o dólar subiu, a taxa de juros caiu e a demanda por equipamentos aumentou bastante ao longo do último ano. Não por acaso, o segmento de máquinas da Linha Amarela encerrou 2020 com uma alta de 22%, com quase 20 mil unidades vendidas no Brasil, segundo o Estudo Sobratema do Mercado Brasileiro de Equipamentos para Construção. Diante disso – e apesar do momento atípico pelo qual ainda estamos passando –, acredito que haverá oportunidades de crescimento para o setor.

Segundo Fernandes, empresa já atingiu a marca de 700 escavadeiras vendidas no Brasil

  • Quanto esse mercado representa nos negócios globais da empresa atualmente?

Atualmente, os mercados de equipamentos do Brasil e da América Latina representam uma participação de 13% a 15% nos negócios globais da LBX Company, respectivamente.

  • O segmento de escavadeiras vem tendo desempenho positivo na região?

Sim. O mercado de escavadeiras apresentou um crescimento significativo no ano passado, atingindo a marca de 7 mil equipamentos vendidos no Brasil. A marca Link-Belt, especificamente, também tem demonstrado um desempenho positivo no país. Para exemplificar, atualmente temos percebido que a demanda por nossas escavadeiras tem superado a oferta.

  • Aliás, tiveram algum problema em relação à produção dos equipamentos?

As escavadeiras Link-Belt são produzidas pela Sumitomo no Japão, um país que também enfrentou diversas restrições no último ano em decorrência da covid-19. Como aconteceu no Brasil, a pandemia impactou o modelo de trabalho e trouxe problemas na cadeia de suprimentos, o que consequentemente impactou no volume de produção das máquinas. Vale dizer que, assim como nossas escavadeiras, as peças genuínas que as acompanham também são inteiramente importadas. Portanto, em função do aumento do dólar e do frete internacional, o preço das peças originais foi impactado, sofrendo um aumento considerável. Diante de todas essas questões, temos trabalhado fortemente, em conjunto com a nossa rede de distribuição no Brasil e na América Latina, para garantir que as entregas de escavadeiras e peças aconteçam de acordo com os prazos estipulados aos clientes.

  • Nesse cenário, como a empresa tem se saído no pós-venda?

Além de manter a segurança da nossa equipe, desde o início da pandemia um dos focos da Link-Belt foi garantir o pleno funcionamento de todas as escavadeiras da marca em campo. Mesmo com todos os desafios, nossas áreas de peças e de assistência técnica puderam operar normalmente, a fim de atender aos clientes e despachar componentes para todo o Brasil, diariamente. Mantivemos o contato constante com os clientes, por intermédio de nossa rede de distribuição, para que se sentissem suportados a todo o momento. Esse trabalho em conjunto foi fundamental para que mantivéssemos todas as escavadeiras operando com alta disponibilidade em 2020. E pretendemos continuá-lo em 2021.

Contato constante permite que clientes sintam-se suportados a todo o momento, diz o gerente

  • O que, na sua visão, pode impulsionar esse mercado em termos econômicos?

O principal ponto, sem dúvidas, é o investimento em infraestrutura. Mas temos visto um conjunto de outros fatores que também contribuem com o setor, como o crédito barato (com a taxa Selic a 2%, por exemplo) e o crescimento da demanda mundial por commodities.

  • A empresa vem lançando diversos novos modelos no país. Qual é o carro-chefe do portfólio atual?

O nosso carro-chefe é a escavadeira de 20 toneladas, categoria que, graças à sua versatilidade para realizar diferentes tipos de trabalho, é uma das mais utilizadas no país. Não por acaso, a demanda por essa máquina no Brasil representa, hoje, cerca de 70% dos nossos negócios. Nosso equipamento mais recente para essa categoria é a escavadeira 210X3E, que se destaca por ser econômica e altamente produtiva graças à combinação de tecnologias Sumitomo, que agregam mais inteligência na hidráulica e no gerenciamento das bombas, com o motor Isuzu. O modelo opera em três modos de trabalho (SP – prioridade na produção; H – serviço pesado; e A – economia com potência aplicada), que permitem escolher a melhor combinação de potência, precisão e economia de combustível para o trabalho que está sendo realizado.

  • Quais são as inovações mais relevantes desses produtos?

Buscamos estar sempre à frente do mercado e as nossas escavadeiras da série X3E são prova disso. Todos os modelos da linha saem de fábrica com motores Isuzu, por exemplo, que atendem à certificação Proconve/MAR-I, equivalente à norma americana EPA Tier 3. Mas os modelos X3E contam com outros recursos importantes, como cabine Rops/Fops, câmera de ré e cinco pontos de iluminação. A presença de joysticks ergonômicos, do monitor frontal LCD de alta definição (que exibe a visualização da câmera traseira) e de um sistema duplo de filtragem de combustível (que possui detectores de água com boia de densidade e sensoriamento com aviso no painel) são outras inovações relevantes. De forma geral, sempre procuramos agregar tecnologias que possam reduzir o consumo de combustível e aumentar a produtividade, fazendo com que as máquinas Link-Belt produzam mais, com menos recursos.

Com 70% da demanda da marca no país, o modelo 210X3E é o carro-chefe na região, aponta executivo

  • Quais são as principais tendências tecnológicas nesta família de máquinas?

A telemetria é uma das principais tendências que temos observado no mercado de máquinas, pois permite a gestão dos equipamentos de forma remota e em tempo real. A Link-Belt já acompanha essa tendência há algum tempo, pois todos os equipamentos da série X3E já vêm de fábrica com o sistema de telemetria RemoteCare. De forma geral, o RemoteCare permite monitorar e controlar remotamente a localização da máquina, seu desempenho operacional, o status do trabalho realizado e os requisitos de manutenção periódica. Essa ferramenta possibilita ainda que o cliente seja mais proativo com relação às condições potenciais de falhas, pois sempre que um código de diagnóstico de falha é detectado, aparece uma mensagem de advertência no monitor da máquina como sinal de alerta. Para completar, o RemoteCare também ajuda na prevenção de furto ao fornecer capacidades de vigilância e cerca geográfica 24 horas por dia.

  • A eletrificação está no radar da empresa?

A LBX Company possui a tecnologia de equipamentos híbridos, que inclusive já começou a ser comercializada nos Estados Unidos. O grande desafio para que a eletrificação seja adotada em larga escala, no entanto, está no alto custo desta tecnologia. Em decorrência do preço, notamos que ainda há resistência na adoção dos equipamentos híbridos por parte dos clientes, principalmente no Brasil.

  • A propósito, como o crescimento do ESG nas corporações impacta os negócios?

A tendência é que as empresas considerem, cada vez mais, as questões de Governança Ambiental, Social e Corporativa em seus planos de negócios. Até porque os próprios clientes passarão a exigir isso e a buscarem fornecedores com políticas consolidadas nessa frente. A Link-Belt, especificamente, está sempre preocupada em desenvolver e manter as melhores práticas de ESG, a fim de garantir que sejam cumpridas por todos na companhia. Como exemplo, visamos atender a todas as regulamentações ambientais não só do Brasil, mas de todos os países nos quais atuamos, além de olhar para as questões sociais do nosso entorno. Não por acaso, o nosso propósito enquanto empresa é o de construir sociedades melhores, o que não passa apenas pelas escavadeiras da empresa, que atuam fortemente no desenvolvimento de setores fundamentais da economia e da infraestrutura do país, mas também por uma série de ações que buscam entregar uma melhoria significativa para os colaboradores da empresa e para a sociedade como um todo.

Saiba mais:
Link-Belt: https://pt.lbxco.com

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