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Revista M&T - Ed.149 - Agosto 2011
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Lançamento

Marca brasileira com peças importadas

Com projeto próprio de equipamentos, cujas peças e conjuntos são fornecidos por fabricantes chineses, em regime O&M, a Maxxor lança seis modelos no mercado brasileiro

Um novo competidor iniciou a comercialização de seus produtos no país, em busca de uma fatia do aquecido mercado brasileiro de equipamentos para construção. Trata-se da brasileiríssima Maxxor, um projeto do grupo Lino de Almeida, que atua na distribuição de combustível e máquinas pesadas, entre outros negócios, e está investindo R$ 35 milhões nessa empreitada. “Não estamos trazendo simplesmente outra marca chinesa para disputar o mercado, mas equipamentos projetados e desenvolvidos para atender à demanda dos usuários brasileiros”, diz Luiz C. G. Toni, diretor da Maxxor Brasil.

Ele explica que a estratégia da empresa está concentrada no desenvolvimento dos equipamentos e da rede de atendimento aos clientes. O fornecimento das máquinas fica por conta de parceiros chineses, em regime O&M, de acordo com o projeto estabelecido pela companhia. “Temos contrato com parceiros de alto nível, entre os top five da indústria chinesa, para a oferta de equipamentos que sejam competitivos não apenas no preço, mas também na confiabilidade e no seu desempenho”, acrescenta Toni.


Um novo competidor iniciou a comercialização de seus produtos no país, em busca de uma fatia do aquecido mercado brasileiro de equipamentos para construção. Trata-se da brasileiríssima Maxxor, um projeto do grupo Lino de Almeida, que atua na distribuição de combustível e máquinas pesadas, entre outros negócios, e está investindo R$ 35 milhões nessa empreitada. “Não estamos trazendo simplesmente outra marca chinesa para disputar o mercado, mas equipamentos projetados e desenvolvidos para atender à demanda dos usuários brasileiros”, diz Luiz C. G. Toni, diretor da Maxxor Brasil.

Ele explica que a estratégia da empresa está concentrada no desenvolvimento dos equipamentos e da rede de atendimento aos clientes. O fornecimento das máquinas fica por conta de parceiros chineses, em regime O&M, de acordo com o projeto estabelecido pela companhia. “Temos contrato com parceiros de alto nível, entre os top five da indústria chinesa, para a oferta de equipamentos que sejam competitivos não apenas no preço, mas também na confiabilidade e no seu desempenho”, acrescenta Toni.

Por conta desses contratos, os fornecedores entregam os equipamentos dentro das especificações estabelecidas pela Maxxor, e a empresa faz a auditoria de todo o processo, incluindo o controle de qualidade, diretamente na linha de produção dos parceiros. “Isso nos permite oferecer produtos com garantia de fábrica.” Toni explica que o projeto contempla a utilização de componentes de padrão global, como motor Cummins, bombas Kawazaki e powertrain da marca Carraro, entre outros.

Com essa proposta, a empresa já está oferecendo no mercado uma linha composta por uma escavadeira hidráulica de 22 t de peso, uma minicarregadeira, uma motoniveladora de 170 HP de potência e um rolo compactador de 12 t (um cilindro). Completando a linha, a Maxxor também conta com duas pás carregadeiras, sendo uma com caçamba de 2,5 jd3 de capacidade e outra de 4 jd3, e uma retroescavadeira de 100 HP, com tração 4x4.

Estrutura de atendimento

Com a relação cambial favorável às importações, que facilita a oferta de equipamentos a um preço competitivo para o cliente, a empresa quer conquistar uma fatia do segmento de máquinas de movimentação solos. O primeiro lote de produtos, com 80 unidades, já chegou ao Brasil em junho último e o objetivo é encerrar o primeiro ano de operações com 180 equipamentos vendidos.

Para isso, a empresa instalou um galpão no trevo entre as rodovias Anhanguera e Bandeirantes, em São Paulo, onde planeja concentrar toda a logística de suporte aos clientes e distribuidores. O centro de distribuição (CD) da marca ocupa um terreno de 12 mil m2, onde a empresa investiu R$ 3,5 milhões na formação de estoque de peças de reposição. “Para cada sete unidades vendidas, teremos um conjunto de grande porte disponível, como motor e powertrain, sem contar as peças de maior giro que fazem parte desse tipo de estoque”, diz Toni.

Ele ressalta que esse cuidado é fundamental para a consolidação da marca desde o primeiro momento de atuação no mercado. “A forma como planejamos o start up das operações é importante para mostrar aos clientes nossa proposta de trabalho”, afirma o executivo. Por esse motivo, a Maxxor inicia as atividades já com quatro lojas para atendimento aos usuários, em São Paulo, Campinas, São José do Rio Preto e Rio de Janeiro.

Toni diz que a empresa também conta com parceria para a distribuição da marca e suporte aos clientes no Rio Grande do Sul e está nomeando concessionárias nas regiões do Mato Grosso, Oeste da Bahia, Porto Velho (RO), Sul de Minas Gerais e Espírito Santo. “Temos uma cartilha com padrões de qualidade e de atendimento, aos quais os parceiros precisam se adequar.”

Foco na qualidade

Esse cuidado, aliás, envolve até mesmo o check list dos equipamentos antes da entrega aos clientes. Segundo Toni, as máquinas chegam semimontadas e, após a montagem final nas instalações da Maxxor, passam por um cuidadoso processo de inspeção. “Trocamos todos os fluidos, bem como os filtros secos e úmidos, já que essas máquinas ficam paradas por cerca de 40 dias durante seu transporte entre a China e o cliente final.” Além da revisão pré-entrega, ele diz que a entrega técnica mobiliza um técnico da empresa durante um dia, no qual ele acompanha o cliente em todas as operações.

Os investimentos da Maxxor Brasil, segundo o executivo, contemplam a contratação de uma equipe de profissionais com experiência na indústria de equipamentos e no suporte aos frotistas. A empresa já conta com uma equipe composta por 55 profissionais dessa área e nove veículos para assistência no campo. “Montamos até mesmo oficinas móveis, com veículos equipados com todo o ferramental necessário para pequenos reparos na instalação do cliente.”

Luiz Toni destaca que os equipamentos da marca foram desenvolvidos para privilegiar a robustez e menor conteúdo eletrônico. “Muitos clientes preferem esse enfoque, pois um pane num circuito eletrônico pode parar o equipamento e comprometer sua produtividade.” A proposta, segundo ele, é oferecer modelos que ofereçam elevada disponibilidade no trabalho, a um custo de aquisição cerca de 30% inferior ao da concorrência.

Como equipamento com menor custo de aquisição não significa, necessariamente, algo de qualidade inferior, Toni ressalta as características dos produtos da marca. “Só oferecemos retroescavadeira em versão com tração 4x4 e nossos equipamentos são todos dotados de cabine fechada, com ar condicionado e proteção ROPS/FOPS como itens de série.” No caso das pás carregadeiras, aliás, todo o controle é realizado por meio de joysticks, proporcionando melhor resposta aos comandos do operador.

 

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