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Revista M&T - Ed.212 - Maio 2017
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Entrevista

MALCOLM EARLY

“O CENÁRIO ACONSELHA CAUTELA”

Vice-presidente de marketing da Skyjack desde 2012, o executivo Malcolm Early possui uma sólida experiência profissional amealhada em mais de 30 anos de atuação no mercado, sendo duas décadas dedicadas especificamente ao setor de equipamentos para construção, em empresas como Manitowoc, JLG e Volvo CE, dentre outras.

Nascido no Reino Unido, Early é formado pela Newcastle University e possui pós-graduação em marketing pela Northumbria University, ambas na Inglaterra. Em sua extensa carreira, o profissional já desempenhou várias atribuições no exterior, vivendo atualmente no Canadá.

Com a autoridade só trazida pela experiência, Early avalia que a demanda de máquinas nos setores de construção e locação vem mostrando sinais de recuperação em todo o mundo, inclusive no Brasil, ainda que de forma cautelosa. Atuante em todos os continentes, exceto a África, a Skyjack busca ganhar espaço neste momento de retomada dos mercados, apostando principalmente em equipamentos com fontes alternativas de combustível, além de privilegiar a segurança e os treinamentos.


Vice-presidente de marketing da Skyjack desde 2012, o executivo Malcolm Early possui uma sólida experiência profissional amealhada em mais de 30 anos de atuação no mercado, sendo duas décadas dedicadas especificamente ao setor de equipamentos para construção, em empresas como Manitowoc, JLG e Volvo CE, dentre outras.

Nascido no Reino Unido, Early é formado pela Newcastle University e possui pós-graduação em marketing pela Northumbria University, ambas na Inglaterra. Em sua extensa carreira, o profissional já desempenhou várias atribuições no exterior, vivendo atualmente no Canadá.

Com a autoridade só trazida pela experiência, Early avalia que a demanda de máquinas nos setores de construção e locação vem mostrando sinais de recuperação em todo o mundo, inclusive no Brasil, ainda que de forma cautelosa. Atuante em todos os continentes, exceto a África, a Skyjack busca ganhar espaço neste momento de retomada dos mercados, apostando principalmente em equipamentos com fontes alternativas de combustível, além de privilegiar a segurança e os treinamentos.

Nesta entrevista exclusiva à M&T, o executivo discorre sobre o portfólio de produtos da empresa, além de analisar as possibilidades que o mercado brasileiro oferece para suas soluções. Acompanhe os principais trechos.

Qual é o cenário atual para plataformas na América Latina?

Atualmente, o principal mercado de Mobile Elevating Work Platforms (MEWP’s) – ou plataformas elevatórias móveis – na América Latina ainda é o Brasil, seguido pelo México. Evidentemente, o Brasil esteve muito parado nos últimos 18 meses ou mais. Por isso, apesar de alguns dos elementos estruturais do setor de construção e locação já mostrarem sinais de melhorias, o cenário aconselha cautela no momento.

E nas demais regiões, qual é o comportamento esperado?

A América do Norte e a Europa mantêm-se como os principais mercados para MEWP’s. A América do Norte está mostrando demanda consistente, em níveis elevados. Na Europa, o mercado registra algum crescimento. Em outras regiões, como a Austrália, o mercado também vem se mostrando sólido. Já na Ásia, especialmente na China, o cenário é de um potencial impressionante; no entanto, trata-se de um crescimento com um ponto de partida relativamente baixo. De todo modo, é preciso prestar atenção no mercado asiático devido ao potencial igual – senão maior – ao da América do Norte. Não menos importante é a Coreia, onde a marca Skyjack é bem considerada.

Nessa linha, quais são as estratégias para crescer no mercado brasileiro?

Iniciamos uma operação de vendas e serviços no Brasil há cinco anos e, desde então, continuamos muito comprometidos com o mercado. A demanda por MEWP’s simples permanece e a Skyjack está na posição certa para oferecer esse tipo de equipamento. Novos produtos, como a plataforma elevatória tipo tesoura SJIII 4740 DC e a lança articulada com jib rotatório SJ30 ARJE, aumentaram o portfólio de produtos da empresa e contribuíram para melhorar a reputação da marca na região. E a gama de produtos aumentará em 2017 com o lançamento da plataforma com lança articulada SJ85 AJ.

Em termos tecnológicos, como a marca se posiciona perante os concorrentes?

Recentemente, a Skyjack entrou em uma nova classe de plataformas aéreas tipo tesoura com o lançamento da SJIII 4740 DC, que oferece altura de trabalho de 13,8 m. As chaves cruzadas aparafusadas tornam esta plataforma extremamente rígida e confiável, mesmo quando se trabalha com altura total. A vida útil da bateria também foi atualizada e um controlador do motor garante ajuste mais fino e redução do tempo de recarga. Já com a série de lanças articuladas SJ30, que inclui a SJ30 ARJE e a SJ30 AJE, ambas com altura de trabalho de 11 m, a marca passou a oferecer um ótimo desempenho operacional e ciclo de trabalho. A empresa, inclusive, otimizou as soluções da série SJ30, oferecendo 35% a mais de capacidade de subida.

Esta série é a aposta da marca em eletrificação?

Sim. Sabemos que o controle das emissões continuará a ser reforçado nos próximos anos e, à medida que os equipamentos a combustão se tornem mais onerosos, as atividades de manutenção também tendem a se tornar uma despesa cada vez mais considerável para as empresas de locação. Por isso, o uso de fontes de energia alternativas está se tornando mais importante para a indústria, particularmente quando se trata de lanças articuladas.

Aliás, quais são os ganhos reais em relação à tecnologia embarcada?

No nosso caso, tanto a plataforma SJIII 4740 quanto a SJ30 ARJE apresentam o sistema de controle Skycoded, que utiliza um sistema de fiação numerado e codificado por cores. Os benefícios dessa solução incluem um diagnóstico mais simples e rápido, permitindo um reparo igualmente mais veloz. Com as unidades telemáticas prontas, os proprietários e operadores são capazes de extrair indicadores vitais de uso correto e manutenção adequada. Com foco na segurança, o recurso Easydrive – presente na plataforma SJ30 ARJE – auxilia o operador a evitar movimentos incorretos, evitando acidentes potenciais. Independentemente da posição do cesto em relação ao chassi, qualquer entrada de controle responde conforme o esperado pelo operador.

Qual é a importância desses recursos de segurança para o mercado?

Para a indústria, a segurança é uma preocupação primordial no desenvolvimento de produtos. Projetamos equipamentos para serem confiáveis, enquanto atendem aos padrões estabelecidos da indústria. No Brasil e na América Latina, a maior parte dos equipamentos tende a ser padronizada segundo as normas do American National Standards Institute (ANSI). Em um futuro próximo, com a nova ANSI, as máquinas que entrarem no Brasil estarão mais alinhadas com suas contrapartes da Certificação Europeia (CE). Nesse cenário, a Skyjack, em conjunto com a IPAF (International Powered Access Federation), vem trabalhando para desenvolver uma norma brasileira equivalente à nova ANSI, garantindo que todos os aspectos de segurança sejam contemplados a partir de fatores como design, uso seguro e requisitos de treinamento.

O treinamento de operadores também é incumbência da indústria?

Certamente. Profundamente comprometida com a missão da IPAF, a Skyjack acredita na importância de se promover o uso seguro e eficaz de equipamentos de acesso motorizados em todo o mundo. No Brasil, inclusive, a empresa conta com vários funcionários formados pela IPAF, incluindo Rafael Bazzarella, gerente de vendas para a América Latina e vencedor do “Prêmio Instrutor do Ano” do IPAF em 2013, em reconhecimento aos seus esforços para promover o uso seguro de MEWP’s na região.

Qual é a visão de longo prazo para o país?

Temos muitas oportunidades no pipeline e apostamos no país, no qual não paramos de investir por um só momento.

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