P U B L I C I D A D E

ABRIR
FECHAR

P U B L I C I D A D E

ABRIR
FECHAR
Revista M&T - Ed.2 - Set/Out 1989
Voltar
ENTREVISTA

Gilberto Leal Costa

Nosso entrevistado é o engenheiro Gilberto leal Costa, 47 anos, Diretor de Equipamentos da Construtora Noberto Odebrecht, área responsável pelo parque de máquinas da empresa. Casado, pai de dois filhos, nasceu em São Luis do Maranhão, "fato que até pouco tempo escondia, com o plano cruzado eu anunciei e atualmente só à meus bons amigos confidencio". Unico engenheiro sobrevivente no acidente da prova de carga das fundações da Ponte Rio/Niterói, Giberto possui larga experiência profissional, com serviços prestadosà Construtora Genésio Gouveia, Consórcio Ponte Rio/Niterói, Sotreq, CBPO e conta com mais de dez viagens ao exterior, em feiras e treinamentos.

M.T. - Por que você optou por trabalhar com manutenção?
Gilberto
- Eu comecei a trabalhar na área de manutenção de equipamentos numa situação muito curiosa. Quando me formei fui fazer concurso para Petrobrás e ao me inscrever encontrei diversos colegas que brincaram comigo por serem melhores alunos e perguntaram o que eu estava fazendo lá. Era urn concurso difícil com 1.200 candidatos para 20 vagas; eu passei em 190 lugar para surpresa do pessoal e minha também. O motivo é que a prova foi baseada em matemática, e eu sempre gostei e tive aptidão para matemática, e sou capaz de lembrar quase tudo que estudei de matemática até íoje, e foi justamente isso que predominou nos testes. Quando eu fui seguir a rotina para contratação (médico, psicotécnico), me exigiram o diploma de engenheiro, aí fui na faculdade buscar o diploma que dependia de um carimbo, na realidade o Brasil só vai para frente no dia que decretarem o fim do carimbo. Tenho pânico de carimbo. Aí voltava lá não tinha carimbo e enquanto isso a Petrobrás me cobrava o diploma, e em uma das minhas idas até a escola de engenharia tinha um anúncio pedindo engenheiros recém-formados, então procurei o local e


Nosso entrevistado é o engenheiro Gilberto leal Costa, 47 anos, Diretor de Equipamentos da Construtora Noberto Odebrecht, área responsável pelo parque de máquinas da empresa. Casado, pai de dois filhos, nasceu em São Luis do Maranhão, "fato que até pouco tempo escondia, com o plano cruzado eu anunciei e atualmente só à meus bons amigos confidencio". Unico engenheiro sobrevivente no acidente da prova de carga das fundações da Ponte Rio/Niterói, Giberto possui larga experiência profissional, com serviços prestadosà Construtora Genésio Gouveia, Consórcio Ponte Rio/Niterói, Sotreq, CBPO e conta com mais de dez viagens ao exterior, em feiras e treinamentos.

M.T. - Por que você optou por trabalhar com manutenção?
Gilberto
- Eu comecei a trabalhar na área de manutenção de equipamentos numa situação muito curiosa. Quando me formei fui fazer concurso para Petrobrás e ao me inscrever encontrei diversos colegas que brincaram comigo por serem melhores alunos e perguntaram o que eu estava fazendo lá. Era urn concurso difícil com 1.200 candidatos para 20 vagas; eu passei em 190 lugar para surpresa do pessoal e minha também. O motivo é que a prova foi baseada em matemática, e eu sempre gostei e tive aptidão para matemática, e sou capaz de lembrar quase tudo que estudei de matemática até íoje, e foi justamente isso que predominou nos testes. Quando eu fui seguir a rotina para contratação (médico, psicotécnico), me exigiram o diploma de engenheiro, aí fui na faculdade buscar o diploma que dependia de um carimbo, na realidade o Brasil só vai para frente no dia que decretarem o fim do carimbo. Tenho pânico de carimbo. Aí voltava lá não tinha carimbo e enquanto isso a Petrobrás me cobrava o diploma, e em uma das minhas idas até a escola de engenharia tinha um anúncio pedindo engenheiros recém-formados, então procurei o local e emprego, não me pediram o diploma de coisa nenhuma; foi muito rápido, não me deixaram nem pensar, era uma empresa de construção de médio porte, chamada Genésio Gouveia,anos depois incorporada pela C. R. Almeida.

M.T. - É condição básica para chefiar a área de equipamentos ser engenheiro mecânico?
Gilberto
- Eu não acho que seja exatamente necessário, acredito que ajuda muito. Eu não colocaria como condição eliminatória, se eu desejasse conquistar um bom profissional nesta área para minha empresa. Um bom curso de engenharia mecânica ajuda, dá ao indivíduo condições de iniciativa, de quebra de inércia para começar entender. Conheço diversas pessoas que não têm diploma de engenheiro mecânico e conduzem muito bem sua área de manutenção.

M.T. - Gual a nota da manutenção brasileira se pudéssemos medi-la numa escala de zero a 10?
Gilberto
- Eu acho até que é alta. As nossas deficiências e dificuldades são estimulantes da criatividade e da inteligência. De um lado a indisponibilida- de de recursos materiais na vastidão do Brasil (ferramentas especiais, peças importadas, rede deficiente de dealers) e de outro a falta de base cultural dos nossos mecânicos, tem induzido o surgimento de soluções muito criativas. Não raro elas emergem da genialidade de semi-analfabetos em portu- gês que todavia são capazes de ler catálogos em inglês e evoluir por circuitos hidráulicos complexos.

M.T. - A crise do petróleo significa algum marco neste seu pensamento?
Gilberto
- Certamente que sim, embora seja difícil precisar o tempo. Mas de lá para cá deu-se muito mais ênfase ao reaproveitamento criterioso das peças e componentes, do que aquelas tendências "trocadoras de peças" estimulada, por exemplo, por aquele entreposto alfandegado da Caterpillar que deixou de existir.

M.T. - Que itens você destacaria na formação e uma política ideal de manutenção?
Gilberto
- Primeiro de todos é a vontade do dono/acionista. Eu conheço algumas empresas em que a política de manutenção é a ausência de qualquer política.
Compra-se quando for necessário qualquer marca, novo ou usado, conserta-se quando quebra e vende-se quando acaba o serviço. Em geral, essas empresas, entretanto, não tem perpetuidade; às vezes crescem e desaparecem. Portanto, a política ideal de manutenção tem que estar aliada a política geral da empresa; se ela quer perpetuar-se no negócio tem que ser profissional em tudo inclusive na nossa área. Não existe fórmula mágica; o "blending" de filosofia sobre o assunto (preventiva, corretiva, preditiva) tem que ser administrado por profissionais que dosarão corretamente de acordo com as circunstâncias.

M.T. - Como você descreveria o perfil dos dirigentes de manutenção de sucesso?
Gilberto
- A primeira característica de um dirigente desta área para ter sucesso, é ter humildade para ouvir de uma pessoa jovem, uma idéia aparentemente idiota que você já sabe que não vai dar certo e não desestimular aquele que tentou ser criativo, dosando para não fazer uma grande besteira, sem, entretanto, inibi-lo. Paciência é outra característica necessária para esta área porque, particularmente, nas empresas de construção, a área de manutenção, é uma atividade meio, não uma atividade fim, então ela está sempre vista, por mais profissional que seja a empresa, como uma atividade gastadora, não como uma atividade linha de produção. Uma outra é a competência; é necessária em qualquer atividade humana, profissional. E a competência é algo que não se aprende na escola; ela lhe dá uma cultura básica que é importante mas que tem que ser adicionada por perseverança, vontade e experiências vividas. Enfim, é preciso humildade, competência e paciência. Primeiro humildade para aprender, segundo paciência para compreender e finalmente, a competência para agir.

M.T. - Que tipo de equipamentos as construtoras do porte da Construtora Norberto Odebrecht sentem falta no mercado nacional?
Gilberto
- Na última década os fabricantes não perceberam algumas carências específicas, como por exemplo na área de perfuração, os equipamentos pneumáticos ficaram muito monopolizados por um único fabricante. Acho que sentimos falta de carregadeiras de porte maior que 5 m J. Por outro lado, é difícil falar em carência quando há uma paradeira geral no mercado de construção. Mas se tivermos novamente crescimento, um "para frente Brasil”, não tenho a menor dúvida que irá faltar equipamento do porte maior que carregadeiras para 0,4 m3, faltará equipamento de perfuração, talvez grandes motores diesel para potenciar grandes bombas e grupos geradores. Caminhão articulado, equipamento que revolucionou as obras na Europa, atuando em dupla com a escavadeira de maior porte. Estas felizmente já estão sendo fabricadas no Brasil (Demag e Liebherr).

M.T. - Você acha que existe uma tendência de se substituir o trio trator, carregadeira e transportador por escavadeira “front shovel” e transportador?
Gilberto
- Sim. Em outra colocação anterior, o modelo que copiamos foi o americano, perdulário em que você se contenta em ter no "motoscraper" um motor enorme que você utiliza no momento da escavação e desperdiça no momento do transporte. Por outro lado, há a limitação dos pneus para esse tipo de equipamento, limitando velocidade, carga, distância de transporte.
O europeu mais comedido, mais econômico, resolveu demitir por justa causa a dupla trator/"motoscraper", a não ser para obras específicas grandes volumes, e curtas distâncias.

M.T. - Você não acha que a própria Caterpillar já não despertou para a necessidade de ampliar seu raio de ação quando incorporou fábricas de equipamentos de compactação, pavimentação e articulados, por exemplo?
Gilberto
- A Caterpillar era e é até hoje a maior fabricante de equipamentos pesados, mas ela já "soltou as frangas", começou a fazer "franchi- sing” de outras máquinas, compacta- dores, etc., fato impensável até alguns anos atrás.

M.T. - O que opera mais barato: equipamento nacional de menor porte ou o importado?
Gilberto
- Aqui no Brasil nós já temos seriedade e preocupação com a tecnologia. O principal aspecto que reafirma esta tese: a maior parte das empresas multi-nacionais têm aqui uma base de exportação. A Fiatallis tem aqui uma base de exportação que é submetida a determinados padrões internacionais de performance, então isto é um item que exige tecnologia.
Não é só o custo mais baixo que vai aí embutido na mão-de-obra mais barata em relação aos países desenvolvidos, é também a seriedade, a tecnologia, a engenharia que está ali dentro do produto. Assim, acho que o nacional equivalente opera mais barato e até já incorpora em alguns casos maior poder de revenda que o importado.

M.T. - Você utiliza alguma metodologia na escolha do processo de aquisição de equipamentos? Você sugereria
alguma metodologia?

Gilberto - Não, eu acho que tudo isso é uma coisa ''manjada'', que ninguém vai querer inventar a roda. Dissertar sobre isto é ortodoxia. A única coisa que talvez merecesse alguma menção é a seguinte: eu penso que não se deve ter preconceitos, não se deve prender a rótulos; ''equipamento tem tal marca, então é bom". Isto não deve ocorrer, pois você pode se privar de novos ou melhores produtos, com mais tecnologia.

M.T. - Quais equipamentos são mais difíceis se comparados com outros dentro de uma empreiteira?
Gilberto
- Eu penso que existem equipamentos muito mais difíceis do que outros. Os difíceis são aqueles que tem toda uma gama de características de complexidade. Por exemplo, uma central de concreto, uma central de britagem, você tem toda uma diferença entre este tipo de equipamento e os equipamentos de terraplenagem. Cada obra tem um "layout" diferente, cada obra tem uma exigência do tipo de concreto, a própria mobilização do equipamento é muito mais complicada, exige maior quantidade de carretas; disponibilidade de espaço para montagem, um comandamento elétrico e eletrônico associado. O próprio equipamento já representa uma indústria. Eu diria que estes equipamentos por tudo são mais complicados, envolvem todo um processo em si mesmo, exigem muito investimento.
Desde o planejamento da compra à operação, estes equipamentos são muito mais difíceis de se trabalhar.

M.T. - Os fabricantes têm dedicado maior atenção na estruturação dos seus representantes. Quais têm sido as maiores dificuldades ao se estruturar uma representação?
Gilberto
- Acho que tivemos uma boa evolução neste campo. Parece que os fabricantes já estão bem mais seletivos no credenciamento de seus "dealers".
Em alguns casos, não havendo alternativas, preferem atender diretamente aos proprietários, evitando credenciamento oportunistas de revendedores esporádicos. Compreenderam que por melhor que seja o produto, sem assitência a imagem da marca fica comprometida.

M.T. - Como entra o “jeitinho brasileiro” na manutenção?
Gilberto
- Acho que o tão conhecido "jeitinho brasileiro", antes de mais nada, precisa ser dissecado. Tem uma conotação notoriamente ridicularizada deste termo, que é voltada para contornar as obrigações, as injunções, e as responsabilidades. De outro lado, você tem a conotação criativa que é fruto da competência com que se superam as dificuldades que, às vezes, parecem intransponíveis. Contudo, é preciso haver inteligência, cultura e responsabilidade. Enfim o famoso "jeitinho" é um forte aliado da máxima: "Se você não tem solução também não tem problema".

M.T. - Como o processo econômico tem afetado a manutenção?
Gilberto
— Tradicionalmente, quando uma empresa atravessa uma crise recessiva, um dos primeiros cortes eleitos é na área de manutenção; algo como "quando a fome bate a porta o amor salta pela janela". Todavia é possível conciliar as coisas; é justo que a nossa área seja vista como "grande gastadora", mas muitas providências podem ser tomadas antes de chegar a situações extremas, por exemplo: postergação de reparos onerosos, troca de componentes entre máquinas avariadas e até mesmo "canibalismo .
Tudo, entretanto, com consciência e acima de tudo com controle. Desta forma, você estará pronto para agir no sentido de levantar o porquê em retomadas, sabendo por onde começar e quanto vai gastar de tempo e recursos.

M.T. - Na redução de custos, como trocar homens por máquinas?
Gilberto
- Eu conheço bem este assunto. Eu tenho que fazer um pouco de propaganda da minha empresa Odebrecht. Existe uma identidade muito grande entre os valores da empresa e o que eu penso, particularmente na área de recursos humanos.
O que se tem como verdadeira marca da Odebrecht, é o que recurso humano, diferentemente dos recursos materiais, é o início, meio, e fim das atividades. Então há uma absoluta preservação do recurso humano na empresa.
Agora vamos identificar quem são esses recursos humano. Existem literatura, estudos e histórias a cerca do
que seja recurso humano; na Odebracht é o homem que está através de sua história na empresa, identificado com ela, como verdadeiro parceiro da empresa. Então o equipamento é realmente irrelevante em relação ao homem. O problema é você saber quem é este homem; e este homem só vai sair da empresa no dia em que a empresa acabar e esta idéia é repassada de liderança para liderança. A segurança que você tem de uma empresa com essa política é muito grande. Então se através de um determinado número de anos de experiência a que a empresa me submeteu e eu submeti a empresa eu fui caracterizado como um parceiro da empresa, como um empresário-parceiro, a mim também é dado o poder de delegar essa caracterização. Então eu tenho lá cinco ou seis, não são muitos, que são meus parceiros. Eles por sua vez tem seus verdadeiros parceiros. Então eles nãosaem da empresa aconteça o quê acontecer. No próprio planejamento existe uma verba de permanência dos recursos humanos estratégicos. Agora é preciso muita maturidade e profissionalismo para não misturar as coisas e confundir amizade, carências e afinidades nestas avaliações.

M.T. - Dentro do processo sucessório para Presidência dada República, qual o candidato que melhor se apresenta para incentivar o mercado de obras públicas?
Gilberto
- Paulo Salim Maluf. Não existe outra resposta. Paulo Maluf para mim é o melhor candidato não só para obra pública, mas também para o Brasil. Primeiro ele é empresário de sucesso, já faz tempo que ele está na política (já foi prefeito, líder estudantil, lidera aquela família que não deve ser fácil). É um homem inteligentíssimo, fala diversas línguas, tem muita capacidade de trabalho e tem muita perseverança. Eu o acho admirável. Se os congressistas tivessem votado em Paulo Maluf em vez de Tancredo Neves, a história do Brasil seria outra. Acho que é o candidato ideal. Vou votar nele.

M.T. - Você visita muitos fabricantes. Quais os principais itens que você enfoca durante essa atividade?
Gilberto
- Bem, eu vou estabelecer um padrão de enfoque. Realmente eu já visitei muitos fabricantes no Brasil e no resto do mundo. O principal de todos os itens é a seriedade, profissionalismo. Eu já fui alvo de 1001 mordomias, mas o que eu acho extraordinário é o profissionalismo, a forma com que estes fabricantes se apresentam para um cliente; em tudo. É o horário da apresentação, e o esquema prèpa- rado, tudo bem organizado. Eu me lembro do Afonso Mamede, o meu equivalente na CBPO, que é meu amigo e filhote profissional, que hoje tem vida própria. Quando eu saí do Galeão e vim para São Paulo, de vez em quando eu fugia para o Rio e visitava as obras (Galeão, Ferrovia do Aço) e o Afonso queria me mostrar a obra, queria mostrar a oficina, o campo, etc., e eu falava: - eu vou ver o banheiro antes de mais nada. Porque, normalmente, o banheiro é esquecido e se não houver até neste nível a repercussão do profissionalismo do indivíduo então está tudo errado. O profissionalismo de uma Liebherr, por exemplo, é absolutamente impressionante. Hoje o que tiver esta marca eu confio. Tudo que eles fabricam é o melhor. Os horários, os encontros sempre funcionam. O preço acaba virando secundário. Até para um ortodoxo que só se preocupa com preço, a marca vende, pois é muito boa. A segurança de que vai funcionar na nossa atividade é fundamental. A Caterpillar, por exemplo, funciona, tem seriedade, só que poderia ter crescido mais do que cresceu, mas ainda hoje tem seriedade. Então, primeiro de tudo é a seriedade, profissionalismo, tecnologia, a explicação
sem sofisma para o que está aconten- cendo, é a confissão dos pecados, é o reconhecimento das falhas, sem medo. Com relação à isto, fiquei muito impressionado com a Randon.

M.T. - É possível estabelecer paralelo entre as estruturas de área de equipamentos no Brasil quando comparado com o americano e europeu?
Gilberto
- É possível sim. Eu diria que o europeu não falha, o americano é super abundante e o brasileiro improvisa e cria. A grosso modo, naturalmente. Eu acho que o equipamento europeu é extraordinariamente bem feito, o americano é super abundantemente feito, e o brasileiro, ou melhor, o comportamento brasileiro, naquilo que tem de melhor é extremamente criativo; naquela parte séria desse "jeitinho brasileiro". Se nós desenvolvermos bem estas nossas características vamos caminhar bem.

M.T. - É possível a mulher como engenheira mecânica se adpatar ao trabalho de manutenção?
Gilberto
- Eu acho que sim. A mulher é mais instintiva que o homem e isto a coloca de certa forma até em vantagem porque a "meta olímpica" da manutenção é só fazer o que for necessário e no tempo certo a manutenção preditiva.

M.T. - Padronização de frotas. Qual seu limite?
Gilberto
- Tem que se distinguir padronização burra da padronização planejada. O sujeito tangido para idéia de padronizar, imagina uma única marca, mas é preciso entender que esta tendência leva a uma sinuca porque você acaba tendo um único fabricante e um único distribuidor. Não bastasse isso, quer dizer você está na mão desse único, você está perdendo outras alternativas vantajosas. Então eu acho que a verdadeira e consciente padronização é você dispor de 2 ou 3 fornecedores de um determinado tipo de equipamento, no mesmo patamar de excelência. Não havendo tem que criar, ajudar.

M.T. - Defina o que é manutenção.
Gilberto
- Eu acho que é uma arte. Acho que é a arte de predizer, permeada por competência, inteligência, cultura, mas passa, principalmente, por vocação.

P U B L I C I D A D E

ABRIR
FECHAR

P U B L I C I D A D E

P U B L I C I D A D E