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Revista M&T - Ed.172 - Setembro 2013
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Guindastes

Fabricantes chineses consolidam presença no Brasil

Com 70% de market share do segmento no Brasil, empresas do país asiático planejam expansão com fábricas locais e programa de exportações para a América Latina

Entre 2001 e 2012, a indústria chinesa de guindastes apresentou um espantoso crescimento anual médio acima de 25%, transformando o país no maior produtor e consumidor desse tipo de equipamento no mundo.

No entanto, quando ninguém esperava, o mercado doméstico chinês saturou em 2013 – foram 60 mil unidades produzidas e apenas 40 mil demandadas, motivo pelo qual os fabricantes têm buscado a exportação como principal via para seu crescimento continuado. Por outro lado, isso levou países consumidores como o Brasil a criar medidas de competitividade para a indústria local, movimento que foi respondido à altura pelos produtores com a construção de fábricas no país, gerando aqui um polo exportador para toda a América Latina.

DÉFICIT DE DEMANDA

Mas as coisas não são tão simples como podem parecer. Segundo Wang Yi, gerente geral da Zoomlion América Latina, a indústria chinesa de guindastes ainda precisa evoluir em diversos aspectos.

Com o crescimento acelerado da capacidade produtiva chinesa de guindastes, que atualmente conta com cerca de 20 fabricant


Entre 2001 e 2012, a indústria chinesa de guindastes apresentou um espantoso crescimento anual médio acima de 25%, transformando o país no maior produtor e consumidor desse tipo de equipamento no mundo.

No entanto, quando ninguém esperava, o mercado doméstico chinês saturou em 2013 – foram 60 mil unidades produzidas e apenas 40 mil demandadas, motivo pelo qual os fabricantes têm buscado a exportação como principal via para seu crescimento continuado. Por outro lado, isso levou países consumidores como o Brasil a criar medidas de competitividade para a indústria local, movimento que foi respondido à altura pelos produtores com a construção de fábricas no país, gerando aqui um polo exportador para toda a América Latina.

DÉFICIT DE DEMANDA

Mas as coisas não são tão simples como podem parecer. Segundo Wang Yi, gerente geral da Zoomlion América Latina, a indústria chinesa de guindastes ainda precisa evoluir em diversos aspectos.

Com o crescimento acelerado da capacidade produtiva chinesa de guindastes, que atualmente conta com cerca de 20 fabricantes competitivos, o mercado doméstico apresenta problemas de competição desordenada e um grande déficit de demanda. “O mercado na China sofre com a homogeneização dos produtos oferecidos, ou seja, de produtos com as mesmas características e poucas inovações”, diz Yi. Junto a isso, no gigante asiático ocorrem muitas operações ilegais, inclusive por conta de normas e regulamentos defasados, resultando em falta de conhecimento técnico e acidentes.

SOLUÇÃO

Na opinião do gerente, a solução para tal quadro desafiador está justamente no mercado internacional, com a instalação de representantes e distribuidores oficiais nas diversas regiões do globo, para atender a cada país de acordo com suas normas e necessidades. Com isso, diz o executivo, estudos de posicionamento estratégico da marca têm se tornado um foco de investimentos, inclusive contemplando o desenvolvimento multipolarizado, com a adaptação de produtos e tecnologias. Além disso, com o advento das questões de sustentabilidade no Ocidente, as empresas chinesas também passaram a se preocupar com a adequação às normas e políticas de emissão de poluentes e consumos de energia e combustível, bem como sistemas de reciclagem nas unidades fabris. “Para competir em igualdade de condições, precisamos ter responsabilidade com os recursos naturais e o meio ambiente, construindo um desenvolvimento amigável para a sociedade”, diz Yi.

PROTECIONISMO

No que tange à estratégia para a América Latina, o executivo lembra que os países do Mercosul estipulam políticas de proteção ao comércio bilateral entre os integrantes do bloco econômico, o que em parte impede o avanço dos guindastes chineses na região. Mas a contrapartida vem dos membros da recém-criada Aliança do Pacífico – bloco econômico entre Colômbia, Chile, México e Peru –, que estimula políticas arrojadas de aproximação e livre comércio com a China e outros países.

 

 

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