Compactação uniforme, segurança na rolagem e garantia de um pavimento adequado para suportar as pressões do tráfego de veículos pesados. Essas são algumas das principais características de um pavimento construído de maneira adequada, com emprego de técnicas corretas, procedimentos apropriados, massa asfáltica dentro das especificações e compactadores bem-dimensionados.
Isso significa que uma obra de compactação de qualidade precisa ser capaz de selar o asfalto com resistência e durabilidade, reduzindo a possibilidade de deterioração por falhas e infiltrações. Porém, para atingir esse nível ótimo, os responsáveis pela obra devem seguir critérios que levam em conta diferentes fatores, como largura da área, espessura do material e velocidade de trabalho, antes de dimensionar o tipo e a quantidade de rolos.
Mas há ainda outros fatores. “A produtividade da pavimentadora, por exemplo, est&aacu
Compactação uniforme, segurança na rolagem e garantia de um pavimento adequado para suportar as pressões do tráfego de veículos pesados. Essas são algumas das principais características de um pavimento construído de maneira adequada, com emprego de técnicas corretas, procedimentos apropriados, massa asfáltica dentro das especificações e compactadores bem-dimensionados.
Isso significa que uma obra de compactação de qualidade precisa ser capaz de selar o asfalto com resistência e durabilidade, reduzindo a possibilidade de deterioração por falhas e infiltrações. Porém, para atingir esse nível ótimo, os responsáveis pela obra devem seguir critérios que levam em conta diferentes fatores, como largura da área, espessura do material e velocidade de trabalho, antes de dimensionar o tipo e a quantidade de rolos.
Mas há ainda outros fatores. “A produtividade da pavimentadora, por exemplo, está diretamente ligada à distância e à capacidade de trabalho da usina de asfalto que abastece a obra e à produção dos rolos”, diz Adriano da Rosa, especialista de produto, engenharia de aplicação e treinamento de vendas do Grupo Wirtgen para a América Latina.
Em geral, as concessionárias têm seguido atentamente as exigências normativas de pavimentação, em que as especificações do asfalto são projetadas para suportar a carga e os efeitos do tempo. Atualmente, as obras de construção rodoviária têm chamado a atenção por atenderem regras relacionadas à carga estática e dinâmica, com cálculo aproximado do tráfego de veículos pesados no local. “Ou seja, é preciso estimar a capacidade de carga da rodovia”, diz Rosa.
Atuando de forma estática ou dinâmica, rolos de cilindro e de pneus são utilizados com finalidades específicas
De saída, os rolos de cilindro – conhecidos como “chapa” – e os de pneus são utilizados com finalidades específicas. Enquanto os rolos de pneus realizam a compactação dinâmica por amassamento, pressionando a massa asfáltica contra o solo, o modelo chapa compacta de forma estática enquanto se movimenta, embora também possa atuar de forma dinâmica por vibração ou oscilação.
Essa vibração é tão eficiente que, por mais que um rolo de pneu chegue a 27 t, um rolo chapa vibratório é capaz de acomodar com mais rapidez o material, graças à maior força de compactação. Nesse caso, o peso do eixo é somado à força centrífuga, resultando em elevado poder de impacto. Além disso, o compactador tem seu peso estático distribuído pelos eixos, que se soma à carga dinâmica. Em rolos pneumáticos, esse peso é dividido pela quantidade de pneus, o que gera uma pressão concentrada em cada ponto de contato.
Porém, cada etapa requer atenção. “Quando é passado no pavimento ainda macio, o rolo de pneus deixa marcas difíceis de serem removidas. Por isso, não se recomenda esse equipamento logo de entrada, para evitar afundar o asfalto”, explica Rosa. Segundo ele, como o chapa tem carga linear estática, na qual o peso do eixo é dividido pela largura do cilindro, é importante que passe primeiro pelo pavimento. “Após isso, os pneumáticos entram para fazer o trabalho”, completa.
PROCEDIMENTOS
Para que a obra atinja uma compactação de qualidade, é necessário seguir algumas premissas durante a operação do rolo, especialmente quando o asfalto ainda está com alta temperatura (acima de 1.000o), como evitar manobras ou parar sobre o pavimento. “O ideal é que a largura da pavimentação não seja mais que três vezes a do rolo”, detalha o especialista. “Do contrário, será necessário utilizar um equipamento adicional.”
Modelos como o Hamm HD 10 contam com deslocamento lateraldo eixo traseiro, o que permite compactar trechos rentes a muretas
Por padrão, as manobras incluem movimentos à frente, aceleração, desaceleração e marcha à ré. Para fazer manobras da maneira mais suave possível, o operador deve reduzir a velocidade do equipamento ou pará-lo, evitando freadas em cima do asfalto quente, que podem acumular material à frente dos pneus e formar saliências no pavimento. Por isso, os equipamentos são hidrostáticos. “Por mais que o operador seja experiente e execute movimentos suaves, ainda assim surgem saliências de material acumulado”, observa Rosa.
Nesse sentido, a dica é jamais parar a passada do rolo compactador em posição perpendicular à da linha ao lado, mas estabelecer um ponto de parada mais adiante ou atrás, para evitar a formação de protuberâncias. “Conforme a pavimentadora avança, o rolo prossegue compactando atrás e pode reduzir essas saliências quando retorna com as passadas”, afirma.
Segundo Rosa, os compactadores tandem da Hamm possuem um sistema chamado offset, com deslocamento lateral do eixo traseiro. Nesse caso, podem se mover 10 cm para a direita ou a esquerda, bastando o operador sair da área quente do asfalto e, com a máquina parada, puxar a alavanca de seta para sua direção, girando o volante para o lado em que deseja deslocar o eixo.
Com esse sistema, o equipamento é capaz de compactar trechos rentes a muretas, sem risco de esbarrar a parte de trás, utilizando como referência o cilindro dianteiro ou traseiro. Os rolos compactos da marca – como os modelos HD8 e HD10 – contam com offset fixo de 56 mm à direita ou esquerda no eixo traseiro.
Para deslocar o eixo nesses modelos, é necessária uma interferência mecânica para soltar o parafuso, empurrar o eixo para o lado e apertá-lo novamente. Já em modelos maiores, esse deslocamento é totalmente hidráulico. Além disso, o design do equipamento está diretamente ligado à operação e conforto do operador. “De nada serviria o recurso se o operador não enxergasse bem o tambor”, acentua Rosa.
Normalmente, os rolos compactos de pneus não têm problemas relacionados a acidentes em obras, situação diferente do que ocorre com rolos maiores, por diferentes motivos e independentemente da marca. Primeiro, porque são grandes e, em tese, não podem andar em alta velocidade, já que isso dificulta a frenagem. Além disso, o sistema de espargimento de água precisa ser eficiente (para evitar que o asfalto grude no tambor) e o raspador precisa ser bem-utilizado, evitando acidentes no local de trabalho.
Outro ponto a ser evitado é a aproximação de pessoas para, caso o sistema de espargimento não funcione, borrifar água ou outros produtos nos pneus enquanto o compactador trabalha. Em rolos de grande porte, o operador provavelmente não vai enxergar essa pessoa na parte traseira quando engatar marcha à ré. A atenção também vale para trabalhos em vias com declives.
Embora as áreas sejam demarcadas e isoladas, o trabalho dos compactadores precisa seguir critérios de segurança para evitar acidentes. A sinalização adequada, tanto nos rolos como no local de trabalho, impede que as pessoas transitem em áreas onde os equipamentos estão trabalhando, evitando atropelamentos.
NECESSIDADES
Menor compactador de pneus fabricado pela Dynapac, o modelo CP 1200 chega a 12 t e dispõe de opções de motorização Cummins e Kubota, consumindo cerca 4 a 4,5 l/h de diesel. Com comprimento de 3,6 m e largura de pavimentação de 1,76 m, o equipamento é projetado para trabalhar em pavimentação urbana, com a presença de construções e outros elementos que geram limitações de espaço, como cabeamento, vegetação e áreas de difícil acesso.
Com raio de giro de 5,6 m, o rolo Dynapac CP 1200 permite realizar curvas fechadas em vias estreitas
O modelo tem raio de giro de 5,6 m, possibilitando curvas mais fechadas em vias estreitas devido à distância reduzida entre eixos, sem arrastar massa asfáltica. A solução permite contornar bueiros, bocas de lobo e meios-fios, com visibilidade da borda do pneu dianteiro, observando onde a máquina está passando para não danificar os objetos.
Essa probabilidade é menor com um rolo de pneus maior, como o CP 2700, que tem raio de giro com 9 m e cobre uma área de 2,3 m de largura. “Contudo, o poder de compactação do CP 1200 pode chegar ao do CP 2700, em razão da pressão de contato sobre o solo”, observa Carlos Santos, gerente de vendas da Dynapac. “Isso ocorre porque, quanto mais se enche o pneu da máquina, mais rígido ele fica, porém com menor área de contato com o pavimento.”
Por sua vez, a largura de compactação e a produtividade do CP 2700 são maiores. “Isso torna essa máquina mais indicada para a cobertura de áreas grandes”, diz Santos. Desdobrando o tema, ele explica que os rolos combinados possuem um cilindro liso na dianteira, enquanto na parte traseira contam com quatro pneus para compactar o asfalto.
A diferença de compactação dos rolos de tambor liso para os de pneus é o resultado atingido na textura superficial do pavimento. “Enquanto os rolos de pneus têm tendência de executar uma textura mais fechada e deixar o asfalto mais liso, o rolo chapa tende a fazê-la de forma mais aberta e áspera”, conta o gerente.
Por isso, os combinados são utilizados em obras de reparo de ruas, avenidas e rodovias, tornando-se uma ‘febre’ no Brasil, onde são exigidos pelas concessionárias para esse tipo de trabalho. “Hoje, esse equipamento está em falta no mercado, com procura tão elevada que os fabricantes não estão conseguindo responder rapidamente à demanda”, aponta Santos.
O especialista destaca que, quando se trata de compactação, tudo depende da necessidade operacional. Nesse tipo de obra, é necessário ter controle sobre a rugosidade do asfalto, de acordo com a segurança e o conforto de rolagem necessários. Um pavimento muito liso, que alguns usuários chegam a comparar a ‘tapetes’, é macio e não gera ruídos, mas pode propiciar baixa segurança para o tráfego devido à falta de porosidade, dificultando a frenagem dos veículos em pista molhada.
Por outro lado, um asfalto poroso não forma espelhos d’água quando chove, gerando melhor aderência dos pneus, mas causa mais ruídos durante a rolagem. Em razão disso, o asfalto mais liso é mais utilizado em vias urbanas residenciais de velocidade reduzida, enquanto o mais áspero é comum em avenidas comerciais com tráfego maior. “Quanto maior a velocidade, mais áspero será o asfalto para propiciar boa aderência e melhorar a segurança”, diz Santos.
De acordo com o gerente, o traço da massa asfáltica é o fator mais importante para determinar as características de rugosidade superficial do pavimento após a execução do trabalho. “A quantidade de pedras, finos e agregados deve corresponder às exigências de projeto, assim como a aplicação e execução do pavimento precisam ser adequadas para se atingir os resultados almejados”, reforça.
A seleção dos equipamentos é feita na hora da execução, quando também se define a forma como serão utilizados no trabalho. “Quanto maior for a pressão dos pneus, maior será a pressão de compactação”, resume Santos, acrescentando que o mercado normalmente fornece compactadores com o bico de enchimento individual para cada pneu, o que gera dificuldade de acesso na parte interna do conjunto. “Por isso, contamos com modelos com bicos interligados em sistema único, o que torna possível encher todos os pneus ao mesmo tempo a partir do painel”, ressalta.
Alguns rolos tandem são chamados bipartidos, por possuírem o cilindro dividido em duas partes para realizar curvas com maior eficiência. “Nesse caso, as curvas são feitas com melhor eficiência porque os cilindros do lado externo conseguem compensar a velocidade do lado interno, sem arrastar muita massa”, aponta o especialista.
RAIO DE GIRO
Segundo Márcio Corrêa, responsável pela estratégia de comunicação e marketing da Sany, o grau de manobrabilidade está associado ao raio de giro e à capacidade de articulação do equipamento. “Um bom raio de giro somado a um maior ângulo de articulação proporciona manobras suaves e altamente precisas, essenciais para operações que envolvem curvas e acabamentos minuciosos”, explana. “Quando esses critérios não são atendidos adequadamente, o equipamento deixa imperfeições na superfície da pista ou mesmo áreas com compactação insuficiente, resultando em potenciais trincas e falhas futuras no asfalto.”
Equipamentos da Sany são dotados de direção hidráulica com articulação do eixo dianteiro
De acordo com ele, dois elementos são particularmente fundamentais durante o uso em aplicações finas e que requerem elevado grau de precisão: o sistema de direção e a pressão dos pneus. “Os equipamentos da Sany, por exemplo, são dotados de direção hidráulica com articulação do eixo dianteiro, o que permite realizar movimentos suaves e com grande grau de precisão”, descreve Corrêa.
Além disso, esses modelos também contam com sistema de calibração automática, o que aumenta a versatilidade nas obras. “Uma vez que a correta pressão seja aplicada aos pneus, a borracha terá um contato regular com o asfalto, distribuindo por igual o peso do equipamento, evitando marcas e proporcionando um acabamento mais uniforme”, destaca.
O especialista assegura que os compactadores fabricados pela Sany possuem alto grau de manobra, sendo capazes de atingir uma articulação máxima de até 30° para ambos os lados. “O sistema de direção hidráulica aumenta o conforto do operador e, de quebra, melhora a precisão das manobras”, reforça Corrêa.
Em relação à segurança, um dos dispositivos indicados para prevenção de atropelamentos são as sirenes de ré, acionadas ao longo do trajeto em marcha reversa para alertar sobre o deslocamento do equipamento. Além disso, os faróis traseiros são fundamentais não apenas para iluminação da via, mas também como alerta de proximidade do equipamento, especialmente em ambientes com baixa iluminação e/ou em turnos noturnos.
Por fim, alguns modelos possuem o opcional de câmera de ré, usada em ambientes urbanos e com alta movimentação de pedestres. O sistema permite visualizar a parte traseira quando a máquina se desloca em marcha à ré, reduzindo assim o risco de atropelamentos.
Além disso, os equipamentos possuem cabine de ampla visibilidade e totalmente fechada, reduzindo o nível de ruído externo, vibração, entrada de poeira e, por consequência, a fadiga do operador. “Desse modo, o profissional pode se manter focado na operação, evitando acidentes por distração ou cansaço”, arremata Corrêa.
Saiba mais:
Dynapac: https://dynapac.com/br-pt
Sany: https://sanydobrasil.com
Wirtgen: www.wirtgen-group.com/pt-br
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