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Revista M&T - Ed.265 - Julho 2022
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ROLOS COMPACTADORES

Combinações de alta produtividade

Com a crescente diversificação de tipos, modelos e acessórios para compactação, a tarefa de dimensionar corretamente o equipamento torna-se cada vez mais importante

Escolher o equipamento com as especificações apropriadas para trabalhar em uma obra já foi uma tarefa mais fácil. No início dos anos 2000, quando o mercado de construção no país ainda não contava com tantas opções tecnológicas, os empresários que visitavam feiras internacionais se deparavam com linhas completas de rolos compactadores, das categorias mais leves às mais pesadas, em flagrante contraste com os poucos modelos então disponíveis no Brasil.

Se por um lado a falta de opção facilitava a escolha, por outro os equipamentos acabavam sendo sub ou superdimensionados para o trabalho, impactando negativamente em termos de consumo, custo operacional, prazos, intervalos de manutenção e outros fatores. Hoje, com o mercado mais maduro, as fabricantes introduzem diferentes versões de uma mesma máquina, gerando uma concorrência cada vez mais acirrada, que é potencializada pelo marketing mais eficiente da era das redes sociais.

Claro que, nesse contexto, sobra para o empreiteiro a criteriosa missão de, entre os diversos modelos disponíveis, selecionar o mais adequado para trabalhar na obra.

DIRECIONAMENTO

Mas ele não está sozinho nessa missão. Embora a tarefa não seja das mais fáceis, é possível contar com o suporte de fabricantes e dealers. Além disso, no caso do rolo, se o locador, empreiteiro ou prestador estiver com as especificações do projeto de compactação em mãos, certamente terá as informações necessárias para saber qual modelo utilizar.

Porém, há algumas regras gerais para esse direcionamento. O primeiro aspecto a ser analisado é o tipo de material trabalhado – solos naturais, granulares e coesivos ou misturas com aglutinantes, incluindo misturas asfálticas.

“Para solos naturais, devem ser utilizados compactadores vibratórios de alta amplitude (+/- 1,8mm) e baixa frequência (+/- 30 hz), com tambor liso para solos granulares,


Escolher o equipamento com as especificações apropriadas para trabalhar em uma obra já foi uma tarefa mais fácil. No início dos anos 2000, quando o mercado de construção no país ainda não contava com tantas opções tecnológicas, os empresários que visitavam feiras internacionais se deparavam com linhas completas de rolos compactadores, das categorias mais leves às mais pesadas, em flagrante contraste com os poucos modelos então disponíveis no Brasil.

Se por um lado a falta de opção facilitava a escolha, por outro os equipamentos acabavam sendo sub ou superdimensionados para o trabalho, impactando negativamente em termos de consumo, custo operacional, prazos, intervalos de manutenção e outros fatores. Hoje, com o mercado mais maduro, as fabricantes introduzem diferentes versões de uma mesma máquina, gerando uma concorrência cada vez mais acirrada, que é potencializada pelo marketing mais eficiente da era das redes sociais.

Claro que, nesse contexto, sobra para o empreiteiro a criteriosa missão de, entre os diversos modelos disponíveis, selecionar o mais adequado para trabalhar na obra.

DIRECIONAMENTO

Mas ele não está sozinho nessa missão. Embora a tarefa não seja das mais fáceis, é possível contar com o suporte de fabricantes e dealers. Além disso, no caso do rolo, se o locador, empreiteiro ou prestador estiver com as especificações do projeto de compactação em mãos, certamente terá as informações necessárias para saber qual modelo utilizar.

Porém, há algumas regras gerais para esse direcionamento. O primeiro aspecto a ser analisado é o tipo de material trabalhado – solos naturais, granulares e coesivos ou misturas com aglutinantes, incluindo misturas asfálticas.

“Para solos naturais, devem ser utilizados compactadores vibratórios de alta amplitude (+/- 1,8mm) e baixa frequência (+/- 30 hz), com tambor liso para solos granulares, e patas ou estáticos de alta velocidade tipo tamping para coesivos e semicoesivos”, orienta Rubens Brito, gerente comercial da XCMG.

“Para as misturas com aglutinantes e asfálticas, são utilizados compactadores vibratórios lisos em tandem de baixa amplitude (+/- 0,9 mm) e alta frequência (+/- 40 hz), além de monocilíndricos, normalmente combinados com compactadores estáticos de pneus.”


Primeiro aspecto a ser analisado na seleção do rolo é o tipo de material que será trabalhado

Outros critérios a serem analisados, diz ele, são as especificações de compactação da obra, incluindo grau de densidade, umidade, plasticidade, limite de gradiente, volume de material e outros dados de projeto. “Com estas especificações, é possível definir o porte dos equipamentos, quantidade, espessura das camadas de compactação etc.”, explica Brito, salientando que, em obras de grande porte, o dimensionamento e especificações dos equipamentos normalmente são testados empiricamente, em aterros experimentais.

Segundo Carlos Eduardo dos Santos, gerente de vendas da Dynapac, é fundamental obter dados sobre a umidade do solo e o traço do asfalto, entre outros. “Assim, é possível definir o grau de compactação a ser atingido para que o solo ou o asfalto possa suportar a carga a ser aplicada”, diz.

Dessa maneira, também são importantes dados sobre a espessura da camada a ser compactada e se há restrições de trabalho no local, com construções próximas ou no subsolo, por exemplo, assim como o volume de material (solo ou asfalto) e o tempo disponível de execução. “Com essas informações e conhecimentos técnicos adequados se consegue determinar o tipo de rolo apropriado, peso, características e quantidade de máquinas para executar o trabalho”, avalia Santos.


Detalhes técnicos permitem determinar tipo, peso, características e quantidade de rolos

Todavia, o gerente comercial para produtos de pavimentação da Caterpillar, Paulo Roese, acrescenta ainda outros pontos ao debate, como prazos, eficiência de compactação e frota operacional.

“Não adianta o compactador ser eficiente se a outra frente de máquinas não atende com a agilidade necessária”, ele adverte, destacando que os equipamentos de escavação, transporte e espalhamento do material também devem trabalhar num ritmo adequado. “Em asfalto, essa questão é ainda mais premente, pois todos os equipamentos da linha de pavimentação devem operar de forma eficiente e sincronizada”, pontua.

VIBRAÇÃO

Até pouco tempo atrás, quando ainda não havia sistema vibratório para compactadores, o processo era baseado apenas no peso. Hoje, de acordo com Roese, o sistema vibratório é o núcleo de qualquer tipo de compactação, por gerar energia, força centrífuga e amplitude, ou seja, quantos milímetros o tambor penetra no material com o movimento em relação ao centro.

Os principais aspectos em processos vibratórios convencionais incluem a amplitude de vibração (deslocamento realizado pelo cilindro quando em vibração), a frequência de vibração (quantidade de golpes por determinada medida de tempo), a força centrífuga (resultante da rotação do eixo excêntrico no interior do cilindro) e o Impacto Dinâmico Total (considerado por alguns fabricantes como a soma da força centrífuga com o peso total do módulo do cilindro).

Há ainda o peso do módulo de vibração. No caso dos rolos single drum, é o peso do módulo dianteiro. Contudo, a análise de performance do equipamento não pode ser feita comparando-se cada um desses itens isoladamente, mas sim a correta harmonia entre eles. Ou seja, não se pode olhar apenas para a amplitude ou frequência, pois é preciso considerar o trabalho de todos esses fatores em conjunto.

E a única forma de analisar esses fatores trabalhando em conjunto é na prática, em campo. Se a máquina tiver amplitude de 1,1 mm e performar melhor que outra com 1,2 mm, a diferença está na combinação harmônica de amplitude, frequência, força centrífuga e peso do módulo de compactação.

Para Renato Torres, diretor comercial e de pós-vendas da XCMG, o processo oscilatório gera menos impacto e, consequentemente, menor propagação de ondas de vibração, que podem ser prejudiciais às construções existentes em alguns casos.


Versatilidade é característica relevante para rolos, especialmente em frotas com poucos equipamentos

“Diferentemente da vibração convencional, que possui um movimento radial em relação ao eixo do cilindro, a oscilação se dá pelo movimento de rotação do cilindro ao redor do seu eixo, oscilando o sentido em uma determinada frequência, em torno de 40 a 50 hz”, explica.

IMPACTO

De acordo com ele, a oscilação normalmente é indicada para processos de compactação onde as propagações de ondas de vibrações trazem riscos, como em áreas com alta densidade urbana, próximo a edificações frágeis, sobre pontes, viadutos etc. “Como a oscilação gera um impacto menor direcionado ao solo, sua produtividade é menor comparada à vibração convencional, enquanto o desgaste do cilindro é consideravelmente maior, gerando maior custo operacional”, aponta Torres. “Por isso, a oscilação deve ser indicada somente para casos específicos.”

O resultado da compactação oscilatória é uma compactação mais leve e superficial. Mas há alternativas à compactação oscilatória até mesmo nas situações em que se busca evitar danos às estruturas adjacentes à obra, sendo possível, por exemplo, utilizar rolos de pneus ou, até mesmo, rolos tandem sem ligar a vibração, ou seja, utilizando apenas o peso do rolo, o que é chamado de “compactação estática”.

Porém, Santos, da Dynapac, adverte que a compactação oscilatória possui alguns pontos críticos, como o maior desgaste do cilindro. “Durante o trabalho de oscilação, os cilindros oscilatórios ficam sujeitos a um maior atrito com o solo ou asfalto e, por isso, precisam ser mais espessos que os vibratórios”, explana.

Outro ponto sensível está na limitação de camada. Afinal, a oscilação só é aplicada em camadas mais delgadas de asfalto, de 2 cm a 3 cm de espessura, raramente chegando a 5 cm. “As máquinas com oscilação possuem apenas um cilindro oscilatório, o outro é vibratório para compensar essa deficiência na profundidade da oscilação”, acentua Santos.

Outro ponto citado pelo especialista está na manutenção, já que os cilindros oscilatórios possuem dois eixos excêntricos em seu interior, que devem estar devidamente sincronizados. “No momento em que se perde a sincronização dos eixos, o equipamento fica sem o efeito de oscilação”, detalha. “E os mecanismos para manter essa sincronia requerem manutenção frequente.”

Em resumo, enquanto os tambores vibratórios são utilizados para trabalhos mais pesados, com maior produtividade e profundidade de compactação, os oscilatórios se voltam para serviços mais sutis, como obras próximas a estruturas sensíveis, como prédios tombados, esculturas, monumentos e galerias de esgoto sob o solo, por exemplo.

PATAS

Outra questão relevante em relação à aplicação de compactadores é o kit pé de carneiro, acessório que pode ser instalado em um cilindro liso para possibilitar o trabalho em solos coesivos. Via de regra, os rolos lisos são indicados para trabalho em solos granulares, ou seja, onde é possível ver as partículas do solo a olho nu, como areia, brita, cascalho ou rachão.

Por sua vez, os solos coesivos possuem partículas tão pequenas que, na presença de umidade, se comportam como uma pasta, vulgarmente chamada de “barro”, mas que tecnicamente são solos argilosos ou siltosos.

Para compactar esse tipo de material, é necessário um rolo com patas. “Alguns clientes aplicam o kit patas em rolos lisos para trabalhar coesivos”, reitera Santos. “A vantagem é a versatilidade que o cliente tem com esse acessório, pois o equipamento se torna capaz de compactar coesivos e granulares.”

Porém, a desvantagem é que o equipamento perde em desempenho em comparação a um rolo com patas. “Isso acontece na amplitude de rolos lisos de 10 toneladas, por exemplo”, diz o especialista da Dynapac. “Quando se aplica um kit pé de carneiro, adiciona-se quase 1,5 tonelada nesse cilindro.”

Dessa maneira, adicionar o peso do kit de patas ao cilindro aumenta o denominador e o resultado diminui. Com uma amplitude menor, há um efeito de profundidade menor. E o equipamento liso foi concebido para ter a sua melhor performance com a amplitude original. “Em alguns testes, percebemos uma perda da ordem de 15% a 20% de produtividade em um equipamento liso com kit patas, em relação ao equipamento com patas”, explica Santos.

De acordo com Torres, da XCMG, de fato há perda de performance do tambor com kit patas quando comparado a um compactador pé de carneiro original. “Por possuir um cilindro mais pesado que o liso, o rolo pé de carneiro apresenta força centrífuga maior”, pondera. “Contudo, as empresas com obras de grande volume recomendam a utilização de compactadores patas. Já para quem possui operações menores, em diferentes locais e com matérias distintas, o kit patas poder ser a melhor opção”, considera.

Esse é um ponto fulcral na percepção de Pedro Carvalho, consultor de marketing para produtos de pavimentação da Caterpillar. Ele entende que, dependendo do modelo de negócios de algumas empresas, a versatilidade dos compactadores é uma característica relevante, especialmente para empresas com poucos equipamentos.

“A forma de fornecer versatilidade ao cliente é dar a possibilidade de instalação do kit patas no tambor liso, para trabalhar em diferentes tipos de solo”, reforça Carvalho. “O preço pago por esse aumento de versatilidade é a queda de amplitude, propiciada por espécie de ‘armadura’ de mais 1.400 kg adicionada ao peso do tambor.”


Especialistas explicam que o tambor com kit patas apresenta perda dedesempenho quando comparado a um compactador pé de carneiro original

De acordo com ele, o kit patas é apropriado para empresas que vão utilizar o rolo liso de 75% a 80% do tempo. E o restante, nas operações com o kit patas. “Se for utilizar o compactador em quase 100% com o kit patas, o ideal é adquirir um original pé de carneiro para não desperdiçar tempo nem dinheiro”, salienta.


MERCADO
Vendas no segmento avançam no 1º trimestre

No 1º trimestre, a Caterpillar registrou um crescimento robusto de vendas em seus segmentos principais de negócios – construção, mineração, energia e agronegócio. A empresa relata uma demanda mais forte por parte de usuários finais de máquinas em toda a América Latina, com crescimento de 26% no período, em relação aos períodos anteriores.

“A expectativa é positiva, com resultados satisfatórios e crescimento”, diz Paulo Roese, gerente comercial da Caterpillar. “Devido aos altos preços das commodities, o mercado de mineração continua atraente, enquanto o agronegócio já corresponde a aproximadamente 20% das vendas do segmento de construção.”

Na XCMG, as vendas de rolos compactadores no 1º semestre também vivem um momento positivo, assim como acontece em outras linhas de equipamentos fornecidos pela empresa. “Percebemos um crescimento no mercado de rolos em comparação ao 1º semestre de 2021”, conta Rubens Brito, gerente comercial da empresa. “Contudo, ainda estamos enfrentando dificuldades relacionadas à falta de componentes.”Da mesma forma, as vendas de compactadores estão indo de vento em popa na Dynapac.

O gerente de vendas Carlos Eduardo dos Santos recorda que, entre todos os equipamentos de Linha Amarela, os rolos compactadores foram os que mais caíram em vendas entre 2015 e 2017. Em seguida houve uma leve recuperação, acelerada em 2020 e que segue forte. “Ainda não alcançamos o topo histórico.


Com base nos resultados dos primeiros meses do ano, expectativa é positiva para fabricantes

Outros equipamentos da Linha Amarela já atingiram e até ultrapassaram, o que significa que ainda há muito espaço para crescer”, opina. “O problema atual não é a demanda e sim o supply chain, que limita a nossa oferta de produtos.”

De acordo com ele, há interesse dos empresários em aumentar a produção e, com base nisso, a fabricante chegou a preparar planos agressivos de vendas, mas foi “obrigada a colocar o pé no chão e entender que não é possível executar a estratégia devido a gargalos na cadeia de produção”.


Saiba mais:
Caterpillar:
www.caterpillar.com/pt/company/global-footprint/americas/brazil
Dynapac: https://dynapac.com/br-pt
XCMG: www.xcmg-america.com

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