Mediante um investimento de 40 milhões de dólares, a Case IH inicia no Brasil a fabricação de sua nova linha de colheitadeiras Série 130 Axial-Flow, que é composta por quatro modelos: 4130 (da classe 5), 5130, 6130 (da classe 6) e 7130 (da classe 7).
A estratégia de lançamento é clara, tendo em vista o desempenho da empresa neste segmento. Afinal, as classes 5, 6 e 7 – que se distinguem pela potência – representam mais de dois terços do mercado de colheitadeiras de grãos no país, em um nicho promissor que a empresa vem acompanhando de perto nos últimos anos. “Em 2001, a Case IH contava com a participação no mercado brasileiro de colheitadeiras de apenas 1,8%”, afirma Mirco Romagnoli, vice-presidente da Case IH para a América Latina. “Em 2015, atingimos 18% de participação, ou seja, 16,2% a mais ao longo de 15 anos.”
Além disso, a tecnologia axial (máquinas de rotor) atualmente está presente em aproximadamente 70% das máquinas vendidas em território brasileiro, demonstrando o acerto das apostas da empresa. “Em colheitadeiras axiais, a participação total
Mediante um investimento de 40 milhões de dólares, a Case IH inicia no Brasil a fabricação de sua nova linha de colheitadeiras Série 130 Axial-Flow, que é composta por quatro modelos: 4130 (da classe 5), 5130, 6130 (da classe 6) e 7130 (da classe 7).
A estratégia de lançamento é clara, tendo em vista o desempenho da empresa neste segmento. Afinal, as classes 5, 6 e 7 – que se distinguem pela potência – representam mais de dois terços do mercado de colheitadeiras de grãos no país, em um nicho promissor que a empresa vem acompanhando de perto nos últimos anos. “Em 2001, a Case IH contava com a participação no mercado brasileiro de colheitadeiras de apenas 1,8%”, afirma Mirco Romagnoli, vice-presidente da Case IH para a América Latina. “Em 2015, atingimos 18% de participação, ou seja, 16,2% a mais ao longo de 15 anos.”
Além disso, a tecnologia axial (máquinas de rotor) atualmente está presente em aproximadamente 70% das máquinas vendidas em território brasileiro, demonstrando o acerto das apostas da empresa. “Em colheitadeiras axiais, a participação total dos equipamentos Case IH é de aproximadamente 25%”, comenta o executivo. “Esses números mostram que a empresa vem crescendo de forma rápida.”
Não restam dúvidas, tanto que a empresa não hesita em investir. Romagnoli, aliás, ressalta que o montante aplicado na nova linha é o maior da história da fabricante na América Latina. “O investimento possibilitou o desenvolvimento do projeto e a preparação de uma linha de montagem exclusiva na fábrica de Sorocaba”, diz ele, destacando que os novos equipamentos foram desenvolvidos com engenharia nacional e estão disponíveis via Finame.
Para esse ano, a Case IH prevê algo em torno de 750 a 800 colheitadeiras comercializadas no Brasil, ou seja, o mesmo volume movimentado no ano passado. E, apesar de considerar que o setor agrícola apresenta o cenário mais positivo no momento, o executivo mostra-se realista. “No ano passado, ajustamos nossos custos para enfrentar um ano que sabíamos difícil”, diz o vice-presidente. “Mas quando vier a retomada, estaremos preparados.”
PROPULSORES
De acordo com Christian Gonzalez, diretor de marketing da Case IH para a América Latina, o principal destaque da nova Série 130 é a substituição dos antigos motores mecânicos por motores eletrônicos da FPT Industrial. A linha, diz ele, chega equipada com propulsores FPT NEF 6 (nos modelos 4130 e 5130) e FPT Cursor 9 (nos modelos 6130 e 7130), na faixa até 378 cv.
Segundo Gonzalez, essa característica permite que a máquina obtenha resposta mais rápida no ganho de potência e torque, mantendo a velocidade de processamento dos grãos mesmo em condições difíceis, como na colheita de soja com talo verde ou massa úmida. “Os novos motores garantem a mesma potência nominal em rotações mais baixas, além de oferecerem maior reserva de potência”, diz o especialista. “Essa tecnologia não reduz o rendimento das máquinas, ao passo que garante respostas mais rápidas às variações de condições operacionais.”
As novas colheitadeiras também apresentam maior velocidade de descarga, de 114 litros/segundo, além da possibilidade de – devido ao aumento do comprimento dos tubos de descarga – realizar o descarregamento com a máquina em movimento. Outro ganho incorporado tem uma pegada mais ambiental. Afinal, os novos motores Tier III contam com sistema de injeção Common Rail e recirculação interna dos gases de exaustão, recursos que limitam os níveis de poluentes emitidos pelas máquinas. Mas a tecnologia, evidentemente, também tem um impacto econômico. “Com essa atualização, os testes realizados pela fabricante registraram uma redução no consumo de combustível de até 11%, especialmente no modelo 5130”, afirma Gonzalez.
Por falar em consumo, o tanque de combustível teve suas dimensões aumentadas em 40%, fazendo com que os modelos das classes 6 e 7 apresentem capacidade de até 950 l, enquanto o tanque graneleiro comporta até 10.600 l.
ROTOR
Além dos motores, a nova Série 130 tem como diferencial o rotor Small Tube, que apresenta um ganho de 26% na capacidade de processamento, comparado ao modelo anterior da empresa. Dos novos modelos, apenas o 4130 (o menor disponível) não conta com esse sistema.
O rotor tem diâmetro menor e gengivas maiores, diminuindo o contato entre os grãos e a máquina. “Essa mudança aumenta em até 5% a capacidade operacional da máquina em condições adversas de colheita, que exigem mais do equipamento”, frisa o diretor de marketing. “Com isso, temos menor perda de grão e melhor qualidade de material no tanque, além de menor consumo de combustível.”
Outro ponto importante é que o novo rotor também contribui para aumentar a janela de colheita. No Brasil, como explica Gonzalez, o produtor brasileiro normalmente inicia a colheita muito cedo e costuma sair mais tarde. “Com o novo rotor, mesmo se o material ainda estiver verde, é possível processar o material sem perdas no produto e a máquina não é afetada em seu funcionamento”, garante.
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