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Revista M&T - Ed.237 - Setembro 2019
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Guindastes

Configuração expandida

Nos últimos anos, modelos de torre receberam inovações para facilitar a logística de transporte e a montagem, sem deixar de lado aspectos que reforçam a segurança da operação

Também chamados de gruas, os guindastes de torre podem ter dimensões físicas grandiosas, a ponto de demandar complexos e onerosos processos de transporte e montagem. Além disso, pela própria natureza da atividade, podem causar sérios acidentes se operados incorretamente.
Por isso, simplificar a logística e minimizar os riscos no uso seguem como prioridades para as fabricantes, que buscam desenvolver modelos cada vez mais compactos e aptos a operar de modo seguro nos congestionados espaços urbanos, o que exige um controle preciso e confiável. Obviamente, isso também resulta em um melhor desempenho, se possível com consumo de energia reduzido.

Há vários cases que ilustram essa tendência. A busca pela simplificação logística, por exemplo, foi uma das diretrizes do desenvolvimento da linha MCT, lançada há cerca de dois anos pela Potain (marca controlada pela Manitowoc). Comparativamente aos modelos equivalentes, a linha inclui máquinas mais compactas, o que resulta em um transporte mais fácil. “No modelo MCT 565, de até 32 t de capacidade, o transporte completo de 80 m de jib pode ser feito com nove carretas – quatro a menos que a versão anterior –, sendo que o tempo de montagem pode ser de apenas dois dias, igualmente menor que os modelos anteriores da mesma classe”, conta Leandro Nilo de Moura, gerente de marketing da Manitowoc para a América Latina. “Já no modelo MCT 125, que tem capacidade de até 8 t, elimina-se pelo menos uma carreta para o transporte, com duas horas para a montagem.”

Segundo Moura, as gruas dessa linha possuem topo plano, ou seja, seu suporte da lança não excede a altura total do equipamento. Também conhecidos como gruas topless (confira Quadro), esses equipamentos mostram-se mais adequados para áreas com espaço restrito, ou onde se faz necessário o uso de mais de uma grua, uma vez que a sobreposição de diversas máquinas é menos complexa. “Também são mais versáteis, po


Também chamados de gruas, os guindastes de torre podem ter dimensões físicas grandiosas, a ponto de demandar complexos e onerosos processos de transporte e montagem. Além disso, pela própria natureza da atividade, podem causar sérios acidentes se operados incorretamente.
Por isso, simplificar a logística e minimizar os riscos no uso seguem como prioridades para as fabricantes, que buscam desenvolver modelos cada vez mais compactos e aptos a operar de modo seguro nos congestionados espaços urbanos, o que exige um controle preciso e confiável. Obviamente, isso também resulta em um melhor desempenho, se possível com consumo de energia reduzido.

Há vários cases que ilustram essa tendência. A busca pela simplificação logística, por exemplo, foi uma das diretrizes do desenvolvimento da linha MCT, lançada há cerca de dois anos pela Potain (marca controlada pela Manitowoc). Comparativamente aos modelos equivalentes, a linha inclui máquinas mais compactas, o que resulta em um transporte mais fácil. “No modelo MCT 565, de até 32 t de capacidade, o transporte completo de 80 m de jib pode ser feito com nove carretas – quatro a menos que a versão anterior –, sendo que o tempo de montagem pode ser de apenas dois dias, igualmente menor que os modelos anteriores da mesma classe”, conta Leandro Nilo de Moura, gerente de marketing da Manitowoc para a América Latina. “Já no modelo MCT 125, que tem capacidade de até 8 t, elimina-se pelo menos uma carreta para o transporte, com duas horas para a montagem.”

Segundo Moura, as gruas dessa linha possuem topo plano, ou seja, seu suporte da lança não excede a altura total do equipamento. Também conhecidos como gruas topless (confira Quadro), esses equipamentos mostram-se mais adequados para áreas com espaço restrito, ou onde se faz necessário o uso de mais de uma grua, uma vez que a sobreposição de diversas máquinas é menos complexa. “Também são mais versáteis, pois permitem a configuração de diversos comprimentos de lança para um único equipamento, além de serem mais fáceis de transportar e montar”, ressalta o especialista, destacando que o modelo não exige a montagem do tirante da lança.

Também com topo plano, o guindaste CTT 472-20 da Terex é outro modelo que agrega tecnologias destinadas a proporcionar maior eficiência e facilidade no traslado e instalação. “Conseguimos obter ganhos significativos no tempo de montagem e nos custos de transporte”, ressalta Ricardo Beilke Neto, gerente de pós-vendas de guindastes da empresa.

Lançado na bauma 2019, o equipamento pode ser configurado com diversas lanças – e até mesmo com uma combinação entre elas –, valendo-se de seções de transferência que podem alcançar alturas livres elevadas, sem a ancoragem usualmente necessária nesses casos. “O novo sistema de controle oferece opções de configuração expandida e uma montagem mais rápida”, reitera Beilke Neto.

Com até 32 t de capacidade, a grua MCT 565 requer quatro carretas a menos para o transporte

Recentemente, a empresa lançou ainda o Terex Power Plus, um recurso capaz de, sob condições controladas, aumentar temporariamente o momento de carga máxima, elevando a capacidade de içamento em até 10%. “Nas versões mais atuais dos guindastes também está disponível a tecnologia Power Match, que ajuda o operador a selecionar o equilíbrio correto entre desempenho e consumo de energia”, ressalta o profissional.

CONTROLE

Em se tratando de gruas, a montagem também pode ser agilizada com o uso de fibras sintéticas no lugar dos cabos feitos com aço, como acontece em alguns modelos já apresentados pela Manitowoc e agora também pela Liebherr, que mostrou a opção na bauma deste ano. Pelo fato de serem mais leves e flexíveis, os cabos de fibra simplificam a passagem do cabo de elevação.

Todavia, a agilização da montagem não é o principal diferencial dessa tecnologia, como ressalta Luiz Meirellles, gerente comercial de guindastes de torre da Liebherr. “Os cabos de fibras são quatro vezes mais duráveis que os de aço”, ele destaca. “Também reduzem o peso do gancho de carga, permitindo assim que os guindastes obtenham um aumento de capacidade de até 20%, além de consumirem menos energia.”

Dispensando lubrificação, os cabos sintéticos também reduzem a necessidade de manutenção, além de trazerem uma capa que informa visualmente as condições de seu desgaste – algo que, nos cabos de aço, exige verificações manuais, com o uso de instrumentos como paquímetros, por exemplo.

Modelos topless como o CTT 721 agregam tecnologias que facilitam a instalação

“Onze de nossos modelos já utilizam, ou começam a receber, os cabos de aço”, relata Meirellles.

A Liebherr também agregou aos guindastes da série Litronic – que já contavam com uma série de recursos de assistência inteligente – um sistema que garante o posicionamento mais preciso das peças. Fundamentada em sensores, essa característica é especialmente importante em obras como montagens industriais em barragens e construções com pré-fabricados ou estruturas metálicas, ampliando a segurança da operação.

Denominado Micromove, o sistema proporciona controle mais preciso das distâncias, mantendo as peças suspensas sem o acionamento do freio, o que permite um reinicio suave do movimento.

“Utilizando-se do curso total do manete de comando, esse sistema manuseia as peças com o máximo cuidado, com a precisão própria de micro velocidades”, afirma Meirelles, comentando ainda que, para demonstrar a tecnologia, a fabricante realizou um inusitado teste no qual posicionou uma carga de 1,3 t sobre três taças de champanhe, sem danificar nenhuma delas. “As taças suportam essa carga, mas não podem receber nenhum choque, senão quebram”, diz.

Já os guindastes da série Litronic contam com o botão Load-Plus, que permite reduzir a velocidade, aumentando assim a capacidade em até 20%. “Nos guindastes dessa série o operador pode definir previamente a área de trabalho do equipamento, evitando que passe sobre um refeitório, por exemplo”, acrescenta o gerente.

VERSATILIDADE

A busca incessante por equipamentos mais adequados aos ambientes onde há menos espaço para movimentação também se materializa no novo desenho do modelo Potain MCH 125, que teve seu raio de rotação livre – ou seja, com a grua fora de serviço –, reduzido para apenas 13,5 m, em uma configuração na qual, em operação, o raio de giro chega a 50 m. “Com um gerador menor, esse equipamento também consome menos energia”, ressalta Moura.

As novidades mais recentes da Potain também incluem a linha de gruas automontáveis HUP, que agora combinam a estrutura dobrável – comum a equipamentos dessa categoria – com um mastro telescópico, cuja altura pode chegar até 40 m. “Essas gruas demandam poucos minutos para a montagem”, assegura Moura, “e quando desmontadas, compõem blocos cujo transporte exige somente uma carreta, incluindo os acessórios”.

Montagem é facilitada pela substituição de cabos de aço por fibras sintéticas

O novo desenho, ele destaca, também tornou os equipamentos mais versáteis. Agora, os três modelos da linha possibilitam um total de 16 configurações, atendendo às mais diversas condições de operação. “Antes, precisávamos de nove modelos para obter esse conjunto de configurações”, ressalta Moura.

Na Terex, a necessidade de desenvolver projetos que envolvam várias unidades de equipamentos resultou na criação do sistema de gestão telemática T-Link. “Esse recurso conecta cada grua da frota, permitindo aos gerentes comerciais e técnicos centralizar uma ampla gama de dados em tempo real, executando um leque de análises para avaliar o desempenho da frota”, conclui Beilke Neto.

LOCAÇÃO
EQUIPAMENTOS DE MENOR PORTE OBTÊM MELHORES RESULTADOS NO 1º SEMESTRE

Equipamentos menores – com capacidade de até 100 t – podem gerar algum aquecimento no mercado de locação de gruas no último trimestre deste ano, projeta Carlos Muzzi Neto, diretor da Construservice, locadora sediada na cidade mineira de Contagem e que disponibiliza gruas com capacidade entre 30 e 500 t, com lanças com alcance de até 80 m. No 1º semestre, diz ele, a locadora realizou um volume de negócios similar ao registrado no mesmo período de 2018, com expectativas melhores nos meses iniciais, seguidas por uma “queda drástica” da demanda entre abril e junho, o que deve ter perdurado no 3º trimestre. “Porém, começo a enxergar um 4º trimestre um pouco melhor, o que evidentemente depende das medidas tomadas no campo político-econômico”, projeta o diretor, citando a mineração como um segmento que já começa a mostrar algum aquecimento. “Mas o grande mercado de gruas ainda é a construção civil, que responde por aproximadamente 70% dos negócios”, posiciona.

Com cerca de 70% dos negócios, o principal mercado para gruas ainda é a construção

Já a Grumont obteve na primeira metade do ano uma receita cerca de 5% superior ao mesmo período de 2018, como revela Aurélio Lippi, gerente de engenharia da empresa paulistana. Ainda inferior à previsão inicial, a expansão em grande parte também foi obtida por negócios com gruas menores para obras de moradias populares, incluindo o Minha Casa, Minha Vida. “Para o ano, projetamos crescimento de aproximadamente 10%”, afirma Lippi, destacando que já começam a surgir orçamentos para obras de infraestrutura – como viadutos, por exemplo –, além de edifícios residenciais de alto padrão, que geralmente demandam equipamentos maiores. “Os setores de mineração, siderurgia, energia e cimento também demandam gruas, mas esses mercados estão com demanda muito baixa”, avalia o gerente da Grumont, que conta com uma frota de cerca de 100 equipamentos da família, atualmente com uma taxa de ocupação de aproximadamente 40%. “Mas na faixa dos equipamentos de menor porte, a taxa de ocupação é total”, arremata Lippi.

Saiba mais:
Construservice: www.construservice.com.br
Grumont: www.grumont.com.br
Liebherr: www.liebherr.com.br
Manitowoc: www.manitowoccranes.com/pt-BR
Terex: www.terex.com.br

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