Equipado com duas câmeras de vídeo, o modelo Raco 550 tinha motor de 600 hp,
tração nas quatro rodas e podia funcionar para frente ou para trás
Nessa época, pensou-se inicialmente em plainar a superfície do pavimento, em vez de remover a capa para descarte ou reciclagem.
Nessa linha, foram lançadas diferentes plainadoras no início dos anos 70, como unidades independentes ou como tambor, montado em uma máquina já existente.
A BJD (British Jeffrey Diamond) lançou tr&eci
Equipado com duas câmeras de vídeo, o modelo Raco 550 tinha motor de 600 hp,
tração nas quatro rodas e podia funcionar para frente ou para trás
Com o passar do tempo, os processos de construção de rodovias tornaram-se cada vez mais eficientes no decorrer do século XX.
A legislação, que passou a exigir um volume cada vez maior de material reciclado nos pavimentos, também foi um fator importante para o desenvolvimento dessas máquinas nas décadas de 80 e 90 do século passado.
Nessa época, pensou-se inicialmente em plainar a superfície do pavimento, em vez de remover a capa para descarte ou reciclagem.
Nessa linha, foram lançadas diferentes plainadoras no início dos anos 70, como unidades independentes ou como tambor, montado em uma máquina já existente.
A BJD (British Jeffrey Diamond) lançou três modelos e, posteriormente, empresas como Gomaco, CMI, Barber-Greene e outras entraram nesse mercado.
O modelo intermediário (Master Road Planer) da BJD pesava 2,7 ton e tinha 566 hp e tambor de 2 m de largura.
Após a compra da BJD pela Dresser, os equipamentos passaram a ser produzidos com essa marca. A SP-780, lançada em 1983, era uma versão aperfeiçoada da Master Road Planer.
No final da década de 60, a Wirtgen desenvolveu plainadoras a quente experimentais, que aqueciam a pista antes de plainá-la.
A máquina mais vendida foi a SF 2100 C, enquanto a maior da linha era o modelo SF 3800 C, com dois motores Caterpillar 3408 e transmissão totalmente hidrostática.
Na década seguinte, a Marini produziu uma linha de plainadoras a quente, cujo maior modelo tinha 450 hp e plainava uma largura de 4,25 m em velocidades de até 10 m/min.
ESTABILIZAÇÃO
A técnica de uso de parte do material removido para preparar um novo revestimento asfáltico ou reforçar a base é antiga, mas só teve uma real expansão nos anos 60, quando foram projetados equipamentos de maior potência para essa aplicação.
A estabilização dos solos demandava a adição de cimento, asfalto ou outros componentes ao solo, o que levou à criação de máquinas específicas para a aplicação de determinados aditivos.
Embora a mistura pudesse ser preparada no canteiro e espalhada no local, era possível espalhar o material sobre o solo e executar a mistura in-situ.
Esse processo requeria uma máquina conhecida como estabilizadora de solos ou pulvi-mixer, que foi produzida por empresas como American-Marietta, Bros, Rex (com tecnologia da Seaman), Bomag (com tecnologia proveniente da Koehring), P&H, Linnhof e Vögele.
Basicamente, as máquinas eram compostas por um tambor com cortadores, acionado por motor diesel.
Em alguns casos, eram puxadas por um trator e, em outros, acopladas a um trator de eixo único, tornando-se assim autopropelidas.
Pesando 35 ton, a plainadora BJD Master foi uma máquina robusta. Construída
com chassi de motoniveladora de seis rodas com tandem traseiro, o modelo
tinha controle hidrostático de velocidade, podendo alcançar velocidades
de até 30 km/h em desempenhos de 0 a 31,4 m/min no trabalho
A partir das últimas décadas do século XX, a fresagem do pavimento se tornou uma atividade importante, levando a grandes avanços nos equipamentos e à criação de novas recicladoras e estabilizadoras de solo.
Essas últimas se espalharam pelo mundo inteiro, mas para cobrir eficazmente grandes áreas necessitavam de espalhadores igualmente eficientes, capazes de dosar com exatidão a quantidade de solo, ligante ou mistura, que passou a ser controlada por computador, evitando o desperdício.
O sentido dessa evolução pode ser demonstrado por um moderno estabilizador de solos.
Com 25 ton e capacidade de 15 a 18 m3, o modelo Raco 550 da Hamm foi premiado no concurso de inovação em design de 1996.
Os aperfeiçoamentos dessa máquina compreendiam, entre outros, tração em todos os eixos, rotor integrado, capacidade de alterar a altura e inclinação da máquina, duas câmeras para monitoração da câmara do tambor e possibilidade de trabalho em marcha à ré.
As estabilizadoras modernas, como as da Caterpillar, Bomag, Wirtgen e Hamm, também foram usadas para restaurações in-loco de rodovias danificadas.
Os rotores foram equipados com dentes especiais para remover a capa desgastada juntamente com a base, executando-se a mistura de ambas com ligantes e outros aditivos por aspersão.
A preferência entre acionamento mecânico ou hidráulico do rotor, em termos de homogeneidade da mistura, estava dividida entre os fabricantes.
A mistura resultante é então espalhada, nivelada e compactada como um novo produto ou como base para um novo recapeamento. A quantidade de nova matéria-prima necessária (e, portanto, o custo do processo) pode ser reduzida significativamente com o uso desses equipamentos.
FRESAGEM
Mas foram as fresadoras (cold planers) que dominaram o mercado, tornando-se presença regular em todos os projetos de recuperação de pavimentos.
A permanência dessas máquinas em determinados canteiros pode ser bastante curta, somente para remoção da superfície danificada de pavimentos, o que muitas vezes é feito à noite para reduzir o impacto sobre o tráfego.
Depois de executar esses serviços, as máquinas desaparecem tão rapidamente quanto surgiram, dirigindo-se a outros locais, em um esforço de maximizar a utilização e, portanto, o investimento do proprietário.
Da mesma forma que as máquinas maiores, muitos modelos são equipados com correias transportadoras, para possibilitar a carga de caminhões que trafegam à frente da máquina.
A inovação, contudo, não ficou restrita aos equipamentos maiores. Muitos equipamentos de menor porte, cuja utilização se tornou frequente na construção de rodovias, tiveram um aumento significativo de modelos e características.
Fresadoras de pequeno porte e máquinas para corte de juntas são alguns exemplos.
Acredita-se que logo serão transformadas em implementos de carregadeiras, minicarregadeiras e escavadeiras.
Como exemplo de equipamento, a fresadora Wirtgen 2100 VC de 39,5 ton, pode fresar até profundidades de 300 mm em uma largura de 2 metros. A máquina de 610 hp possui ainda uma correia transportadora para alimentação de caminhões.
Com 370 cv, o modelo Wirtgen SF 2100C alcançava larguras de até 2,1 m
A partir de então, a oferta de modelos diferenciados passou a ser bastante diversificada, para trabalhar desde obras de tapa-buracos até a remoção completa da superfície do pavimento em grandes larguras, comumente usada em estradas e pistas de aeroportos.
Inclusive, algumas máquinas (como as de fresagem profunda) foram projetadas para remoção completa do asfalto em uma única passada.
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