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Revista M&T - Ed.275 - Julho 2023
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COLUNA DO YOSHIO

A segurança é a distância

Já passou da hora de se reconhecer a deficiência de capacidade em nossa malha rodoviária, buscando realizar as correções necessárias ou – o que é ainda mais razoável – expandir os demais modais de transporte e logística no Brasil

Em qualquer país, uma das bases que viabilizam o crescimento das atividades econômicas é a infraestrutura de transportes.

Como o Brasil moderno foi construído tendo o transporte rodoviário como principal ferramenta de distribuição de bens e produtos, a capacidade desse sistema segue sendo um importante fator de desenvolvimento.

Qualquer pessoa que se aventure em uma viagem pelas principais ligações entre capitais no país percebe que há demasiados congestionamentos e acidentes em nossas rodovias.

Muitas vezes, quando os acidentes nas estradas são reportados pelos meios de comunicação, nota-se que o fator humano é quase sempre citado como a principal causa.

No fundo, trata-se de um questionamento sobre fatores como habilidades dos motoristas, falta de atenção, longas jornadas, abuso de velocidade e manobras arriscadas, para citar as suspeitas mais comuns. Imagino que tais fatores realmente sejam parte do problema, mas não esgotam a equação.

Há alguns dias, um amigo disse-me algo interessante ao notar que “a distância é a segurança”, citando como exemplo os cabos de distribuição de energia elétrica de 13.800 volts instalados em postes de ruas, em um arranjo que se mantém seguro por estar distante das pessoas nas calçadas.

Como analogia, a mesma observação pode ser atribuída ao tráfego de veículos. A frase tradicional “Mantenha Distância”, comum nas traseiras de caminhões, deveria ser entendida como “A Distância é a Segurança” pelos motoristas.

Porém, devemos questionar se ainda é possível manter uma distância segura entre os veículos nas estradas.

Tenho uma nítida impressão de que especialistas e autoridades fazem questão de ignorar essa realidade problemática em nossas estradas. Já há muitos anos o volume de veículos é excessivo, bastando que o motorista tente deixar um espaço se


Em qualquer país, uma das bases que viabilizam o crescimento das atividades econômicas é a infraestrutura de transportes.

Como o Brasil moderno foi construído tendo o transporte rodoviário como principal ferramenta de distribuição de bens e produtos, a capacidade desse sistema segue sendo um importante fator de desenvolvimento.

Qualquer pessoa que se aventure em uma viagem pelas principais ligações entre capitais no país percebe que há demasiados congestionamentos e acidentes em nossas rodovias.

Muitas vezes, quando os acidentes nas estradas são reportados pelos meios de comunicação, nota-se que o fator humano é quase sempre citado como a principal causa.

No fundo, trata-se de um questionamento sobre fatores como habilidades dos motoristas, falta de atenção, longas jornadas, abuso de velocidade e manobras arriscadas, para citar as suspeitas mais comuns. Imagino que tais fatores realmente sejam parte do problema, mas não esgotam a equação.

Há alguns dias, um amigo disse-me algo interessante ao notar que “a distância é a segurança”, citando como exemplo os cabos de distribuição de energia elétrica de 13.800 volts instalados em postes de ruas, em um arranjo que se mantém seguro por estar distante das pessoas nas calçadas.

Como analogia, a mesma observação pode ser atribuída ao tráfego de veículos. A frase tradicional “Mantenha Distância”, comum nas traseiras de caminhões, deveria ser entendida como “A Distância é a Segurança” pelos motoristas.

Porém, devemos questionar se ainda é possível manter uma distância segura entre os veículos nas estradas.

Tenho uma nítida impressão de que especialistas e autoridades fazem questão de ignorar essa realidade problemática em nossas estradas. Já há muitos anos o volume de veículos é excessivo, bastando que o motorista tente deixar um espaço seguro à sua frente para que outros veículos o ocupem rapidamente.

Atualmente, os veículos são mais potentes e os freios são melhores, há alertas de mudança de faixa e, até mesmo, sistemas que alertam para a redução de distâncias entre veículos. Mas a verdade é que já não temos mais espaços.

A desatualização da infraestrutura rodoviária é tal que os motoristas são obrigados a conduzir seus veículos em distâncias precariamente reduzidas. Qualquer imprevisto pode resultar em acidente, seja pela falta de espaço ou de tempo para se desviar do perigo.

Já passou da hora de se reconhecer essa deficiência de capacidade em nossa malha rodoviária, buscando realizar as correções necessárias ou – o que é ainda mais razoável – expandir os demais modais de transporte e logística no Brasil.

*Yoshio Kawakamié consultor da Raiz Consultoria e diretor técnico da Sobratema

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