A confiar nas informações mais recentes, neste exato momento um novo ciclo de crescimento pode estar se configurando no setor. Ao menos, alguns dados apontam para isso. Divulgada pelo jornal Valor Econômico, uma recente análise da Tendências Consultoria mostra que – comparada ao pior momento vivido pelo setor em toda a sua história, entre o quarto trimestre de 2015 e o primeiro de 2016 – a produção de máquinas, equipamentos e caminhões cresceu 37,2% em dezembro do ano passado.
Ainda mais importante, o segmento de bens de capital para construção foi o que mais cresceu, registrando avanço de 141,8% neste período. Segundo a consultoria, em 2017 foram registradas dez altas mensais da produção de bens de capital para o setor. Na comparação com o ano anterior, o desempenho na construção neste quesito foi de 40,1%. Pela ordem, a alta na produção também foi registrada em segmentos como equipamentos de transporte (49,4%), bens de capital de uso misto (47,6%), peças agrícolas (43%) e equipamentos agrícolas (35,1%). Se ainda não enche os olhos, pois a base é muito baixa, ao menos o desempenho já traz o alívio mais que necessário a uma indústria que há pouco beirava o colapso.
Outro ponto importante que pode estimular esse movimento de retomada foi a decisão da Câmara de Comércio Exterior (Camex) de zerar a alíquota de importação para bens de capital não produzidos no Brasil, um incenti
A confiar nas informações mais recentes, neste exato momento um novo ciclo de crescimento pode estar se configurando no setor. Ao menos, alguns dados apontam para isso. Divulgada pelo jornal Valor Econômico, uma recente análise da Tendências Consultoria mostra que – comparada ao pior momento vivido pelo setor em toda a sua história, entre o quarto trimestre de 2015 e o primeiro de 2016 – a produção de máquinas, equipamentos e caminhões cresceu 37,2% em dezembro do ano passado.
Ainda mais importante, o segmento de bens de capital para construção foi o que mais cresceu, registrando avanço de 141,8% neste período. Segundo a consultoria, em 2017 foram registradas dez altas mensais da produção de bens de capital para o setor. Na comparação com o ano anterior, o desempenho na construção neste quesito foi de 40,1%. Pela ordem, a alta na produção também foi registrada em segmentos como equipamentos de transporte (49,4%), bens de capital de uso misto (47,6%), peças agrícolas (43%) e equipamentos agrícolas (35,1%). Se ainda não enche os olhos, pois a base é muito baixa, ao menos o desempenho já traz o alívio mais que necessário a uma indústria que há pouco beirava o colapso.
Outro ponto importante que pode estimular esse movimento de retomada foi a decisão da Câmara de Comércio Exterior (Camex) de zerar a alíquota de importação para bens de capital não produzidos no Brasil, um incentivo fiscal que vale até junho de 2019. Assim, para 2018 a tendência de alta deve se reforçar. Os cálculos projetam que até dezembro o consumo aparente de bens de capital aumentará 11,8%, em um resultado ainda mais animador após a alta de 5,7% obtida em 2017.
Assim, dentre outras ações necessárias e urgentes, esperam-se medidas governamentais para a efetiva retomada da atividade. Com isto em mente, a Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC) – que lidera o grupo Coalizão Pela Construção – já preparou uma lista de medidas para melhorar o ambiente de negócios no país, incluindo regulamentação de distratos, novos marcos para setores como saneamento básico, agilidade para licenças ambientais, reforço do caráter técnico das estruturas de controle e outros pontos inadiáveis.
Resta esperar que essas ações sejam levadas à cabo o quanto antes, trazendo de volta a proeminência que o setor de bens de capital sempre desfrutou no país, como o leitor acompanha há quase 30 anos nas páginas da Revista M&T. Boa leitura.
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