
Equipamentos muitas vezes de maior destaque e valor nos canteiros, os guindastes de torre operam sob modelos de propriedade e locação que exigem um pensamento estratégico de longo prazo e um investimento de capital significativo, sendo que uma das principais maneiras pelas quais as locadoras podem melhorar os resultados é aproveitando o longo ciclo de vida da máquina.
Em palestra na International Tower Cranes (ITC), em Roma, o presidente da associação francesa de locação DLR e fundador da locadora Uperio, Philippe Cohet, alertou que a indústria de guindastes corre o risco de ficar para trás se não fizer isso, capitalizando o valor de longo prazo de seus equipamentos e adotando princípios da economia circular. “Quando comparo o valor criado por outros equipamentos com o de gruas, vejo que há um problema”, comenta o especialista.
Segundo ele, enquanto ou


Equipamentos muitas vezes de maior destaque e valor nos canteiros, os guindastes de torre operam sob modelos de propriedade e locação que exigem um pensamento estratégico de longo prazo e um investimento de capital significativo, sendo que uma das principais maneiras pelas quais as locadoras podem melhorar os resultados é aproveitando o longo ciclo de vida da máquina.
Em palestra na International Tower Cranes (ITC), em Roma, o presidente da associação francesa de locação DLR e fundador da locadora Uperio, Philippe Cohet, alertou que a indústria de guindastes corre o risco de ficar para trás se não fizer isso, capitalizando o valor de longo prazo de seus equipamentos e adotando princípios da economia circular. “Quando comparo o valor criado por outros equipamentos com o de gruas, vejo que há um problema”, comenta o especialista.
Segundo ele, enquanto outros equipamentos são substituídos com frequência, os guindastes de torre podem permanecer por décadas em serviço, abrindo possibilidades para uma exploração mais profunda dos princípios de economia circular. Nesse sentido, Cohet argumenta que a circularidade não deve ser vista como custo, mas como diferencial de negócios. O que, ademais, vale para muitas outras famílias de máquinas.
Com os investidores exigindo cada vez mais evidências de desempenho ESG e os empreiteiros sob pressão para entregar construções com menos emissões, os fornecedores precisam se tornar facilitadores de projetos mais ecológicos. “O guindaste em si não é apenas uma peça de aço – mas uma junção de serviço, logística e planejamento”, acentuou Cohet. “Se o posicionarmos corretamente e incorporarmos a sustentabilidade, ofereceremos mais do que apenas elevação.”
Atualmente, ele sugere, a natureza do negócio exige ativos elevados e capital, podendo ser uma barreira para atrair investimentos – especialmente quando as margens são estreitas e a rotatividade é lenta. Todavia, com a estrutura certa, isso pode mudar. “Na verdade, a longa vida útil de nossos ativos pode ser uma vantagem”, acentuou Cohet. “Se pudermos provar que um guindaste funciona por 30 anos – e que será reutilizado, recondicionado e reciclado de forma responsável –, podemos apresentar um argumento muito mais forte de investimento.”
Para o locador, a estratégia se concentra em prolongar a vida útil dos ativos por meio de manutenção rigorosa, reforma regular e reinserção eficiente entre projetos. “Em vez de competir apenas com base no preço por hora, as locadoras estão buscando modelos baseados em desempenho e que capturem o valor mais amplo do bem fornecido – especialmente em termos de ganhos de produtividade, redução de emissões e desperdício de material”, aponta Cohet. Boa leitura.
“Com os investidores exigindo cada vez mais evidências de desempenho ESG e os empreiteiros sob pressão para entregar construções com menos emissões, os fornecedores precisam se tornar facilitadores de projetos mais ecológicos.”
Silvimar Fernandes Reis
Presidente do Conselho Editorial

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