De acordo com o Relatório Econômico Anual do CECE (Comitê Europeu para Equipamentos de Construção), o pior já pode ter passado para o setor de construção na Europa, uma vez que as taxas de juros começaram a cair e as condições econômicas indicam sinais de melhoria no continente. No ano passado, o setor amargou uma acentuada queda de -19% no desempenho comercial na região.
Por tipo de máquina, o pior desempenho coube às soluções compactas de movimentação de terra, cujas vendas retrocederam -25% no ano passado, seguidas por máquinas rodoviárias, com recuo “moderado” de 16%. O segmento mais afetado no ano foi o de rolos de trincheira, com vendas -39% abaixo do exercício anterior.
Nessa base, a entidade prevê uma recuperação lenta das atividades já a partir deste ano, impulsionada por investimentos públicos, políticas verdes e projetos de infr
De acordo com o Relatório Econômico Anual do CECE (Comitê Europeu para Equipamentos de Construção), o pior já pode ter passado para o setor de construção na Europa, uma vez que as taxas de juros começaram a cair e as condições econômicas indicam sinais de melhoria no continente. No ano passado, o setor amargou uma acentuada queda de -19% no desempenho comercial na região.
Por tipo de máquina, o pior desempenho coube às soluções compactas de movimentação de terra, cujas vendas retrocederam -25% no ano passado, seguidas por máquinas rodoviárias, com recuo “moderado” de 16%. O segmento mais afetado no ano foi o de rolos de trincheira, com vendas -39% abaixo do exercício anterior.
Nessa base, a entidade prevê uma recuperação lenta das atividades já a partir deste ano, impulsionada por investimentos públicos, políticas verdes e projetos de infraestrutura de alta prioridade. “A engenharia civil continuará a ser um dos principais motores do crescimento, enquanto os setores residencial e não residencial devem se estabilizar e avançar gradualmente”, destaca o comitê. “Já o setor de infraestrutura, apoiado por financiamentos da União Europeia e pelos objetivos da transição energética, deve oferecer uma base sólida para o crescimento.”
Prevê-se que o setor de construção na Europa cresça 1,1% em 2025, o que pode parecer pouco, porém marca o primeiro aumento real da produção após três anos de declínio. As taxas de juros mais baixas e a melhoria das condições econômicas podem estimular a demanda, em especial no mercado da habitação. “Porém, os projetos de infraestrutura continuam a ser a pedra angular do crescimento, apoiados por iniciativas da UE e orçamentos nacionais”, reforça o CECE.
Atualmente, o setor de máquinas na Europa é atendido por 1.200 companhias, que juntas geram receitas de 59 bilhões de euros e empregam 300 mil pessoas no continente. “Embora persistam desafios como a escassez de mão de obra e os custos dos materiais, o desenvolvimento contínuo da digitalização e dos objetivos de sustentabilidade desempenharão um papel crucial na recuperação e no crescimento no longo prazo”, anota o comitê. “Até 2026, espera-se que o ritmo de crescimento acelere para 1,8%, sinalizando uma recuperação gradual, porém constante para o setor europeu de máquinas de construção.”
Resta aguardar os eventuais desdobramentos da guerra tarifária global, que podem mudar o curso não só do setor, como de toda a economia mundial. Boa leitura.
Silvimar Fernandes Reis
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