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Revista M&T - Ed.297 - Setembro 2025
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EDITORIAL

Movimentos buscam antecipar efeitos do tarifaço global

Por Redação

“Em nenhum momento, as empresas mencionam as tarifas dos EUA sobre a produção estrangeira como motivo para o aumento das operações de fabricação nos EUA, mas há indicativos claros das preocupações que permeiam as novas estratégias em curso.”

Na esteira das sobretaxas que os EUA buscam impor ao mundo, algumas das principais fabricantes OEM de máquinas e equipamentos para construção e mineração vêm realizando movimentos que podem ser interpretados como uma tentativa de ajuste à nova ordem global, em um cenário de protecionismo crescente e guerras tarifárias. Com isso, a fabricação de equipamentos nos EUA se prepara para um novo ciclo de grandes investimentos, com repercussões potenciais em outros mercados.

Exemplo disso pode ser encontrado nos anúncios de investimentos da John Deere e da Volvo CE, duas das maiores marcas globais do setor que expandirão a pr


“Em nenhum momento, as empresas mencionam as tarifas dos EUA sobre a produção estrangeira como motivo para o aumento das operações de fabricação nos EUA, mas há indicativos claros das preocupações que permeiam as novas estratégias em curso.”

Na esteira das sobretaxas que os EUA buscam impor ao mundo, algumas das principais fabricantes OEM de máquinas e equipamentos para construção e mineração vêm realizando movimentos que podem ser interpretados como uma tentativa de ajuste à nova ordem global, em um cenário de protecionismo crescente e guerras tarifárias. Com isso, a fabricação de equipamentos nos EUA se prepara para um novo ciclo de grandes investimentos, com repercussões potenciais em outros mercados.

Exemplo disso pode ser encontrado nos anúncios de investimentos da John Deere e da Volvo CE, duas das maiores marcas globais do setor que expandirão a produção nos EUA, como destacou recentemente o canal de notícias setoriais Engineering News-Record (ENR). Segundo as informações, a Deere promete investir US$ 20 bilhões no país norte-americano ao longo de 10 anos, especialmente em instalações como a fábrica em Kernersville, na Carolina do Norte, enquanto a Volvo direcionou parte de um investimento de US$ 261 milhões para a unidade de fabricação mantida na Pensilvânia.

As operações da Volvo CE em Shippensburg aumentarão a capacidade de produção de escavadeiras de médio a grande porte, além de acrescentarem quatro modelos de carregadeiras de rodas de grande porte à linha, com início previsto para o 1º semestre de 2026. “Precisamos responder à crescente demanda”, justificou Melker Jernberg, presidente da Volvo CE. “Esse investimento reforça o nosso compromisso com a qualidade e a inovação, permitindo oferecer ainda mais valor aos clientes.”

Em comunicado à imprensa, a Deere detalhou que planeja expandir as instalações de remanufatura em Springfield, além de construir uma nova fábrica de escavadeiras em Kernersville, expandir a fábrica em Greeneville e adicionar novas linhas de montagem para o trator de alta potência 9RX em Waterloo. “Nosso compromisso em oferecer valor aos clientes inclui investimentos contínuos em produtos, soluções e recursos avançados de fabricação”, observou John May, presidente e CEO da John Deere. “Na próxima década, continuaremos a fazer investimentos significativos em nosso principal mercado, que são os EUA.”

Em nenhum momento, as empresas mencionam as tarifas dos EUA sobre a produção estrangeira como motivo para o reforço das operações de fabricação nos EUA. No entanto, Jernberg observou que, ao expandir as capacidades de produção em mercados-chave, as fabricantes se tornam menos dependentes da logística de longa distância. A empresa também avalia que pode mitigar riscos da cadeia de suprimentos com a expansão das bases de fornecedores domésticos, dando indicativos claros das preocupações que permeiam as novas estratégias em curso. Resta acompanhar os desdobramentos desses movimentos, que o leitor – como sempre – poderá conferir em primeira mão aqui na Revista M&T. Boa leitura.

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