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Revista M&T - Ed.2 - Set/Out 1989
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MANUTENÇAO

A Chave da Eficiência

“Não é raro encontrar empresas onde o custo de manutenção incide entre 20% a 24% no preço da produção”

Qual é a principal variável na melhoria da eficiência de manutenção na Empresa?
Até alguns anos atrás, no Brasil, quase todas tecnologias aqui chegavam e eram colocadas em prática com no mínimo 20 anos de atraso, em relação aos países desenvolvidos. A Engenharia Industrial, O&M e T&M, quando aqui chegaram e foram implantados, é evidente que estavam atrasados.
Hoje no Brasil, as atividades objeto dessas técnicas, atingiram pontos de real destaque nas empresas, de modo que a racionalização máxima dos processos foi, ou quase foi, atingida. E certo que pode-se fazer sempre alguma coisa de melhor modo, porém deve-se salientar que depois de atingido uma boa racionalização, o ganho ou retorno é muito pequeno. Salvo algumas exceções, atualmente a maior parte dos processos nas empresas encontram-se em ponto de otimização. Para se obter algum ganho no processo somente investindo em automação, e geralmente o custo-benefício não é imediato ou não é apreciável.
Como a manutenção faz parte dos custos de produção, e sendo esta atividade na sua maioria não racionalizada ou não desenvolvida na direção econômica, temos que, à medida que o processo produtivo é racionalizado a atividade de manutenção mais aparece com o seu custo na produção. Não é raro encontrar empresas onde o custo de manutenção incide entre 20% a 24% no preço da produção. A princípio isto pode parecer normal, o que não é verdade pois estes índices poderão cair pela metade ou mais para casos já conhecidos. Daí resulta que o ganho que pode ser conseguido, através da redução no custo de produção dado pela atividade manutenção, é apreciável e de bom tamanho, garantindo um custo-benefício elevado.
Na atividade manutenção temos algumas variáveis importantes na formação de seu custo.


Qual é a principal variável na melhoria da eficiência de manutenção na Empresa?
Até alguns anos atrás, no Brasil, quase todas tecnologias aqui chegavam e eram colocadas em prática com no mínimo 20 anos de atraso, em relação aos países desenvolvidos. A Engenharia Industrial, O&M e T&M, quando aqui chegaram e foram implantados, é evidente que estavam atrasados.
Hoje no Brasil, as atividades objeto dessas técnicas, atingiram pontos de real destaque nas empresas, de modo que a racionalização máxima dos processos foi, ou quase foi, atingida. E certo que pode-se fazer sempre alguma coisa de melhor modo, porém deve-se salientar que depois de atingido uma boa racionalização, o ganho ou retorno é muito pequeno. Salvo algumas exceções, atualmente a maior parte dos processos nas empresas encontram-se em ponto de otimização. Para se obter algum ganho no processo somente investindo em automação, e geralmente o custo-benefício não é imediato ou não é apreciável.
Como a manutenção faz parte dos custos de produção, e sendo esta atividade na sua maioria não racionalizada ou não desenvolvida na direção econômica, temos que, à medida que o processo produtivo é racionalizado a atividade de manutenção mais aparece com o seu custo na produção. Não é raro encontrar empresas onde o custo de manutenção incide entre 20% a 24% no preço da produção. A princípio isto pode parecer normal, o que não é verdade pois estes índices poderão cair pela metade ou mais para casos já conhecidos. Daí resulta que o ganho que pode ser conseguido, através da redução no custo de produção dado pela atividade manutenção, é apreciável e de bom tamanho, garantindo um custo-benefício elevado.
Na atividade manutenção temos algumas variáveis importantes na formação de seu custo. São elas: materiais diretos, insumos e/ou materiais indiretos, lucro cessante e mão-de- obra direta e indireta. Observando as quatro variáveis, vamos procurar analisar como cada qual está implicada no custo e suas reações.

Os materiais diretos que podemos classificar como peças, acessórios, conjuntos, sub-conjuntos e materiais de consumo, terão os seus preços incidindo mais ou menos no custo de manutenção, dependendo da sua vida útil normal. A vida útil normal dos materiais neste caso depende entre outras coisas de:

a1 - acompanhamento histórico
b1 - inspeção de recebimento
c1 - boa gestão de estoque
d1 - bom manuseio
e1 - aplicação e montagem corretas

Notem que os itens "1i", "b1" e "c1", são diretamente relacionados com a organização atributo este da mão-de-obra indireta. Os itens "b1", "d1" e "e1", relacionam-se com a responsabilidade e a qualidade da mão-de-obra direta. Se obtivermos uma boa resposta da mão-de-obra, obteremos melhor resultado quanto ao material direto. Note que "b1" se relaciona tanto com mão-de-obra direta como indireta.
A segunda variável na formação do custo de manutenção, os insumos e/ou materiais indiretos (energia, vapor, ar comprimido, combustíveis, solventes, ferramentas, instrumentos, etc.) dependem entre outras coisas de:

a2 - controles de consumos
b2 - controles de aplicação
c2 - inspeção rotineira de aplicação
d2 - bom manuseio e aplicação
e2 - conservação correta

Na verificação quanto aos itens "a2", "b2" e "c2" a relação destes está diretamente confrontada com a administração da atividade de manutenção. Os itens "c2", "d2" e "e2” dependem diretamente da qualidade da mão-de- obra no que tange ao conhecimento profissional ao comportamento e atividades. A mesma observação vale para o item "c2", de relacionar-se com mão-de-obra direta e indireta.
A terceira variável na formação do custo de manutenção, o "lucro cressante", é na realidade muito mais medido subjetivamente considerando as horas de máquina parada dado por motivos de manutenção. E raro um sistema de controle que identifique em unidades monetárias o lucro cessante. Mesmo assim, percebe-se que esta variável depende entre outras coisas, principalmente de:
a3 - controles das ações
b3 - controles das causas
c3 - inspeção programada
d3 - existência de padrões históricos
e3 - intervenção técnica correta

Observando também este conjunto de dependências facilmente relaciona- se os mesmos com mão-de-obra pois senão vejamos:
Os itens "a3", *'b3" e "d3" dependem da organização e administração de manutenção, que é conseguido através de uma mão-de-obra indireta que responda positivamente ao trabalho.
Os itens"c3", ”d3” e "e3” estão relacionados com execuções dos trabalhos, atributo este da mão-de-obra direta pois através dela se conseguem informações para padrões históricos, se atingem inspeções programadas ideias e se executam intervenções de modo correto.
A quarta e última variável na formação do custo de manutenção é a própria mão-de-obra. Neste aspecto nota-se que o maior preço de Homem/hora de mão-de-obra direta é encontrada, quando a mão-de-obra indireta é muito grande na proporção da primeira versus a segunda. Em manutenção podemos afirmar que a mão-de-obra indireta cresce na medida que a cultura da mão-de-obra direta decresce, e vice-versa. Quando há pouco conhecimento ou habilidade
quanto a mão-de-obra direta, é necessário, a criação de muita burocracia através de manuais, normas, procedimentos, regras e correlatos, todos estes criados e gerenciados pela mão-de-obra indireta. Neste caso, o risco no erro e na falha é muito grande e geralmente aumenta o custo. Quando se provocam um aumento de conhecimento, uma melhoria de habilidades e uma mudança para boas atitudes na mão-de-obra indireta e direta de manutenção, se reduzem custos, riscos e falhas.

Como vimos em todos os variáveis que formam o custo de manutenção há a influência da mão-de-obra. A atividade de manutenção nas empresas, é uma das poucas atividades onde a influência da mão-de-obra é muito mais implicante. Isto se reflete em todas situações relacionadas com a competitividade da empresa, ou seja:

  • custo de produção
  • qualidade da produção
  • prazo de entrega do produto
  • imagem institucional junto à comunidade.

Assim a eficácia da atividade de manutenção está diretamente relacionada com a competitividade da empresa e depende diretamente da eficácia da mão-de-obra.
A palavra chave para resolver tal problema é simples: treinar, treinar, treinar.... Porém, só o simples treinamento não resolve, o certo é identificar "o quê", "quem”, "quanto”, "quando' e "como”. Como se vê, a principal variável na melhoria da eficácia de manutenção, é a mão-de-obra já que a mesma influi em todas as demais variáveis.

CLÁUDIO F.ARIZA
Diretor do Grupo Arizu
Presidente da SOBRATEMA

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