Com imensos desafios na área de logística, já há alguns anos o Brasil dá claros sinais de que está começando a sair da letargia ao colocar a infraestrutura como prioridade estratégica da sociedade. Certamente, um projeto eficaz de nação deve contemplar a base produtiva no longo prazo, como forma de obter maior competitividade, elevar o índice de desenvolvimento humano e, no limite, ocupar um espaço geopolítico cada vez mais relevante no mundo.
Somente com uma maior atenção aos gargalos estruturais, às cidades e aos modais de transporte será possível criar uma expectativa positiva e duradoura para o segmento da infraestrutura, de modo a estimular uma melhoria significativa na intenção de investimentos no país. Foi com essa intenção, aliás, que o governo realizou diversos ajustes na modelagem das concessões, incluindo a ampliação de 25 anos para 30 anos do prazo de concessão, diminuição da perspectiva de evolução da demanda 5% para 4% ao ano, alteração da estrutura de garantias, queda da taxa de juros dos financiamentos, maior facilidade para aquisição de empréstimos-ponte e queda da exigência de patrimônio líquido em relação ao tamanho do financiamento necessário (que era de 1,3 e passou para uma vez o patrimônio líquido).
Sem dúvida, tais alterações ajudam a diminuir a insegurança jurídica que pairava sobre as concessões, tornando os leilões mais rentáveis e, consequentemente, mais atrativos. N
Com imensos desafios na área de logística, já há alguns anos o Brasil dá claros sinais de que está começando a sair da letargia ao colocar a infraestrutura como prioridade estratégica da sociedade. Certamente, um projeto eficaz de nação deve contemplar a base produtiva no longo prazo, como forma de obter maior competitividade, elevar o índice de desenvolvimento humano e, no limite, ocupar um espaço geopolítico cada vez mais relevante no mundo.
Somente com uma maior atenção aos gargalos estruturais, às cidades e aos modais de transporte será possível criar uma expectativa positiva e duradoura para o segmento da infraestrutura, de modo a estimular uma melhoria significativa na intenção de investimentos no país. Foi com essa intenção, aliás, que o governo realizou diversos ajustes na modelagem das concessões, incluindo a ampliação de 25 anos para 30 anos do prazo de concessão, diminuição da perspectiva de evolução da demanda 5% para 4% ao ano, alteração da estrutura de garantias, queda da taxa de juros dos financiamentos, maior facilidade para aquisição de empréstimos-ponte e queda da exigência de patrimônio líquido em relação ao tamanho do financiamento necessário (que era de 1,3 e passou para uma vez o patrimônio líquido).
Sem dúvida, tais alterações ajudam a diminuir a insegurança jurídica que pairava sobre as concessões, tornando os leilões mais rentáveis e, consequentemente, mais atrativos. No entanto, vários analistas ressaltam a necessidade adicional de uma nova equação de financiamento que crie uma combinação de instrumentos e diminua a dependência do BNDES, que nos últimos anos vem mantendo uma participação de 80% nos financiamentos totais realizados no país. Outro ponto é a descentralização do foco dos investimentos, que deve recair sobre uma combinação estratégica entre os diversos modais de transporte – hidrovias, ferrovias, portos, aeroportos etc. –, deixando de ser direcionado de forma maciça para as rodovias.
No conjunto, tais mecanismos podem compor o embrião de um novo modelo de crescimento, que certamente levará anos para amadurecer e trazer resultados palpáveis ao país. Mas, no setor de equipamentos, já estamos prontos para a missão, como atestam as reportagens sobre transportes especiais, mineração, construção de túneis e outras, que o leitor encontrará nesta edição. Boa leitura.
Claudio Schmidt
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