Quem visitou a feira M&T Expo 2012 constatou que o setor não para de evoluir quando o assunto é o desenvolvimento de novas tecnologias voltadas à maior produtividade, qualidade e redução de custos na britagem de minérios e materiais de construção. A Metso, por exemplo, compareceu ao evento com três lançamentos nessa área para atender os mercados de mineração e construção que, juntos, responderam por 41% do seu faturamento mundial em 2011, de 6,6 bilhões de euros.
Um deles foi o britador de rolos HRC 8050, indicado para a produção de finos e extrafinos, que incorpora uma tecnologia de ajuste hidráulico. O sistema consiste em uma regulagem simples, na qual o aumento da pressão hidráulica do britador é determinado pelo crescimento da produção, dependendo da especificação do material que está sendo britado. “Ele é composto por dois motores elétricos de 150 HP cada e o processo de britagem aproveita o choque de material com material, reduzindo o desgaste dos revestimentos”, diz Dionísio Covolo, diretor de construção da Metso.
A produção de finos é controlada por meio de um dis
Quem visitou a feira M&T Expo 2012 constatou que o setor não para de evoluir quando o assunto é o desenvolvimento de novas tecnologias voltadas à maior produtividade, qualidade e redução de custos na britagem de minérios e materiais de construção. A Metso, por exemplo, compareceu ao evento com três lançamentos nessa área para atender os mercados de mineração e construção que, juntos, responderam por 41% do seu faturamento mundial em 2011, de 6,6 bilhões de euros.
Um deles foi o britador de rolos HRC 8050, indicado para a produção de finos e extrafinos, que incorpora uma tecnologia de ajuste hidráulico. O sistema consiste em uma regulagem simples, na qual o aumento da pressão hidráulica do britador é determinado pelo crescimento da produção, dependendo da especificação do material que está sendo britado. “Ele é composto por dois motores elétricos de 150 HP cada e o processo de britagem aproveita o choque de material com material, reduzindo o desgaste dos revestimentos”, diz Dionísio Covolo, diretor de construção da Metso.
A produção de finos é controlada por meio de um dispositivo posicionado na superfície dos rolos, de modo que o revestimento é reajustado com facilidade quando apresenta níveis relevantes de desgaste. “Com isso, é possível evitar um desgaste mais acentuado em determinados pontos da chapa, ampliando a vida útil do revestimento.” Covolo ressalta que a presença de um dispositivo automático para passagem de material não britável também contribui para a maior durabilidade dos materiais de desgaste durante a operação do britador.
Segundo ele, o HRC 8050 se difere dos britadores de rolos convencionais por adotar como parâmetro a força de esmagamento. O conceito se baseia no aumento ou redução da distância entre os rolos de acordo com a força necessária para o esmagamento do material. Os demais equipamentos do gênero, por sua vez, trabalham sempre com o mesmo espaçamento entre rolos, independentemente das variações na demanda de força para a redução granulométrica do material processado.
Além disso, o executivo aponta a abertura flutuante da boca de alimentação como outro diferencial do britador, determinada automaticamente pela granulometria de alimentação e pela pré-carga dos acumuladores montados em conjunto com os cilindros hidráulicos. “Essas características proporcionam melhor cubicidade aos finos produzidos, reduzindo a emissão de poeira e de ruídos durante a operação”, diz Covolo.
Facilitando a manutenção
Outro lançamento da Metso foi um britador cônico da linha HP (High Performance). Indicado para os estágios secundário e terciário de britagem, ele pode atuar na produção de finos em instalações que exigem alta produção, mas cujo produto final não precisa apresentar o mesmo nível de cubicidade que os materiais processados por britadores de rolos ou de impacto. “O HP3 completa a linha já composta pelo HP4 e HP5, lançados recentemente, e se destina a uma ampla gama de aplicações, desde a britagem de calcário e taconita, até a produção de areia de brita e lastro para obras de rodovias, além de poder ser instalado tanto em usinas semimóveis quanto nas fixas”, diz Covolo.
Esse equipamento, segundo ele, conta com mancais de bronze em diversos pontos para a maior resistência aos esforços de britagem em um ambiente agressivo, onde há constante ocorrência de choques e contaminação por pó. “Os mancais de atrito custam menos do que os de rolamentos, geralmente presentes nesse tipo de britador, e são de fácil substituição no campo, o que reduz custos e agiliza o trabalho de manutenção”, explica o executivo.
O terceiro lançamento da Metso, por sua vez, consiste no britador de mandíbulas C120, que pode ser aplicado em usinas fixas e móveis, sejam elas sobre esteiras ou pneus. O equipamento conta com abertura da boca de alimentação de 1.200 x 870 mm, reduzindo os materiais até a faixa de 250 mm de diâmetro. Segundo Covolo, o C120 é equipado com chapas de desgaste em aço manganês aparafusadas, o que facilita sua substituição. “Além disso, o equipamento é todo carenado, atendendo às novas exigências da NR 12, que ampliou os requisitos de segurança na operação com britadores.”
Tendência para a mobilidade
Um britador de mandíbulas também figurou como um dos principais destaques da Sandvik em seu estande na M&T Expo 2012. Segundo a empresa, o QJ341 foi totalmente remodelado, com base nas necessidades dos usuários, e integra sua linha de britadores primários para aplicação em conjuntos móveis sobre esteiras. “Percebemos uma tendência para esse tipo de arquitetura, que combina flexibilidade com a automação do processo”, diz Glauco Teixeira, vice-presidente de construção da Sandvik Brasil.
Ele ressalta que os conjuntos móveis permitem configurar a operação na medida em que a frente de trabalho vai se desenvolvendo. “Com isso, podemos colocar os equipamentos em um determinado local e, posteriormente, quando as necessidades mudarem, transferi-lo rapidamente para outra frente de operação”. O QJ341 possui boca de admissão com abertura de 1.250 x 700 mm, o que lhe confere alta velocidade de britagem.
Além disso, o equipamento pode operar na função de britagem reversa, proporcionando um fluxo contínuo de carga. Outra característica é a lubrificação central automatizada, bem como a configuração para trabalhar em temperatura ambiente de até 50 °C sem a necessidade de troca de óleo e a opção de escolha entre motores Tier 3 e Tier 4. O britador conta ainda com um sistema de controle de carga aperfeiçoado, com sensor de nível instalado na entrada da mandíbula para otimizar a taxa de alimentação, e comandos por PLC com tela colorida.
Com esse modelo, a Sandvik espera que a linha de britadores móveis, uma tecnologia ainda recente no mercado brasileiro, possa finalmente decolar e se consolidar como uma alternativa para pedreiras e construtoras. “O conceito vem se estabelecendo a uma velocidade muito grande no mercado nacional”, diz Teixeira. “Começamos a vender esse tipo de equipamento no país há apenas três anos e já constatamos uma aceitação bastante expressiva por parte dos clientes”, completa ele.
Em termos globais, só na área de construção e mineração a Sandvik faturou aproximadamente 8 bilhões de coroas suecas (equivalente a US$ 1,2 bilhão) em 2011.
As operações na América Latina, que registraram um crescimento na faixa de 20% no ano passado, respondem por 9% desse total, sendo que o Brasil é responsável por dois terços dos negócios na região. Como esse mercado também é atraente para os concorrentes, a Sandvik acredita que o seu diferencial está na oferta de soluções completas e não apenas de um produto. “Não vendemos um britador, mas a pedra britada no tamanho e no local que o cliente precisa”, diz Teixeira.
Fábrica da Astec
Outro destaque da feira foi a estreia da Astec Agregados e Mineração do Brasil, que pela primeira vez se apresentou ao mercado em um evento desse porte. Fruto de uma joint-venture entre a norte-americana Astec Industries e a brasileira MDE (Manufatura e Desenvolvimento de Equipamentos), a empresa pretende instalar, até o início do próximo ano, uma fábrica em Vespasiano (MG) destinada à produção de equipamentos para mineração.
Segundo Rick Patek, presidente mundial da Astec, a unidade exigirá investimentos de US$ 50 milhões, empregando 150 funcionários e com capacidade para a produção de 200 equipamentos por ano. “Como será uma instalação moderna, a redução nos custos e no tempo de fabricação vão se refletir como benefícios diretos para os clientes”, ele completa. A empresa norte-americana terá uma participação de 75% no projeto e os 25% restantes pertencerão à MDE.
A nova fábrica, que ocupará uma área de 14.000 m², produzirá uma ampla linha de equipamentos para mineração, como britadores, moinhos, peneiras, alimentadores, transportadores de correias, braços hidráulicos para rompedores e equipamentos móveis de apoio à mineração subterrânea, entre outros. Os primeiros produtos a integrar a linha brasileira serão as peneiras vibratórias, os britadores de mandíbulas e cônicos, aos quais se somarão futuramente os demais equipamentos.
Até se decidir pelo Brasil, a multinacional que controla fabricantes globais como a Telsmith (britadores), KPI-JCI (equipamentos para britagem, peneiramento e transporte), Astec Mobile Screens (peneiras móveis), Breaker Technology (rompedores hidráulicos) e Osborn (instalações de processamento mineral) trilhou um longo caminho, nos últimos quatro anos, analisando as potencialidades de diferentes mercados, como a América do Sul, América do Norte, Oceania e África.
Atendimento aos clientes
Um dos motivos que levou a Astec a optar pelo país foi o fato de dispor de uma parceira local,o que faz com que o negócio não tenha que começar a partir do zero. Com isso, ela pode se beneficiar da estrutura já instalada pela MDE, que há dois anos atua como representante do grupo norte-americano no Brasil. “A localização da nova unidade também é estratégica”, diz Patek. “Pois ela fica a apenas 200 m de distância da fábrica da MDE, que tem 90 mil m² de área total e 25 mil m² de área construída”, completa o executivo.
Em termos comerciais, a operação terá uma configuração mista, com a fábrica assumindo o atendimento a algumas regiões do país e a rede de distribuidores que será montada pela empresa realizando o suporte de pós-venda em outras regiões. “A vinda para o Brasil propicia rapidez de atendimento, disponibilidade de mão de obra e maior rapidez no segmento de reposição de peças”, diz Patek.
Recentemente, a empresa forneceu à construtora Odebrecht uma instalação fixa de britagem completa para a construção da usina hidrelétrica de Teles Pires. A usina conta com um britador de mandíbulas Telsmith 3258, dois britadores cônicos 44SBS, um britador de impacto VSI com motor de 300 HP, seis peneiras, alimentadores, transportadores de correia e um pacote completo envolvendo os sistemas elétrico e de automação do controle, cujos dados podem ser transmitidos para a sede da construtora, em São Paulo.
Além desse projeto, a Astec também está fornecendo duas instalações sobre esteiras completas para a Vale, que as utilizará nas minas de Brucutu e Alegria, ambas em Minas Gerais. Um dos destaques da empresa na M&T Expo, entretanto, foi o britador cônico Telsmith 44SBS, capaz de processar volumes superiores a 100 t/h de material, que conta com ajustes hidráulicos e sistema anti-travamento. Além disso, ela também apresentou uma planta da série Global GT200DF, da KPI-JCI, e as soluções oferecidas pela Astec Mobile Screens.
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