P U B L I C I D A D E

ABRIR
FECHAR
Revista M&T - Ed.218 - Novembro 2017
Voltar
Editorial

Sinais de melhora animam o mercado

“Para a cadeia produtiva da construção, a possibilidade real de recuperação hoje concentra-se em obras menores, relacionadas principalmente a concessões públicas municipais e Parcerias Público-Privadas”

Segundo estudo divulgado pela CNI (Confederação Nacional da Indústria), a taxa de ocupação das fábricas ainda não havia reagido significativamente em outubro. A estatística mostra que, de um grupo com oito segmentos da economia, as menores taxas pertencem a “equipamentos de transporte” e “máquinas e equipamentos”, com 31,5% e 30,7%, respectivamente. O resultado coloca esses segmentos bem abaixo dos demais, como farmacêutico (47,7%), químico (43,5%) e automotivo (36,5%).

Ao desnudar a realidade de um complexo fabril ocioso, a leitura deste indicador também deixa claro que, além de ser um dos mais atingidos pela crise, o setor da construção ainda não saiu da letargia. Afinal, o consumo de máquinas é a maior expressão da vitalidade econômica do país, e não apenas do segmento da construção.

Mas não está sendo nada fácil retomar o rumo. Segundo a Pesquisa Anual da Indústria da Construção (PAIC), divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em seu último relatório, o setor encolheu 16,5% em 2015, na comparação com o ano anterior. Desde 2014, o recuo já chega a 13,8%, conforme mostra reportagem do jornal O Estado de S.Paulo.

Por outro lado, alguns sinais de melhora começam a animar o mercado, que recebeu como alento a recente redução da taxa básica de juros (Selic) para 9,25%, por exemplo. Mas também há a questão da ociosidade das frotas, que só será solucionada com novas obras. E o que se cogita no setor é que, uma vez que as gran


Segundo estudo divulgado pela CNI (Confederação Nacional da Indústria), a taxa de ocupação das fábricas ainda não havia reagido significativamente em outubro. A estatística mostra que, de um grupo com oito segmentos da economia, as menores taxas pertencem a “equipamentos de transporte” e “máquinas e equipamentos”, com 31,5% e 30,7%, respectivamente. O resultado coloca esses segmentos bem abaixo dos demais, como farmacêutico (47,7%), químico (43,5%) e automotivo (36,5%).

Ao desnudar a realidade de um complexo fabril ocioso, a leitura deste indicador também deixa claro que, além de ser um dos mais atingidos pela crise, o setor da construção ainda não saiu da letargia. Afinal, o consumo de máquinas é a maior expressão da vitalidade econômica do país, e não apenas do segmento da construção.

Mas não está sendo nada fácil retomar o rumo. Segundo a Pesquisa Anual da Indústria da Construção (PAIC), divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em seu último relatório, o setor encolheu 16,5% em 2015, na comparação com o ano anterior. Desde 2014, o recuo já chega a 13,8%, conforme mostra reportagem do jornal O Estado de S.Paulo.

Por outro lado, alguns sinais de melhora começam a animar o mercado, que recebeu como alento a recente redução da taxa básica de juros (Selic) para 9,25%, por exemplo. Mas também há a questão da ociosidade das frotas, que só será solucionada com novas obras. E o que se cogita no setor é que, uma vez que as grandes obras de infraestrutura que o Brasil precisa não devem sair do papel antes de 2018, a possibilidade real de recuperação para a cadeia produtiva da indústria da construção – incluindo fabricantes de máquinas e equipamentos – concentra-se em obras menores, relacionadas principalmente a concessões públicas municipais, por meio de Parcerias Público-Privadas (PPPs).

Nesse sentido, aliás, também há sinais positivos. Segundo o diário DCI, é perceptível até mesmo certo otimismo do mercado com as próximas concessões do governo federal, especialmente em infraestrutura. Sinal de que a confiança começa a voltar. Mesmo que ainda assombre o desafio de consolidar os marcos regulatórios específicos de cada setor, uma das tarefas inadiáveis e mais urgentes que o país precisa cumprir para garantir perenidade e segurança jurídica às empresas e investidores. Só assim é que, passo a passo, tiraremos de vez os pés da areia movediça da maior crise político-econômica da nossa história recente e voltaremos finalmente a caminhar por campos mais sólidos e prósperos para todos. Boa leitura.

P U B L I C I D A D E

ABRIR
FECHAR

P U B L I C I D A D E

P U B L I C I D A D E