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Revista M&T - Ed.222 - Abril 2018
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Editorial

Setor começa a sair da recessão

“Com a melhora dos indicadores econômicos, vários players vêm aportando dinheiro novo em suas operações, tanto no lançamento de novos produtos como na expansão de suas linhas produtivas.”

O ano de 2018 começou com mais investimentos e início da recomposição de estoques, trazendo novo ânimo a diversos setores, como o de máquinas e equipamentos para construção e mineração, que nos últimos anos passou pela maior crise de toda a sua já longeva história no país.

Na comparação entre o último trimestre de 2017 com o do ano anterior, os investimentos cresceram 2% e a produção industrial (malgrado suas oscilações neste início de ano) segue em recuperação, com uma tênue alta de 0,5% na mesma base de comparação. Pode ser pouco, mas já configura um viés de crescimento mais sustentável que desponta no horizonte.

Para muitos analistas, esses números mostram que o país está saindo da recessão. Afinal, após longo tempo, também a atividade econômica voltou a registrar números positivos, com o crescimento de 1% do PIB – confirmado em março pelo IBGE –, totalizando R$ 6,559 trilhões. Antes desta recente virada nos índices, a economia já havia se amparado no setor agropecuário e nas exportações, que iniciaram a recuperação antes e, em ato contínuo, se transformaram em apostas estratégicas para muitos players do setor. Depois, vieram as recuperações do consumo e da atividade industrial, consolidando um cenário de retomada já no final do ano que passou.

Agora, as expectativas da indústria estão atreladas não só ao agronegócio, como também às licitações públicas e obras de c


O ano de 2018 começou com mais investimentos e início da recomposição de estoques, trazendo novo ânimo a diversos setores, como o de máquinas e equipamentos para construção e mineração, que nos últimos anos passou pela maior crise de toda a sua já longeva história no país.

Na comparação entre o último trimestre de 2017 com o do ano anterior, os investimentos cresceram 2% e a produção industrial (malgrado suas oscilações neste início de ano) segue em recuperação, com uma tênue alta de 0,5% na mesma base de comparação. Pode ser pouco, mas já configura um viés de crescimento mais sustentável que desponta no horizonte.

Para muitos analistas, esses números mostram que o país está saindo da recessão. Afinal, após longo tempo, também a atividade econômica voltou a registrar números positivos, com o crescimento de 1% do PIB – confirmado em março pelo IBGE –, totalizando R$ 6,559 trilhões. Antes desta recente virada nos índices, a economia já havia se amparado no setor agropecuário e nas exportações, que iniciaram a recuperação antes e, em ato contínuo, se transformaram em apostas estratégicas para muitos players do setor. Depois, vieram as recuperações do consumo e da atividade industrial, consolidando um cenário de retomada já no final do ano que passou.

Agora, as expectativas da indústria estão atreladas não só ao agronegócio, como também às licitações públicas e obras de concessões, que – ao saírem do papel – provocarão um efeito dominó ao exigirem a renovação de frotas e novos investimentos em bens de capital. Segundo o jornal O Estado de S.Paulo, neste ano o calendário de concessões e privatizações federais concentra operações no último trimestre que somam investimentos de R$ 45 bilhões, incluindo 13 aeroportos, seis rodovias e a Ferrovia de Integração Oeste-Leste (Fiol), na Bahia.

A Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq) já prevê um avanço de 10% na receita líquida das fabricantes, com um desempenho mais promissor do mercado interno. Até por isso, várias companhias vêm aportando dinheiro novo em suas operações, tanto no lançamento de novos produtos como na expansão de suas linhas produtivas.

Claro que toda essa movimentação se baseia na renovada expectativa dos players, mais animados após assistiram suas receitas decaírem por cinco anos consecutivos. Contudo, é preciso que isso tudo se concretize. Por enquanto, as projeções indicam que o movimento mais forte se dará mesmo só a partir de 2019. Nessa altura, espera-se que esse cenário se materialize como o previsto, devolvendo a proeminência a um setor que está na base do desenvolvimento de qualquer país minimamente competitivo. Boa leitura.

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