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Revista M&T - Ed.169 - Junho 2013
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Momento Construction

Salão detalha Linha 4 do Metrô do RJ

Com a atuação de 150 equipamentos, incluindo uma TBM conversível de 11,4 m de diâmetro, obra será destaque na Construction Expo 2013

Entre os dias 5 e 8 de junho, a Construction Expo 2013 – 2ª Feira Internacional de Edificações & Obras de Infraestrutura apresentará um salão temático sobre a obra da Linha 4 do Metrô do Rio de Janeiro. Nos Salões das Grandes Construções, os visitantes poderão conferir de perto detalhes da estrutura viária que, a partir de 2016, transportará mais de 300 mil pessoas por dia, retirando das ruas cerca de dois mil veículos por hora nos períodos de pico.

Com custo estimado em R$ 5 bilhões e aproximadamente 16 km de extensão ao longo da costa, a construção da Linha 4 do Metrô do Rio de Janeiro começou em junho de 2010 e tem conclusão prevista para dezembro de 2015. Responsável pela implantação da linha, a Concessionária Rio Barra (formada pelas construtoras Odebrecht, Queiroz Galvão e Carioca Engenharia) atua com dois consórcios: Linha 4 Sul, responsável pela obra entre Ipanema e Gávea, e Rio Barra, que está construindo o trecho entre a Gávea e o Jardim Oceânico, na Barra.

TATUZÃO

Em term


Entre os dias 5 e 8 de junho, a Construction Expo 2013 – 2ª Feira Internacional de Edificações & Obras de Infraestrutura apresentará um salão temático sobre a obra da Linha 4 do Metrô do Rio de Janeiro. Nos Salões das Grandes Construções, os visitantes poderão conferir de perto detalhes da estrutura viária que, a partir de 2016, transportará mais de 300 mil pessoas por dia, retirando das ruas cerca de dois mil veículos por hora nos períodos de pico.

Com custo estimado em R$ 5 bilhões e aproximadamente 16 km de extensão ao longo da costa, a construção da Linha 4 do Metrô do Rio de Janeiro começou em junho de 2010 e tem conclusão prevista para dezembro de 2015. Responsável pela implantação da linha, a Concessionária Rio Barra (formada pelas construtoras Odebrecht, Queiroz Galvão e Carioca Engenharia) atua com dois consórcios: Linha 4 Sul, responsável pela obra entre Ipanema e Gávea, e Rio Barra, que está construindo o trecho entre a Gávea e o Jardim Oceânico, na Barra.

TATUZÃO

Em termos de equipamentos, mais de 150 máquinas terão atuado na obra até sua inauguração (veja quadro na pág. 94). Sem dúvida, a grande vedete da frota é o EPB Shield S-769 conversível, que fará a escavação dos túneis subterrâneos. Fabricada pela Herrenknecht, a TBM (Tunnel Boring Machine) tem 11,4 m de diâmetro e possui capacidade quatro vezes maior de escavação (até 18 m por dia) que as demais tecnologias. A partir de agosto, quando iniciará a operação, a máquina de R$ 100 milhões será a maior a já atuar em obras de engenharia construtiva no país.

Composta por um mix de duas tecnologias, a tuneladora S-769 é um Shield de Balanceamento de Pressão de Terra (Earth Pressure Balanced - EPB) conversível que se adapta às condições geológicas. A máquina operará a 12 m de profundidade e mobilizará uma equipe de 270 pessoas, entre eletrotécnicos, engenheiros, mecânicos, operadores e encarregados alemães e brasileiros, sendo que 30 trabalhadores atuarão diretamente dentro da estrutura.

A TBM perfurará um túnel de 4,6 km entre a Estação General Osório, em Ipanema, e a Gávea, uma região localizada entre a Lagoa e o mar na qual o solo é instável e arenoso. Também será perfurado um trecho rochoso próximo a morros. O trajeto escavado terá três novas estações (Nossa Senhora da Paz, Jardim de Alah e Antero de Quental), que estão sendo construídas simultaneamente para a passagem do equipamento.

CICLOS

Com 2.883 t de peso, potência de corte de 4,2 kW e torque de 11,3 kNm, ao mesmo tempo em que for escavando a máquina instalará os cerca de 2.700 anéis numerados de concreto armado (formados por sete aduelas e uma cunha de fechamento) com 1,8 m de largura cada, que formarão a estrutura sequencial do túnel, cujo traçado acompanhará o trajeto da Rua Barão da Torre, exatamente sob o pavimento. Assim, a máquina trabalhará por ciclos de escavação de 1.800 mm, apoiada nos próprios anéis de concreto e impulsionada por cilindros hidráulicos.

Como apoio ao tatuzão, uma fábrica de pré-moldados está sendo construída na Leopoldina para fornecer as aduelas de concreto que formarão a estrutura dos túneis do metrô. No local, também haverá três alojamentos com dormitórios para 300 trabalhadores. No Leblon, um canteiro abrigará as oficinas mecânicas e industriais, além de alojamentos para mais 300 operários.

DESAFIOS

Para as máquinas, o maior desafio da obra do Metrô do RJ é manter-se dentro dos padrões técnicos exigidos, alcançando a maior disponibilidade mecânica possível em um ambiente de desgaste operacional intenso. Na operação, são designados três profissionais por equipamento, que passam por testes prévios já no processo admissional e são submetidos a reciclagens ao longo de toda a obra. “Também há treinamentos periódicos, tanto de operação quanto de manutenção das máquinas”, diz a Concessionária Rio Barra em nota. “Os treinamentos normalmente são realizados pelos representantes dos fabricantes ou por empresas especializadas.”

Outro grande desafio da área de equipamentos da Linha 4 do Metrô é a logística. Como a obra ocorre em bairros densamente povoados, em que as frentes de obra não possuem espaços livres para a manutenção (incluindo preventiva) dos equipamentos, há uma movimentação intensa em direção às oficinas situadas nos canteiros de apoio. “Isso implica em uma busca incessante por equipamentos que minimizem o transtorno para a população do entorno”, afirma o consórcio construtor. “Por isso, investimos em equipamentos com menor índice de ruídos e emissão de poluentes, que utilizem o diesel S10, por exemplo.”

MANUTENÇÃO

Segundo informações fornecidas pela Concessionária, toda a manutenção técnica dos equipamentos da Linha 4 é realizada pelas próprias equipes dos dois consórcios construtores. A manutenção da frota de equipamentos pelo Consórcio Linha 4 Sul (Trecho Ipanema - Gávea), por exemplo, é feita em duas oficinas (industriais e mecânicas), que estão sendo construídas nos canteiros de obra do 23º Batalhão (Leblon) e da Leopoldina.

Já no Trecho Gávea - Barra, sob responsabilidade do Consórcio Rio Barra, há um estoque de peças para os equipamentos importados, além de peças de desgaste, filtros e lubrificantes. A prioridade é pela mobilização de equipamentos das Consorciadas, mas nesse trecho o percentual médio de equipamentos locados é de 15%. “Nos casos em que não são disponibilizadas, as máquinas são alugadas”, revela o Consórcio. “No momento, inclusive, estão sendo feitos estudos para definir o percentual de locação no Trecho Ipanema - Gávea, que não possui peças em estoque.”

 

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