Revista M&T - Ed.171 - Agosto 2013
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Momento Construction

Competidores ampliam oferta de produtos

O Brasil necessita de diversas obras, em vista dos grandes eventos esportivos que acontecerão nos próximos anos além das carências gerais em infraestrutura. E, como toda esta construção passa pela indústria de cimento do país, as empresas buscam novas tecnologias e equipamentos para atender a estas demandas.

SCHWING-STETTER

A filial brasileira é a única da indústria alemã Schwing-Stetter no mundo que produz equipamentos para projeção, produção e transporte de concreto. Essa expertise é ilustrada à perfeição pela Vila dos Atletas, construída no bairro carioca de Ilha Pura para atender às Olimpíadas de 2016.

Com tal cartão de visitas – apresentado na Construction Expo 2013 por meio de maquetes e equipamentos –, o presidente da empresa no Brasil, Ricardo Lessa, afirma que a companhia fechou o ano de 2012 com share de 70% no mercado nacional de bombas de concreto, o que a credencia a alçar voos ainda mais altos nos próximos anos. “O concreto industrializado ainda tem um longo caminho a percorrer no país”, diz ele. “Em 2012, de 65 milhões de toneladas de c


O Brasil necessita de diversas obras, em vista dos grandes eventos esportivos que acontecerão nos próximos anos além das carências gerais em infraestrutura. E, como toda esta construção passa pela indústria de cimento do país, as empresas buscam novas tecnologias e equipamentos para atender a estas demandas.

SCHWING-STETTER

A filial brasileira é a única da indústria alemã Schwing-Stetter no mundo que produz equipamentos para projeção, produção e transporte de concreto. Essa expertise é ilustrada à perfeição pela Vila dos Atletas, construída no bairro carioca de Ilha Pura para atender às Olimpíadas de 2016.

Com tal cartão de visitas – apresentado na Construction Expo 2013 por meio de maquetes e equipamentos –, o presidente da empresa no Brasil, Ricardo Lessa, afirma que a companhia fechou o ano de 2012 com share de 70% no mercado nacional de bombas de concreto, o que a credencia a alçar voos ainda mais altos nos próximos anos. “O concreto industrializado ainda tem um longo caminho a percorrer no país”, diz ele. “Em 2012, de 65 milhões de toneladas de cimento produzidas, somente 18% foram utilizados na produção de concreto industrializado, sendo a metade disso bombeado.”

TENDÊNCIA

Com a região Nordeste à frente – onde, no ano passado, 90% do concreto industrializado foram bombeados –, o executivo aponta como tendência forte a fabricação de máquinas de bombeamento menores, com faixa principal de 36 m. Mas esse não é o único filão vislumbrado pelo presidente da empresa, que separa o mercado brasileiro em quatro grandes compradores: concreteiras em parceria com cimenteiras (40%), concreteiras independentes (20%), locadoras (15%) e construtoras (25%).

Nesse último nicho, especificamente, o case da Ilha Pura demonstra claramente como as soluções da Schwing-Stetter atuam satisfatoriamente no atendimento aos prazos rigorosos impostos pela Carvalho Hosken e pela Odebrecht Realizações Imobiliárias, empresas responsáveis pelas obras. É o caso das duas centrais misturadoras M2 alocadas no projeto.

Dotados de misturadores de duplo eixo horizontal, cada um dos equipamentos tem capacidade produtiva de até 94 m³ de concreto por hora. “Essas centrais produzem em 30 segundos o que uma central dosadora levaria sete minutos, permitindo um rompimento de 95% e uma economia de até 10% no sistema”, calcula Alan Campezzi, engenheiro da Schwing-Stetter, complementando que os equipamentos também conferem maior eficiência no controle de pesagens das balanças, com ciclos contínuos para alimentação das autobetoneiras.

Segundo Lessa, além das centrais misturadoras, o projeto Ilha Pura utiliza bombas para concreto e autobetoneiras, concentrando em uma só obra boa parte do portfólio para concreto industrializado disponibilizado pela fabricante, incluindo robôs para projeção de concreto e argamassa e fábricas de gelo para controle térmico do concreto, entre outras tecnologias.

PUTZMEISTER

De acordo com Rodrigo Satiro, gerente comercial da Putzmeister no Brasil, o propósito da empresa na Construction Expo foi mostrar que deixou de ser apenas mais uma fabricante de bombas para concreto, tornando-se uma fornecedora de linhas completas para a indústria do concreto.

Após firmar parceria mundial com a Sany – cuja linha de concreto passou a ter a marca Putzmeister em todas as operações fora da China –, a empresa adquiriu a Intermix, fabricante de autobetoneiras. “As grandes construtoras ainda estão conhecendo esse novo mix de soluções que oferecemos”, afirma Satiro.

Segundo ele, antes o portfólio de soluções da companhia não contemplava a fabricação e reciclagem de concreto, gap que foi eliminado com a aquisição da Siemen, fabricante de centrais dosadoras, misturadoras e recicladoras. “Essas linhas completam o nosso mix, que ainda inclui o transportador de concreto por correias Telebelt, além de robôs para projeção – que já atuam em obras como o Metrô do Rio de Janeiro e minerações subterrâneas espalhadas pelo Brasil”, explica o executivo.

A Putzmeister possui uma fábrica em Atibaia (SP), na qual conta com corpo de engenharia, equipe comercial e de produção de equipamentos. “Atualmente, produzimos localmente as autobombas, equipamentos de projeção de argamassa e bombas-lança, todas com índice de nacionalização exigido pelo Finame”, diz Satiro, informando que a empresa pretende crescer 30% neste ano.

Monitoramento prolonga durabilidade de estruturas de concreto

O monitoramento da integridade estrutural de pontes rodoviárias e ferroviárias em concreto deve ser constante para permitir a consolidação e possibilitar análise mais aprofundada dos dados auferidos. Infelizmente, segundo Tulio Nogueira Bittencourt, presidente do Instituto Brasileiro do Concreto (Ibracon), esse modelo de análise ainda não é aplicado a contento no Brasil.

Conforme destaca Bittencourt, o monitoramento é uma forma de garantir maior vida útil às estruturas. No caso das pontes rodoviárias, para que se obtenham dados confiáveis e mais próximos da realidade, essa análise deve persistir periodicamente e por um período de cerca de 20 dias seguidos. Para as ferroviárias, o engenheiro afirma que o período de aferição deve ser bem mais longo – de quatro a cinco meses. No monitoramento, são usados sensores especiais e tecnologia de comunicação, para garantir a transferência dos dados do local analisado até os pontos de análise.

De acordo com definição do presidente do Ibracon, além de aferir o comportamento estrutural e calibrar o modelo numérico da ponte, o trabalho de monitoramento também promove a detecção de danos e perdas de desempenho no longo prazo.

 

 

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