Muitos dos cuidados com rolamentos em equipamentos fora-de-estrada se resumem ao controle de poeira, que atua como um elemento abrasivo e compromete a vida útil desse componente. Relatos sobre um rolamento desmontado e novamente montado numa pedreira apontam que sua vida útil atingiu menos de 50% do programado pelo fabricante, comprometendo o funcionamento da máquina na qual ele operava. Tudo em função de seu manuseio em local com a presença de poeira gerada com as atividades da pedreira.
Casos como esse alertam os profissionais do setor quanto aos cuidados necessários com rolamentos, componentes de alto custo numa operação com equipamentos pesados e que exigem manutenção especializada. Além de não submetê-los a reparos em ambientes contaminados, o usuário precisa ficar atento aos limites de aplicação dos rolamentos e à remontagem de componentes com algum desgaste.
Vale lembrar que a precarga especificada nos manuais se refere à montagem de elementos novos e, quando esses valores são usados na remontagem de um rolamento cônico usado e com algum desgaste, o cone “entrará” mais na capa. Isto equivale à montagem de um rolamento novo com prec
Muitos dos cuidados com rolamentos em equipamentos fora-de-estrada se resumem ao controle de poeira, que atua como um elemento abrasivo e compromete a vida útil desse componente. Relatos sobre um rolamento desmontado e novamente montado numa pedreira apontam que sua vida útil atingiu menos de 50% do programado pelo fabricante, comprometendo o funcionamento da máquina na qual ele operava. Tudo em função de seu manuseio em local com a presença de poeira gerada com as atividades da pedreira.
Casos como esse alertam os profissionais do setor quanto aos cuidados necessários com rolamentos, componentes de alto custo numa operação com equipamentos pesados e que exigem manutenção especializada. Além de não submetê-los a reparos em ambientes contaminados, o usuário precisa ficar atento aos limites de aplicação dos rolamentos e à remontagem de componentes com algum desgaste.
Vale lembrar que a precarga especificada nos manuais se refere à montagem de elementos novos e, quando esses valores são usados na remontagem de um rolamento cônico usado e com algum desgaste, o cone “entrará” mais na capa. Isto equivale à montagem de um rolamento novo com precarga excessiva e provoca a rápida diminuição na vida útil do componente.
Para obter ganhos de produção, algumas empresas programam a máquina para funcionar acima de suas condições normais de trabalho, o que resulta em aumento na carga aplicada sobre os rolamentos e compromete sua durabilidade. Para se ter idéia, um acréscimo de 20% na força aplicada sobre o rolamento pode reduzir sua vida útil em até 50%. O limite de rotação especificado para o rolamento também deve ser respeitado, como forma de se evitar o aumento abrupto na temperatura de trabalho e conseqüentes danos ao componente e ao equipamento no qual opera. Caso tais condições não possam ser alteradas, deve-se especificar outro lubrificante que suporte a carga adicional sem o rompimento da película.
Ensaios preditivos Não menos importantes são os cuidados no manuseio dos rolamentos. Como regra geral, recomenda-se que eles sejam inspecionados in loco, evitando sua desmontagem para meras verificações. Entre os sintomas de mau estado de conservação dos rolamentos figuram o destacamento e saída dos seus elementos, a folga excessiva entre os anéis, desgaste e oxidação.
Em operações que demandam elevado índice de disponibilidade dos equipamentos, técnicas preditivas permitem acompanhar o desgaste dos rolamentos e se antecipar às falhas. Por meio de análises como a termográfica, por ultrassom, de lubrificantes e de vibração por envelope, o usuário pode evitar que o componente ultrapasse parâmetros pré-estabelecidos de trabalho.
A maioria dessas técnicas, entretanto, exige o uso de ferramentas especializadas, o que pode resultar em alto custo de manutenção. Uma alternativa acessível consiste em acompanhar o desempenho dos rolamentos por meio de inspeções visuais, nas quais os técnicos possam identificar anomalias por meio de ruídos, vibrações e aumento da temperatura. Apesar da baixa precisão nas análises baseadas em impressões sensoriais dos mecânicos, trata-se de uma técnica muito utilizada.
Se a sensibilidade da equipe de manutenção mostrar-se aguçada e apontar para a necessidade de manuseio do rolamento, é preciso saber que esses componentes podem ser danificados durante a remoção. Por isso, trabalhos desse tipo sempre exigirão maior cuidado, principalmente nas peças que têm interferência entre o eixo e o anel interno do rolamento. Nesses casos, é preciso remover o rolamento inteiro manuseando somente o anel interno.
Lubrificação
A lubrificação reduz o atrito entre as peças do rolamento, evita seu desgaste prematuro e a corrosão, protegendo o componente contra contaminantes e água. Segundo algumas teorias, se o rolamento estiver adequadamente lubrificado e trabalhando sob condições adequadas de carga, sua vida útil tenderá ao infinito. Otimismos à parte, a verdade é que o lubrificante forma uma película protetora entre as superfícies rolantes e deslizantes da peça e, mesmo sob cargas pesadas, isso evita contatos de metal com metal.
Os rolamentos são normalmente lubrificados com graxa ou óleo e, raramente, com lubrificante sólido. Existem fabricantes que especificam o tipo de graxa mais indicada para seu produto, com base em seu desempenho em termos de aderência e proteção contra a umidade e os contaminantes. A lubrificação a óleo é indicada para situações onde a velocidade ou as condições de trabalho impossibilitem o uso de graxa, ou quando for necessário dissipar o calor do mancal. Muitas vezes, os rolamentos estão montados em equipamentos lubrificados a óleo, como caixas de engrenagens, por exemplo.
Contudo, a seleção do lubrificante varia em função da temperatura de operação, velocidade de rotação e outras condições de trabalho. Segundo as fontes consultadas pela M&T, não há embasamento técnico para se afirmar que lubrificantes sintéticos são melhores
do que os de base mineral.
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