Em relatório recente, a consultoria britânica Ricardo lista alguns dos impactos das novas regulamentações da União Europeia (UE) para baterias, que devem afetar o mercado de veículos elétricos em todo o mundo, inclusive no segmento da construção.
Adotado em agosto de 2023, o novo regulamento europeu representa uma mudança de paradigmas na indústria, estabelecendo precedentes para normas de sustentabilidade na área.
Com o aumento dos requisitos nos próximos anos, a nova diretriz deve afetar todo o ciclo de vida das baterias, desde a produção até reutilização e reciclagem, buscando garantir que, no futuro, as baterias tenham uma pegada de carbono reduzida, utilizem o mínimo de substâncias nocivas e exijam menos matérias-primas provenientes de terceiros, além de serem recolhidas, reutilizadas e recicladas em um nível elevado de circularidade.
“A regulamentação im
Em relatório recente, a consultoria britânica Ricardo lista alguns dos impactos das novas regulamentações da União Europeia (UE) para baterias, que devem afetar o mercado de veículos elétricos em todo o mundo, inclusive no segmento da construção.
Adotado em agosto de 2023, o novo regulamento europeu representa uma mudança de paradigmas na indústria, estabelecendo precedentes para normas de sustentabilidade na área.
Com o aumento dos requisitos nos próximos anos, a nova diretriz deve afetar todo o ciclo de vida das baterias, desde a produção até reutilização e reciclagem, buscando garantir que, no futuro, as baterias tenham uma pegada de carbono reduzida, utilizem o mínimo de substâncias nocivas e exijam menos matérias-primas provenientes de terceiros, além de serem recolhidas, reutilizadas e recicladas em um nível elevado de circularidade.
“A regulamentação impulsiona a ação ao longo do ciclo de vida das baterias, criando uma cadeia de valor mais segura, circular e sustentável para as baterias”, ressalta o paper.
Com as novas diretrizes e a demanda mudando o panorama da eletrificação, torna-se crucial garantir a sustentabilidade das cadeias de abastecimento e de produção, diz a análise.
“Para os elétricos, essas fases podem representar uma parte significativa das emissões de CO2 no ciclo de vida dos produtos”, argumenta.
“Além disso, a tecnologia atual de baterias depende da utilização intensiva de lítio, níquel e cobalto, materiais críticos que podem sofrer com escassez no futuro.”
“Adotado em agosto de 2023, o novo regulamento europeu
representa uma mudança de paradigmas na indústria de baterias, estabelecendo precedentes para normas de sustentabilidade na área, especialmente nas cadeias de abastecimento e de produção.”
Pelo cronograma, já em 2025 as baterias devem apresentar declaração de pegada de carbono.
No ano seguinte, passam a incluir um selo de desempenho relativo à pegada de carbono e, em 2028, cumprir os limites máximos estabelecidos, além de declarar o teor exato de cobalto, chumbo, lítio e níquel reciclados.
Em 2031, as baterias passam a incluir níveis mínimos de conteúdo reciclado (16% de cobalto, 85% de chumbo, 6% de lítio e 6% de níquel), níveis que se tornam ainda mais elevados em 2036 (26% de cobalto, 12% de lítio e 15% de níquel).
Nos Estados Unidos, a conformidade dos fabricantes às novas e rigorosas normas da UE torna-se imperativa para manter o acesso ao mercado europeu. Lembrando que, em 2022, os EUA foram o 3º maior exportador de veículos para a UE.
Para tanto, medidas legislativas como “Infrastructure Investment and Jobs Act” e “Inflation Reduction Act” preveem fundos substanciais para impulsionar a produção local, o desenvolvimento de minerais críticos e a inovação no setor, a fim de expandir as capacidades de produção de veículos elétricos no país.
Talvez fosse conveniente o Brasil também prestar mais atenção a essas mudanças. Boa leitura.
Silvimar Fernandes Reis
Presidente do Conselho Editorial
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