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Revista M&T - Ed.220 - Fevereiro 2018
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Editorial

Projeções de trégua na infraestrutura

“Aos poucos, a conjuntura vai se tornando mais favorável ao setor de infraestrutura, como mostra a intenção das concessionárias paulistas de investir R$ 8,2 bilhões em estradas neste ano.”

Após assistirmos a uma queda acentuada dos investimentos em infraestrutura nos últimos anos – afetando em cheio toda a cadeia produtiva, incluindo a indústria de bens de capital –, o cenário econômico parece começar a desanuviar e a dar sinais de trégua ao empreendedor brasileiro.

Há indícios que reforçam isto. Para os próximos anos, a tendência é que os desembolsos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) – ainda o principal provedor de créditos para o setor – continuem em um nível inferior ao registrado antes da recessão, mas a liberação de crédito deve voltar a crescer já neste ano. Momentaneamente, o empuxo ainda deve ser pequeno, como destaca reportagem recente de O Estado de S.Paulo, mas já é um alívio para quem passou os últimos três anos de pires na mão.

Nesse sentido, o BNDES divulgou que pretende investir R$ 54 bilhões em projetos de infraestrutura até 2019. Ressalte-se que, no ano passado, o banco já havia liberado 13% a mais de verbas do que em 2016, chegando a R$ 19,8 bilhões. Outro fator que contribui para a recuperação do segmento, dizem os especialistas, é a queda da taxa básica de juros, reduzindo o custo dos empréstimos. Mesmo que ainda tímido, o alívio também adveio do resultado do PIB, que pelas projeções cresceu 1% em 2017, podendo chegar a 2% neste ano.

Desse modo, a conjuntura vai se tornando mais favorável, como mostra a intenção d


Após assistirmos a uma queda acentuada dos investimentos em infraestrutura nos últimos anos – afetando em cheio toda a cadeia produtiva, incluindo a indústria de bens de capital –, o cenário econômico parece começar a desanuviar e a dar sinais de trégua ao empreendedor brasileiro.

Há indícios que reforçam isto. Para os próximos anos, a tendência é que os desembolsos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) – ainda o principal provedor de créditos para o setor – continuem em um nível inferior ao registrado antes da recessão, mas a liberação de crédito deve voltar a crescer já neste ano. Momentaneamente, o empuxo ainda deve ser pequeno, como destaca reportagem recente de O Estado de S.Paulo, mas já é um alívio para quem passou os últimos três anos de pires na mão.

Nesse sentido, o BNDES divulgou que pretende investir R$ 54 bilhões em projetos de infraestrutura até 2019. Ressalte-se que, no ano passado, o banco já havia liberado 13% a mais de verbas do que em 2016, chegando a R$ 19,8 bilhões. Outro fator que contribui para a recuperação do segmento, dizem os especialistas, é a queda da taxa básica de juros, reduzindo o custo dos empréstimos. Mesmo que ainda tímido, o alívio também adveio do resultado do PIB, que pelas projeções cresceu 1% em 2017, podendo chegar a 2% neste ano.

Desse modo, a conjuntura vai se tornando mais favorável, como mostra a intenção das concessionárias paulistas de investir R$ 8,2 bilhões em estradas neste ano, conforme destacado pela Agência Paulista de Transporte (Artesp). Quase R$ 3 bilhões desse montante serão destinados a grandes obras, como duplicações, com o restante sendo direcionado para manutenção e incorporação de tecnologias à malha de 7,9 mil km de rodovias do estado. Com a previsão de renovação de alguns contratos, o cenário pode se tornar ainda mais positivo em 2019, a depender do desenrolar do quadro político.

Na construção, em contrapartida, o momento é mais de expectativa. Após demitir mais de 1,6 milhão de trabalhadores desde 2014 (1/3 da força de trabalho do segmento) e ver sua participação no PIB cair de 10% para 7,3% em quatro anos, o setor – historicamente um dos maiores geradores de renda e postos de trabalho no país – prevê uma reação apenas lenta dos projetos de infraestrutura, puxados por projetos de concessões e iniciativas pontuais do BNDES. Se confirmadas as projeções, ainda será muito pouco para recuperar de imediato a vitalidade da área, a ponto de movimentar também a indústria de equipamentos. Porém, ao menos se acende novamente a luz de esperança para os nossos players. Boa leitura.

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