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Revista M&T - Ed.172 - Setembro 2013
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Sobratema 25 anos

Produtividade e segurança nos canteiros

Fundado em 2001, o Instituto Opus – programa de capacitação da Sobratema – já certificou mais de cinco mil operadores em todo o país, aumentando a segurança e a eficiência no uso de equipamentos de construção

Em 2001, mais precisamente no dia 5 de fevereiro, a Sobratema deu início ao seu primeiro programa inteiramente dedicado à capacitação de mão de obra para operação de equipamentos de construção. “O nosso maior objetivo com esta empreitada que apresentamos ao público hoje é construir a travessia entre a defasagem do conhecimento tecnológico dos nossos profissionais de equipamentos e a oferta caudalosa de tecnologias modernas existentes e criadas a cada instante pelo intelecto humano e seus computadores”, disse o presidente da Sobratema, Afonso Mamede, no discurso de inauguração do “Instituto Opus”.

Àquela altura, a segurança operacional já era um assunto em voga no mercado mundial de equipamentos fora de estrada, com diversos programas de qualificação de profissionais. Somente nos Estados Unidos, foram registrados 552 acidentes com guindastes no período, causando um prejuízo total de US$ 13,8 milhões. No Brasil, que na ocasião possuía uma frota ao menos 10 vezes menor que a norte-americana, foram reportados 54 acidentes fatais entre 1995 e 1999, mantendo a proporção. Estudos mostravam


Em 2001, mais precisamente no dia 5 de fevereiro, a Sobratema deu início ao seu primeiro programa inteiramente dedicado à capacitação de mão de obra para operação de equipamentos de construção. “O nosso maior objetivo com esta empreitada que apresentamos ao público hoje é construir a travessia entre a defasagem do conhecimento tecnológico dos nossos profissionais de equipamentos e a oferta caudalosa de tecnologias modernas existentes e criadas a cada instante pelo intelecto humano e seus computadores”, disse o presidente da Sobratema, Afonso Mamede, no discurso de inauguração do “Instituto Opus”.

Àquela altura, a segurança operacional já era um assunto em voga no mercado mundial de equipamentos fora de estrada, com diversos programas de qualificação de profissionais. Somente nos Estados Unidos, foram registrados 552 acidentes com guindastes no período, causando um prejuízo total de US$ 13,8 milhões. No Brasil, que na ocasião possuía uma frota ao menos 10 vezes menor que a norte-americana, foram reportados 54 acidentes fatais entre 1995 e 1999, mantendo a proporção. Estudos mostravam ainda que apenas 6% dessas tragédias ocorreram por falha mecânica, sendo que as outras 94% incidências eram causadas pela ineficiência dos operadores, planejamento falho e/ou falta de supervisão dos administradores.

FORMAÇÃO

Nesse cenário, os engenheiros Carlos Gabos e Roberto Ferreira peregrinaram pelo Canadá para obter conhecimentos teóricos que permitissem estabelecer um conteúdo programático de cursos para formação de operadores de equipamentos no Brasil. Assim, o Instituto Opus iniciou atividades com a “missão de promover e contribuir para a existência de uma operação mais segura e eficiente dos equipamentos por meio da provisão de um treinamento moderno e cuja credibilidade seja decorrente da disponibilização de programas que satisfaçam às necessidades do mercado”, como anunciava o texto descritivo sobre a missão do novo centro de formação.

As primeiras turmas foram formadas ainda em 2001, com a certificação de 174 alunos para operacionalizar equipamentos pesados como guindaste móvel, trator de esteiras, escavadeira hidráulica, grua, retroescavadeira e motoniveladora. Supervisores de rigging também foram formados nessa turma. “Ao longo dos anos, o número de formados só subiu”, afirma Wilson Mello, atual diretor do Instituto Opus. “Em 2012, alcançamos o ápice de 1.099 alunos certificados, sempre mantendo uma projeção de crescimento para os anos seguintes.”

INAUGURAÇÃO

Mello, que ingressou no programa em 2005, acumula um verdadeiro acervo de curiosidades sobre a sua história. Aficionado pela progressão profissional dos alunos – cujas carreiras se iniciavam via Opus –, o diretor guarda documentos que relatam o desenvolvimento do Instituto, incluindo a grade do evento de inauguração.

Na própria abertura do evento, aliás, o Instituto Opus deixava claro a que veio. Na ocasião, Gabos realizou uma demonstração de aula prática para guindastes e detalhou a estrutura de ensino do Instituto Opus. A cerimônia contou ainda com a presença de Guilherme Aranha Coelho e José Zeno Fontana (GESP - Secretaria de Ciência, Tecnologia e Desenvolvimento Econômico), Hugo Capucci e Paulo de Tarso Carletti (GESP - Secretaria do Trabalho), Fernando Santos Reis (Sinicon), César Sasso (Sinicesp), Milton Della Costa (Fenatracop) e Antônio Bekeredjian (Sintrapav).

ATUAÇÃO

Em 12 anos de atuação, o Instituto Opus já realizou mais de 400 cursos, formando mais de cinco mil operadores ligados a cerca de 400 empresas. Durante este período de atuação, o programa também já realizou cursos de capacitação no exterior, em países como Líbia, Venezuela e Moçambique.

Em 2013, o programa deu mais um passo importante em sua missão de unir produtividade e segurança ao associar-se pela primeira vez a fabricantes e dealers de atuação nacional na formatação de novos cursos. O uso de simuladores de operação em parceria com a Tracbel, por exemplo, é fruto direto dessa associação, conforme anunciado durante a Construction Expo 2013 e noticiado pela revista M&T na edição de junho deste ano.

A parceria mais recente foi firmada com a Schwing-Stetter para a promoção do curso “Capacitação para Operadores de Bombas para Lançamento de Concreto”. Com duração de 24 horas, o curso requer que os interessados tenham Ensino Fundamental e carteira de motorista classe D ou E. O conteúdo programático, por sua vez, aborda equipamentos de segurança utilizados nas operações, tipos de bombas existentes, princípios de funcionamento, limpeza da bomba após o uso, cuidados com patolamento, procedimentos para operações próximas à rede elétrica, cautela com tubulações e outros assuntos relacionados.

Programas auxiliam na gestão de frotas

Criado em 2005, o programa “Custo-Horário de Equipamentos” produz uma tabela de referência para frotistas e gestores, customizando o cálculo de acordo com a necessidade do usuário. As variáveis consideradas incluem “propriedade”, “manutenção”, “combustível/lubrificação”, “material rodante” e “operação” de 113 diferentes modelos de máquinas. Já o programa “Normalização de Equipamentos” auxilia na identificação de requisitos técnicos que devem ser atendidos pelos equipamentos a serem comercializados no Brasil, com base nas normas e resoluções da ABNT, Conama e Fundacentro. Ao todo, o programa já publicou 17 manuais até o momento.

 

 

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