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Revista M&T - Ed.185 - Novembro 2014
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Lançamento

Pesados conectados

Volvo apresenta a nova Linha F, que foi totalmente remodelada e agora inclui recursos de conectividade que apontam para o futuro dos veículos pesados de transporte
Por Marcelo Januário (Editor)

Com estratégia agressiva de divulgação, a Volvo Trucks traz ao Brasil sua nova Linha F de caminhões pesados e extrapesados, que estende o alcance dos recursos de conectividade à própria operação dos veículos. Pouco tempo após a atualização do VM, chegou a vez dos modelos FH, FM e FMX ganharem novas versões no mercado nacional. “Trata-se do maior projeto do grupo em todos os tempos”, exulta Nilton Roeder, líder de estratégia e desenvolvimento de negócios da Volvo para a América Latina.

A empolgação do executivo justifica-se. Afinal, o grupo investiu 3 bilhões de dólares no desenvolvimento global da linha, que demandou ainda seis anos de trabalho, 18 milhões de quilômetros rodados, 25 testes destrutivos e mais de mil simulações em computação gráfica. O resultado foi um projeto com novas potências e amplamente baseado em “big data”, com foco em soluções digitais que prometem aumentar a disponibilidade do veículo ao melhorar o desempenho e facilitar sua manutenção. “Informação à distância e rápida é um elemento fundamental para que o transportador possa tomar decisões antecipadas e aumentar a produtividade da frota”, ressalta Alexander Boni, gerente de caminhões da Linha F.

CONECTIVIDADE

É o que ocorre, por exemplo, com os aperfeiçoamentos obtidos nas já conhecidas soluções Voar on Call (para diagnóstico remoto), My Truck (aplicativo para smartphones) e Dynafleet (telemetria dos veículos). Na versão recém-lançada, todas ganharam funcionalidades interativas, mas a maior novidade da linha traz o sugestivo nome de I-See, um software que lê e grava a topografia percorrida pelo caminhão, permitindo a otimização na troca de marchas e no uso do freio motor.

Inicialmente disponível para o modelo FH Globetrotter, o dispositivo permite uma economia adicional de até 3% no consumo de combustível, conforme estima a empresa. Conectado diretamente à caixa de câmbio I-Shift, a memória topográfica digital é capaz de antecipar aclives, por exemplo, acelerando o veículo ao limite máximo de velocidade estabelecido de modo a manter a inércia, sustentando por mais tempo a engrenagem mais alta possível. Já quando o caminhão se aproxima de uma descida, o sistema evita acelerações desnecessárias, co


Com estratégia agressiva de divulgação, a Volvo Trucks traz ao Brasil sua nova Linha F de caminhões pesados e extrapesados, que estende o alcance dos recursos de conectividade à própria operação dos veículos. Pouco tempo após a atualização do VM, chegou a vez dos modelos FH, FM e FMX ganharem novas versões no mercado nacional. “Trata-se do maior projeto do grupo em todos os tempos”, exulta Nilton Roeder, líder de estratégia e desenvolvimento de negócios da Volvo para a América Latina.

A empolgação do executivo justifica-se. Afinal, o grupo investiu 3 bilhões de dólares no desenvolvimento global da linha, que demandou ainda seis anos de trabalho, 18 milhões de quilômetros rodados, 25 testes destrutivos e mais de mil simulações em computação gráfica. O resultado foi um projeto com novas potências e amplamente baseado em “big data”, com foco em soluções digitais que prometem aumentar a disponibilidade do veículo ao melhorar o desempenho e facilitar sua manutenção. “Informação à distância e rápida é um elemento fundamental para que o transportador possa tomar decisões antecipadas e aumentar a produtividade da frota”, ressalta Alexander Boni, gerente de caminhões da Linha F.

CONECTIVIDADE

É o que ocorre, por exemplo, com os aperfeiçoamentos obtidos nas já conhecidas soluções Voar on Call (para diagnóstico remoto), My Truck (aplicativo para smartphones) e Dynafleet (telemetria dos veículos). Na versão recém-lançada, todas ganharam funcionalidades interativas, mas a maior novidade da linha traz o sugestivo nome de I-See, um software que lê e grava a topografia percorrida pelo caminhão, permitindo a otimização na troca de marchas e no uso do freio motor.

Inicialmente disponível para o modelo FH Globetrotter, o dispositivo permite uma economia adicional de até 3% no consumo de combustível, conforme estima a empresa. Conectado diretamente à caixa de câmbio I-Shift, a memória topográfica digital é capaz de antecipar aclives, por exemplo, acelerando o veículo ao limite máximo de velocidade estabelecido de modo a manter a inércia, sustentando por mais tempo a engrenagem mais alta possível. Já quando o caminhão se aproxima de uma descida, o sistema evita acelerações desnecessárias, colocando a transmissão temporariamente em neutro, sem perda da velocidade.

O I-See, como garante a fabricante, também otimiza o uso do freio-motor ao evitar frenagens bruscas, antecipando a transição para a topografia seguinte. “Com esse recurso, a Volvo lança no presente o que todo o setor de transporte usará no futuro”, aposta Roger Alm, presidente do Grupo Volvo para a América Latina.

REMODELAGEM

Tais recursos avançados sinalizam para o futuro da indústria de caminhões, abrindo um leque de possibilidades e desdobramentos, mas a remodelagem da Linha F de fato vai além do digital. De modo geral, os veículos que chegam ao mercado em fevereiro de 2015 trazem uma série de modificações de design na parte frontal (incluindo LED e para-brisa colado), além de aperfeiçoamentos na suspensão, alternador, geometria das molas e calibragem dos amortecedores, obtendo ainda uma redução de 20% nos pontos-cegos do retrovisor.

Também o conforto do motorista foi contemplado. Agora com 2,30 m de altura, a cabine ganhou 1 m3 a mais de espaço interno, recebendo ainda um banco reprojetado com nova densidade e maior ajuste de posição, painel com mais porta-objetos disponíveis, cama mais larga (passou de 760 mm para 800 mm de largura) e luminárias laterais.

A aerodinâmica do FH também recebeu mudanças significativas. O caminhão tem novos defletores de ar, tanto no teto como na lateral, novas saias laterais e spoilers. “Além disso, os modelos contam com teto solar (elétrico e manual) e sistema antitravamento para romeu e julieta, por exemplo”, acresce Álvaro Menocin, gerente de engenharia de vendas da Volvo. “Com isso, a ideia é ficar mais forte em outros setores.”

O FH cavalo mecânico 8x2 tem dois eixos direcionais, podendo transportar 54,5 t de PBTC (Peso Bruto Total Combinado) ou até 38 t de carga líquida, dependendo do implemento. Já o cavalo mecânico FH 8x4 pode ser equipado com motor de 500 cv ou 540 cv.

FORA DE ESTRADA

Assim como o FH, o modelo FMX também foi profundamente repaginado. Na nova linha, o veículo para transporte pesado em condições severas ganhou motor de 540 cv e pode sair de fábrica com configurações de tração integral 4x4 ou 6x6 cavalo mecânico. Os caminhões também receberam reforços estruturais na suspensão traseira, freio Retarder e freio-motor VEB 510 (Volvo Engine Brake), proporcionando um poder de frenagem de mais de 1.100 cv.

Com maior capacidade de tração, o modelo oferece opção de eixo para 150 t de PBTC (Peso Bruto Total Combinado) e caixa de câmbio eletrônica I-Shift, configurada para operações off-road. Outros destaques incluem ângulo de ataque mais alto, viga reta na parte dianteira, degrau extra, LED em “V” e cabine com cama incluída. “Percebemos que essa opção mostra-se interessante em situações de início de operação, quando ainda não há uma estrutura adequada montada nos canteiros ou nas minas”, diz Menocin.

Na nova linha, o FMX é oferecido com diferentes configurações de eixos. Uma delas é a 4x4 rígido, destinada para operações mais severas e que pode ser equipada com motor de 370 cv ou de 380 cv. Na configuração 6x6 cavalo mecânico, o modelo pode sair de fábrica com motorização de 380 cv a 540 cv de potência, para aplicações com vários tipos de implemento, como tanque, bitrem e tritrem. Outra opção é a 8x4, com 50 milímetros a mais de altura entre o eixo e o solo, especialmente indicada para acoplamento a caçambas e guindastes.

Já o FM pode sair da linha de produção também com motor de 370 cv ou 380 cv de potência, nas configurações 4x2, 6x2 e 8x2 e um novo eixo traseiro, que eleva sua capacidade de carga para 65 t de PBTC.

MANUTENÇÃO

Evidentemente, a promessa de maior disponibilidade da nova Linha F passa pela manutenção. No caso, proativa. De saída, para receber as inovações tecnológicas, os modelos ganharam uma nova arquitetura eletrônica, com cerca de 70% a menos de ligações elétricas, facilitando as operações de manutenção.

Como ressalta Bernardo Fedalto, diretor de caminhões da Volvo no Brasil, os novos sistemas e softwares – que serão lançados ao longo da vida útil dos caminhões em uma espécie de “Volvo Store” – também abrem a possibilidade de se planejar as paradas. Isso porque os dispositivos compilam informações de desgaste de componentes, que são informados no sistema e permitem traçar previsões do desgaste de pastilhas de freio ou da embreagem, por exemplo. “Muito em breve, bastará passar um SMS ou um e-mail e dizer ao motorista: ‘o seu caminhão está em tal lugar e a embreagem vai durar mais tantos km, por isso, se quiser, você pode trocar neste ou naquele local, onde agendaremos a parada’”, antecipa. “E, com essa tecnologia, estamos muito perto disso acontecer.”

Segundo o diretor, o lançamento zero da linha já permite fazer isso, mas o mais provável é que a manutenção proativa seja implementada à medida que a tecnologia seja aperfeiçoada e a rede, devidamente preparada. “A manutenção será planejada e o tempo de espera em oficina vai ser reduzido drasticamente”, diz Fedalto. “Não é só produto, mas uma série de serviços acoplados, em um grande ganho de produtividade.”

PREMIUM

Na Europa, a nova Linha F foi lançada no final de 2012 e, desde então, já vendeu mais de 35 mil unidades. No Brasil, apesar de a atualização elevar a tabela de preços em 20%, a empresa acredita que pode repetir o sucesso no Velho Mundo. “O mercado cai e sobe, mas a tendência é de crescimento e, por isso, acreditamos que ocupamos uma posição privilegiada trazendo ao mercado o que há de mais moderno, mesmo em uma época que talvez não esteja tão boa como no passado”, diz Fedalto.

Para ele, produtos mais tecnológicos permitem ao frotista uma maior assertividade, pois apesar de um custo inicial maior, o custo operacional tende a ser menor com os benefícios incluídos na nova linha. O objetivo, inclusive, é justamente oferecer um custo por t/km mais em conta. “Não somos conhecidos por vender um caminhão mais barato, pelo contrário, temos um veículo Premium de preço”, afirma. “Além disso, também sabemos que os clientes fazem a conta e, em situações desconfortáveis como agora, têm a tendência de buscar uma tecnologia mais moderna.”

Operação se preparou para receber nova linha

Para produzir a nova Linha F de caminhões, a fábrica de Curitiba (PR) ganhou novas funcionalidades. No projeto de adequação, foram incorporados 34 robôs para solda, 16 robôs de pintura e sistemas eletrônicos de apertamentos, além de a montagem final receber duas estações robotizadas e um novo processo de solda a laser.

A empresa – que até o final do ano chegará a 100 concessionárias no país – também investiu 15 milhões de dólares na montagem de uma sofisticada estrutura de negócios, chamada de “Casa do Cliente”, além de instalar uma pista de testes off-road. Com a renovação do portfólio, a expectativa da Volvo é de aumentar ainda mais sua participação de mercado, que atualmente está em 21,1%. “Acreditamos que este lançamento representa o início de uma nova era para a Volvo no Brasil”, afirma Alexander Boni, gerente de vendas da Linha F da Volvo Trucks Americas.

 

 

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