Uma análise panorâmica do noticiário sobre a infraestrutura brasileira é um exercício que pode colocar em alerta qualquer empreendedor, assim como a população do país em geral. Em parte, o que se constata no cotidiano do setor é que há um quase abandono da infraestrutura, que definha na precariedade por conta da falta de investimentos. São informações sobre o apagão rodoportuário, impactos no escoamento da supersafra de grãos, ameaça de apagão energético, filas de caminhões nos portos, navios à espera de vaga nos terminais, cancelamentos de encomendas, déficit habitacional, obras paradas, prejuízos milionários e por aí afora. Esse quadro é verdadeiro e precisa ser revertido, não há dúvida.
Mas, uma apreciação mais atenta das informações também mostra o outro lado da moeda. O mercado de grandes obras, por exemplo, nunca esteve tão aquecido como na última década. Atualmente, das 50 maiores obras de infraestrutura e energia em execução no mundo, 14 estão no Brasil (28%). O pacote de grandes obras movimenta mais de R$ 250 bilhões, gerando 200 mil vagas de empregos e movimentando uma estrutura de máquinas e equipamentos condizente com os desafios que enfrentam.
No último ano, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) aplicou R$ 52,9 bilhões nesse segmento (34% do total de desembolsos do banco). Ainda em 2012, o Cartão BNDES financiou mais de 151 mil operações envolvendo materiai
Uma análise panorâmica do noticiário sobre a infraestrutura brasileira é um exercício que pode colocar em alerta qualquer empreendedor, assim como a população do país em geral. Em parte, o que se constata no cotidiano do setor é que há um quase abandono da infraestrutura, que definha na precariedade por conta da falta de investimentos. São informações sobre o apagão rodoportuário, impactos no escoamento da supersafra de grãos, ameaça de apagão energético, filas de caminhões nos portos, navios à espera de vaga nos terminais, cancelamentos de encomendas, déficit habitacional, obras paradas, prejuízos milionários e por aí afora. Esse quadro é verdadeiro e precisa ser revertido, não há dúvida.
Mas, uma apreciação mais atenta das informações também mostra o outro lado da moeda. O mercado de grandes obras, por exemplo, nunca esteve tão aquecido como na última década. Atualmente, das 50 maiores obras de infraestrutura e energia em execução no mundo, 14 estão no Brasil (28%). O pacote de grandes obras movimenta mais de R$ 250 bilhões, gerando 200 mil vagas de empregos e movimentando uma estrutura de máquinas e equipamentos condizente com os desafios que enfrentam.
No último ano, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) aplicou R$ 52,9 bilhões nesse segmento (34% do total de desembolsos do banco). Ainda em 2012, o Cartão BNDES financiou mais de 151 mil operações envolvendo materiais de construção civil e máquinas e equipamentos, somando R$ 1,52 bilhão em financiamentos (+64% sobre o ano anterior).
Com o aquecimento, o número de empresas no setor da construção dobrou em 10 anos, chegando a duas centenas. Além disso, houve um significativo ganho de produtividade de 20% em menos de uma década, o que se tornou possível com a introdução de máquinas, equipamentos e processos mais eficazes, seguros e modernos nos canteiros de obras.
Por tudo isso, mesmo que o desafio seja grande o que certamente é, esperamos que no médio prazo o fiel da balança penda para o lado mais positivo dessa questão estratégica para o país, dando continuidade aos esforços de agregar competitividade à nossa economia por meio da melhoria da infraestrutura. Nessa linha, nas próximas páginas o leitor pode conferir reportagens sobre pavimentação, mineração subterrânea, segurança, locação e outros pontos pertinentes ao tema que mais mobiliza o Brasil neste momento. Boa leitura.
Claudio Schmidt
Presidente do Conselho Editorial
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