A pandemia do Covid-19 caiu como uma bomba sobre a economia global e também vem afetando o setor de bens de capital. Ainda é cedo para mensurar os desdobramentos da crise sanitária desencadeada pela propagação do coronavírus, mas os primeiros impactos já começaram a se fazer sentir de maneira inequívoca desde meados de março.
Na Europa, que abriga grande parte dos fabricantes com presença no Brasil, o CECE (Committee for European Construction Equipment) afirma ainda não ser possível traçar prognósticos, mas já anunciou medidas para combater os problemas impostos pelo coronavírus, que certamente terá um impacto severo na indústria de equipamentos e na economia global como um todo.
Em pesquisa realizada em março, o CECE apurou que 32% das companhias que integram a entidade acreditam que serão significativamente afetadas pela crise, enquanto 30% disseram que já estão fechando suas fábricas. O estudo mostrou que a pandemia traz desafios relacionados principalmente aos clientes, notadamente no que tange à paralisação de canteiros e cancelamentos de projetos.
Assim, aproximadamente 40% dos entrevistados já preveem uma queda entre 10% e 30% nas vendas. Todavia, como a
A pandemia do Covid-19 caiu como uma bomba sobre a economia global e também vem afetando o setor de bens de capital. Ainda é cedo para mensurar os desdobramentos da crise sanitária desencadeada pela propagação do coronavírus, mas os primeiros impactos já começaram a se fazer sentir de maneira inequívoca desde meados de março.
Na Europa, que abriga grande parte dos fabricantes com presença no Brasil, o CECE (Committee for European Construction Equipment) afirma ainda não ser possível traçar prognósticos, mas já anunciou medidas para combater os problemas impostos pelo coronavírus, que certamente terá um impacto severo na indústria de equipamentos e na economia global como um todo.
Em pesquisa realizada em março, o CECE apurou que 32% das companhias que integram a entidade acreditam que serão significativamente afetadas pela crise, enquanto 30% disseram que já estão fechando suas fábricas. O estudo mostrou que a pandemia traz desafios relacionados principalmente aos clientes, notadamente no que tange à paralisação de canteiros e cancelamentos de projetos.
Assim, aproximadamente 40% dos entrevistados já preveem uma queda entre 10% e 30% nas vendas. Todavia, como antes da crise havia uma sólida demanda por maquinários e muitos projetos que – apesar de paralisados – não foram cancelados, a entidade mantém-se otimista sobre a possibilidade de a indústria se recuperar assim que o vírus for derrotado.
Enquanto isso, o CECE e outras entidades do setor vêm pressionando a União Europeia no sentido de adotar medidas em resposta aos riscos trazidos pela pandemia. Isso inclui, por exemplo, a solicitação de uma moratória sobre a aplicação dos prazos previstos nas novas regulamentações sobre emissões de gases para motores – relacionadas à fase de transição para o Stage 5. As entidades assinalam que o surto da Covid-19 vem causando interrupções no fornecimento de peças e componentes.
No Brasil, além dos impactos ainda incalculáveis no mercado, a agenda nacional de eventos também já foi afetada, com a postergação de feiras como Intermodal, Feicon e Agrishow, assim como o Workshop Revista M&T, que ocorreria no dia 15 de abril e foi adiado como medida de contenção do coronavírus. “A Sobratema está focada na segurança e na saúde de todos os envolvidos nos diversos eventos que ela realiza e [o evento] será remarcado em breve”, comunicou a entidade.
Permínio Alves Maia de Amorim Neto
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