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Revista M&T - Ed.51 - Fev/Mar 1999
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Pavimentação

Os desafios atuais e as respostas dos fabricantes

Novidades embutidas na nova geração de equipamentos
Pavimentadoras: apenas um componente de uma geração de novos equipamentos
Um modelo de pavimentação brasileiro ainda estão para ser definido. Por enquanto, não há predominância de uma técnica específica que aproxime o modelo nacional dos métodos construtivos adotados nos Estados Unidos e muito menos na Europa. O certo é que, alavancado pelos concessionários privados de rodovias - que obrigatoriamente passaram a exigir maior vida útil para a pista e redução dos (seus) custos de manutenção - os processos tendem a ser cada vez mais rigorosos. De qualquer forma, a tecnologia já chegou, e está à disposição das construtoras que precisarem pavimentar segundo os estritos padrões da Sociedade de Pavimentadores Americanas (NAPA), por exemplo.
Não haveria problema também se, uma vez executada a obra, a qualidade das pistas passasse a ser verificada por perfilógrafos (o primeiro desses aparelhos, que mede as variações do grade, já foi importado pela Associação Brasileira de Cimento Porttland e colocado à disposição dos órgãos regulamentares brasileiros). Do mesmo modo, não haveria empecilho técnico para os brasileiros ganharem estradas do mesmo nível das autobans européias - onde o pavimento está bem assentado sobre camadasasfálticas decerca de 13 polegadas ou mais de espessura.
O ponto alto dessa tecnologia é, sem dúvida, a nova geração de pavimentadoras. Não só pelas suas qualidades intrínsecas, mas porque elas passam a exigir melhores padrões de desempenho de todos os equipamentos envolvidos no processo, das usinas aos compactadores. Elas têm o mérito tambémde virem “casadas” com toda uma linha de fresadoras e de acessórios como o móbile conveyor (um equipamento intermediárioque evita o contato direto entre o caminhão e

Pavimentadoras: apenas um componente de uma geração de novos equipamentos
Um modelo de pavimentação brasileiro ainda estão para ser definido. Por enquanto, não há predominância de uma técnica específica que aproxime o modelo nacional dos métodos construtivos adotados nos Estados Unidos e muito menos na Europa. O certo é que, alavancado pelos concessionários privados de rodovias - que obrigatoriamente passaram a exigir maior vida útil para a pista e redução dos (seus) custos de manutenção - os processos tendem a ser cada vez mais rigorosos. De qualquer forma, a tecnologia já chegou, e está à disposição das construtoras que precisarem pavimentar segundo os estritos padrões da Sociedade de Pavimentadores Americanas (NAPA), por exemplo.
Não haveria problema também se, uma vez executada a obra, a qualidade das pistas passasse a ser verificada por perfilógrafos (o primeiro desses aparelhos, que mede as variações do grade, já foi importado pela Associação Brasileira de Cimento Porttland e colocado à disposição dos órgãos regulamentares brasileiros). Do mesmo modo, não haveria empecilho técnico para os brasileiros ganharem estradas do mesmo nível das autobans européias - onde o pavimento está bem assentado sobre camadasasfálticas decerca de 13 polegadas ou mais de espessura.
O ponto alto dessa tecnologia é, sem dúvida, a nova geração de pavimentadoras. Não só pelas suas qualidades intrínsecas, mas porque elas passam a exigir melhores padrões de desempenho de todos os equipamentos envolvidos no processo, das usinas aos compactadores. Elas têm o mérito tambémde virem “casadas” com toda uma linha de fresadoras e de acessórios como o móbile conveyor (um equipamento intermediárioque evita o contato direto entre o caminhão ea mesa vibratória) e o road widener, específico para a execução de acostamentos.
A nova geração de pavimentadoras, evidentemente, não modifica o processo básico desse tipo de equipamento, segundo o qual o material é descarregado em um silo ou compartimento similar, a partir do qual é transportado por correias transportadoras, embaixo da máquina, até o eixo sem-fim, que faz a distribuição por toda a largura da
mesa. A novidade são os detalhes tecnológicos incorporados pelos diversos fabricantes que prometem, cada um a seu modo, melhor qualidade e produtividade na execução da obra.
A linha Blaw-Knox, que a Ingersoll-Rand está introduzindo no mercado brasileiro, por exemplo, - conta com extensão hidráulica (e não manual) da mesa vibratória que garante em alguns modelos uma largura de pavimentação de até 12 m.
Um recurso exclusivo, patenteado pela Ingersoll-Rand, é o “mixer agitator”, que nada mais é do que uma barra giratória dotada de pás dispostas perpendicularmente que agita o material nas esteiras evitando a sua segregação e garantindo maior homogeneidade.
Pré-compactuação: sistema integrado nas lâminas

A mesa em si trabalha como um ferro de passar roupa. No início da operação, você esquenta a mesa, através de quei-madores, que depois são desligados - porque ela permanecera aquecida pela própria temperatura do material.
A Ingersool também conta com a linha ABC de pavimentação, mais conhecida pelos modelos da série Titan (para larguras de 0,8 m a 12,5 m). Nesse caso, o maior diferencia! é o sistema de pré-compactação, denominado Duotamp. Ele está integrado tanto nas lâminas do tipo variomatic quanto nas combinações de lâminas standart - as opções oferecidas conforme a aplicação do equipamento.
A Caterpillar também desenvolveu soluções próprias para pavimentação. Se faltava tradição na companhia em relação a esse tipo de equipamento em particular, esse questão foi resolvida em 1991 quando comprou a Barber-Greene, a empresa que inventou a pavimentadora, acrescentando a sua própria tecnologia nos componentes, além do motor Caterpillar, e o sistema de material rodante. Isso resultou em uma nova geração de pavimentadoras Caterpillar (que ainda mantém a marca Barber Greene em alguns mercados)representada hoje principalmente pelos modelos AP-630B, AP-1050B e AP-1055B. Nela, novos conceitos passaram a ser incorporados, como o mobil trac (correia de borracha de alta resistência), que alia a mobilidade dos pneus com a tração das esteiras. Do mesmo modo, as mesas ganharam uma articulação automatizada para atender as características específicas de projeto.
Atualmente, as pavimentadoras dessa linha ganharam também um sistema de auto-diagnose do sistema dc propulsão e do sistema de alimentação que, além de minimizar o tempo de máquina parada, pode auxiliar o próprio operador, desde que treinado adequadamente, a se identificar cada vez mais com a máquina e a se beneficiar com todas as suas características. Não faltam também sensores (skis de junta e de nivelamento).
A Bitelli, da Itália, também desenvolveu uma nova família de acabadoras, totalmente hidrostáticas. São três modelos básicos. A começar pela BB 651 C, que é equipada com esteiras flexíveis de borracha reforçada, que se amoldam melhor às condições do terreno, garantindo ao mesmo tempo maior tração, mesmo em terrenos irregulares, e deslocamento em alta velocidade.
Na BB 660 D, a maior novidade é o conrputador de tordo, que supervisiona todo fu nrionamento e a produção do equipamento. Há também um sistema de auto-diagnóstico e, opcionalmente, pode ser incorporado um sensor ultra-sônico longitudinal. Já o modelo BB 681 foi desenvolvido para grandes obras, na medida em que conta com melhor relação de potência, tração, estabilidade efluxo de material.
Na linha da Svedala, um dos destaques e já bastante difundido em obras no Brasil é o modelo F14-C importado da Alemanha. Ele pode ser montado com três mesas acabadoras, atingindo abertura de espalhamento de até 9 m, com extensores hidráulicos. Umas de suas particularidades é acionamento do eixo “sem- fim”, que é feito pelas extremidades por um motor hidráulico. A vantagem é não se precisar ter no meio da máquina um sistema de caixa de engrenagem para essa finalidade.
Também tem nivelamento longitudinal para os lados direito e esquerdo da máquina e nivelamento eletrônico transversal. As esteiras têm revestimento de borracha e acionamento por motor hidráulico nas extremidades da parte traseira, o que permite um giro do eixo de 360°.

GP 2600: marginal de concreto em acesso da via Dutra

CONCRETO
Um grande impulso também vem sendo ciado na execução de pavimentos de concreto pela Pella Engenharia e Comércio. A empresa importou inicialmente a Acabadora de Concreto C 450, da Gonraco, com a qual quintuplicou a produção média nacional chegando a executar de 1000 a 1500 m2 por dia de pavimentos rígidosos. A empresa também, através de sua parceira, a Sotenco, introduziu no país outros equipamentos de ponta. Incluindo uma pavimentadora Gomaco, modelo GB 2600, com forma deslizante e controlada por computador, com capacidade para executar até 1,5 Km dc rodovia por dia, com uma largurade 7,20 m. Outro equipamento introduzido no mercado brasileiro pela Pella foi a usina misturadora de concreto da Erie Straiee com capacidade para até 250 m3 por hora. Para complementar, a empresa passou a contar também com uma aplicadora de cura química Gomeco modelo Spanit, uma Estação Metereológica Portátil Computadorizada que define, em tempo real, a taxa de evaporação da água do concreto, em função da velocidade do vento, da umidade relativa do ar, da temperatura ambiente - itens esses medidos pela própria estação - e da temperatura do próprio concreto (medida através de um termômetro e cujo valor é inserido no software do computador), seladoras de junta e o respectivo selante da Crafco, perfuratrizes de barras Minech (além das serras diamancadas Target).:
O grande teste no mercado brasileiro desse arsenal tecnológico se deu na execução de um trecho de uma pista marginal da rodovia Residente Dutra, que liga São Riulo ao Rio de Janeiro. Com extensão inicial de 4,100 m, esse trecho, foi aprovado pela concessionária privada responsável pela rodovia em razão do índice de conforto que passou a oferecer ao veículo e, consequentemente, ao usuário, que trafega pela rodovia. Isso foi suficiente para incentivar ou nas concessionárias a adotar o pavimento rígido nas suas rodovias. Tanto que a própria Pella Construções já está mobilizando os mesmos equipamentos para a execução de uma outra pista, de 7 km e largura de 4,5 m, no Complexo Anchieta/I migrantes, que liga a cidade de São Paulo ao litoral do estado. O primeiro do Rodoanel Metropolitano, com 30 Km de extensão, também está licitado em concreto.

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