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Revista M&T - Ed.264 - Junho 2022
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EDITORIAL

Os combustíveis alternativos ao diesel

Devido ao aumento dos custos na extração de recursos, preocupações ambientais, restrições legais, tendências sociais e outros fatores, cada vez mais as fabricantes estão experimentando novos meios de alimentar as máquinas

O diesel alimenta equipamentos de construção há décadas. Contudo, devido ao aumento dos custos na extração de recursos, preocupações ambientais, restrições legais, tendências sociais e outros fatores, cada vez mais as fabricantes estão experimentando novos meios de alimentar as máquinas.

A eletricidade já é popular em equipamentos menores, no transporte de curta distância e na mineração subterrânea, mas aparentemente ainda não responde aos desafios de aplicações mais pesadas. Para alimentar equipamentos móveis de grandes dimensões, as fabricantes vêm investindo em combustíveis alternativos, incluindo gás natural, propano, biodiesel e hidrogênio, dentre outros.

O propano tem sido utilizado há tempos para alimentar pavimentadoras – não para obter benefícios ambientais ou atender a regulamentos governamentais, mas simplesmente porque é mais eficaz no aquecimento do asfalto. O gás natural também já tem sido utilizado em caminhões, mas novas alternativas vêm surgindo em várias frentes.

Na Linha Amarela, que traz o maior dos desafios, os exemplos também se multiplicam. Na ConExpo 2020, a Bomag apresentou o compactador BW 120 AD-5 nas versões a diesel, elétrica e a gás liquefeito de petróleo (GLP), ainda não disponíveis comercialmente.

O modelo traz vários benefícios em comparação ao homólogo a diesel, pois produz menos poeira fina (-15%), dióxido de carbono (-15%) e óxido nitroso (-95%). Também é 21% mais potente, além de o GPL ser até 40% mais barato que o diesel, fazendo com que o TCO (Custo Total de Propriedade) diminua com o tempo.

Em outra frente, a Volvo CE anunciou que seus equipamentos a diesel agora podem ser alimentados por Óleo Vegetal Hidratado (HVO), sem modificações no motor. Com desempenho semelhante ao diesel, o HVO é diferente de outros biocombustíveis na medida em que


O diesel alimenta equipamentos de construção há décadas. Contudo, devido ao aumento dos custos na extração de recursos, preocupações ambientais, restrições legais, tendências sociais e outros fatores, cada vez mais as fabricantes estão experimentando novos meios de alimentar as máquinas.

A eletricidade já é popular em equipamentos menores, no transporte de curta distância e na mineração subterrânea, mas aparentemente ainda não responde aos desafios de aplicações mais pesadas. Para alimentar equipamentos móveis de grandes dimensões, as fabricantes vêm investindo em combustíveis alternativos, incluindo gás natural, propano, biodiesel e hidrogênio, dentre outros.

O propano tem sido utilizado há tempos para alimentar pavimentadoras – não para obter benefícios ambientais ou atender a regulamentos governamentais, mas simplesmente porque é mais eficaz no aquecimento do asfalto. O gás natural também já tem sido utilizado em caminhões, mas novas alternativas vêm surgindo em várias frentes.

Na Linha Amarela, que traz o maior dos desafios, os exemplos também se multiplicam. Na ConExpo 2020, a Bomag apresentou o compactador BW 120 AD-5 nas versões a diesel, elétrica e a gás liquefeito de petróleo (GLP), ainda não disponíveis comercialmente.

O modelo traz vários benefícios em comparação ao homólogo a diesel, pois produz menos poeira fina (-15%), dióxido de carbono (-15%) e óxido nitroso (-95%). Também é 21% mais potente, além de o GPL ser até 40% mais barato que o diesel, fazendo com que o TCO (Custo Total de Propriedade) diminua com o tempo.

Em outra frente, a Volvo CE anunciou que seus equipamentos a diesel agora podem ser alimentados por Óleo Vegetal Hidratado (HVO), sem modificações no motor. Com desempenho semelhante ao diesel, o HVO é diferente de outros biocombustíveis na medida em que utiliza hidrogênio e não metanol como catalisador, tornando-se menos suscetível ao calor, frio e luz solar.

A JCB, por sua vez, recentemente revelou o protótipo de uma escavadeira que utiliza eletrólise para criar hidrogênio a partir da água. Com 20 t, o modelo 220X é equipado com sistema de células de combustível, o primeiro de seu gênero na indústria. Já a Hyundai CE anunciou que, até 2023, também apresentará uma escavadeira movida a hidrogênio.

De acordo com a empresa, as células de combustível são mais compatíveis com equipamentos pesados devido à maior facilidade de expansão da capacidade em relação às baterias de íons de lítio.

Como se vê, há uma verdadeira revolução em curso no que tange aos combustíveis alternativos para máquinas pesadas, o que não deve eliminar totalmente o diesel, mas aponta para uma nova realidade no setor. Tema que, aliás, é reportagem de capa desta edição. Boa leitura.

Silvimar Fernandes Reis
Presidente do Conselho Editorial

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