Primeira turma já está tendo aulas práticas e teóricas no Batalhão de Araguari, em Minas Gerais.
Teve início em 19 de abril, Dia do Exército, no 11° Batalhão de Engenharia de Construção, em Araguari (MG), o “Curso de Operadores Polivalentes de Equipamentos de Terraplanagem”, ministrado pelo Instituto Opus, para operadores de equipamentos dos batalhões de engenharia de construção de Araguari (MG), Cuiabá (MT) e Lajes (SC). É o primeiro curso de um programa de parceria estabelecido entre a Sobratema, através do Instituto Opus, e a DOC, Diretoria de Obras em Cooperação, do Exército — à qual estão subordinados onze batalhões e uma companhia distribuídos por todo o território nacional, principalmente no Nordeste e na Amazônia.
“Vemos com muito oti
Primeira turma já está tendo aulas práticas e teóricas no Batalhão de Araguari, em Minas Gerais.
Teve início em 19 de abril, Dia do Exército, no 11° Batalhão de Engenharia de Construção, em Araguari (MG), o “Curso de Operadores Polivalentes de Equipamentos de Terraplanagem”, ministrado pelo Instituto Opus, para operadores de equipamentos dos batalhões de engenharia de construção de Araguari (MG), Cuiabá (MT) e Lajes (SC). É o primeiro curso de um programa de parceria estabelecido entre a Sobratema, através do Instituto Opus, e a DOC, Diretoria de Obras em Cooperação, do Exército — à qual estão subordinados onze batalhões e uma companhia distribuídos por todo o território nacional, principalmente no Nordeste e na Amazônia.
“Vemos com muito otimismo esse primeiro curso do Opus e esperamos que se estenda para toda a engenharia de construção da Força”, diz o tenente coronel Mareio Velloso Guimarães, Comandante do 11°. Batalhão de Engenharia de Construção de Araguari. (leia entrevista nesta edição). “Essa parceria é uma prova de que, apesar das dificuldades, a comunidade pode se articular para qualificar centenas de jovens incorporados aos batalhões de engenharia de construção nos mais distantes rincões do país”, acrescenta Hugo Ribas Branco, gerente executivo da Sobratema. Roberto Ferreira, diretor executivo do Instituto Opus lembra que esse curso foi desenvolvido especialmente para o Brasil e visa atender à necessidade dos batalhões de engenharia e do mercado, como um todo, por essa categoria de profissionais. “A Engenharia do Exército, com sua missão institucional de tocar obras, sua vocação e estrutura voltadas para a instrução e formação profissionais e cívicas, se insere perfeitamente nesse processo de disseminação do conhecimento, que é a própria razão de ser da Sobratema”.
Ele explica que, neste primeiro momento, o que se busca é dotar os operadores experientes dos Batalhões de Engenharia de Construção de conhecimentos específicos sobre a operaçã0> transformando os aprovados em operadores polivalentes de equipamento de construção e mineração. “Estamos nesta primeira fase, executando sintonia fina do curso para, em seguida, partirmos para a formação de instrutores da própria corporação (oficiais e sargentos), que serão os agentes multiplicadores do projeto. A partir daí, diz Ferreira, o próprio Exército treinará os seus operados segundo o método de ensino do Instituto Opus (“Abordagem contínua ao treinamento”), que também se incumbirá de examiná-los “para, eventualmente, certificá-los, esperando que, no seu reingresso na vida civil, sejam os mesmos, experientes, disciplinados e qualificados, absorvidos sem restrições pelo mercado de trabalho”. Atualmente, um total de 20 alunos passam pelo curso de treinamento do Opus no Batalhão de Araguari: sete deles são do 9°. BECNST de Cuiabá (MT), seis do 10°. BECNST de Lajes (SC) e sete do 11°. BECNST, de Araguari (MG). O período de aulas vai de 19 de abril até 9 de junho - com início das aulas práticas, nas obras, a partir de 10 de maio. Nesse período, dois instrutores do Instituto Opus - o engenheiro Norberto Papini e o mestre-operador Antônio Cândido de Paula - estarão residindo no próprio quartel de Araguari.
“MULTIPLICADORES” — O critério de seleção dos alunos, segundo o major Guilherme Cavagnari da área de Planejamento do Batalhão de Engenharia de Araguari, definiu nesse primeiro momento profissionais mais experientes e que operam mais de um equipamento. “Eles serão os divulgadores desse tipo de treinamento, assim que retornarem às suas unidades, uma vez concluído o curso”, diz ele. Mesmo os jovens recém recrutados para o serviço militar já serão beneficiados, ainda que indiretamente, nesse primeiro momento. Cavagnari explica que os soldados dos batalhões de engenharia, depois de um período de instrução no quartel, são enviados para os “trechos” de obra na condição de auxiliares de serviços diversos, de modo que possam aprender uma qualificação trabalhando com os profissionais mais experientes, incluindo os operadores. Somente em Araguari, diz ele, foram incorporados, nestes 2004, 280 jovens. “Enquanto cumprem o serviço militar, eles têm a oportunidade de aprender uma profissão para a vida civil ou podem se credenciar a uma vaga no batalhão por um período de até sete anos, se o seu desempenho profissional e o especificamente militar (disciplina principalmente) forem satisfatórios”. O 11° Batalhão de Engenharia de Construção, sediado em Araguari, no Triângulo Mineiro, também é conhecido como “Batalhão Mauá”, em homenagem ao seu patrono — o empreendedor e pioneiro na área ferroviária, Visconde de Mauá — ou, simplesmente, como “Batalhão Ferroviário”, em referência à sua origem. Criado no município de Rio Negro, em Santa Catarina, o batalhão foi transferido para Araguari em 1965 para participar do esforço de construção da ligação ferroviária entre a cidade de Uberlândia e Brasília, a então nova capital brasileira, que havia sido erguida alguns anos antes.
Concluída essa tarefa, o “Batalhão Ferroviário” foi definitivamente transferido para a sua atual região, onde vem realizando importantes obras de infraestrutura e integração. Atualmente, o 11°. Batalhão conta com um contingente em torno de 900 pessoas, entre oficiais, sub tenentes e sargentos, soldados e funcionários civis. O Batalhão é dividido em quatro companhias: Comando e Apoio, Engenharia de Equipamentos e Manutenção, Engenharia Ferroviária e Engenharia de Construção.
“DESTACAMENTOS” - Na maior parte dos casos, em razão da localização das obras, não é possível utilizar o quartel em Araguari como base de operações para todas elas. Por isso, o batalhão de engenharia escolhe locais próximos às obras, onde fica acantonado, e, caso não haja essa disponibilidade, instala um alojamento próximo ao canteiro. Nesses locais, denominados “destacamentos”, como em uma operação militar, há um comandante residente, geralmente um capitão, que responde pela administração de material, equipamentos e pessoal.
Em cada destacamento, estão mobilizadas diversas equipes — de terraplenagem, tapa-buracos e manutenção, por exemplo. Há, também, a disponibilidade de pessoal qualificado em várias outras áreas: carpintaria, mecânica leve e pesada, etc. Todos são militares ou servidores civis do batalhão — inclusive mecânicos e operadores de equipamentos. Atualmente, o 11°. Batalhão de Engenharia de Araguari está mobilizando em várias frentes de trabalho, principalmente na região do Triângulo mineiro. Uma das mais significativas a execução do trevo rodoviário na região de Uberlândia, no entroncamento das rodovias BR-050 e BR-262.
O órgão concedente é o ministério dos transportes, por intermédio do DNIT (Departamento nacional de infraestrutura e transporte). E o órgão conveniado é o Ministério da Defesa, através do Comando do Exército, por intermédio do 11° Batalhão de Engenharia de Construção. Trata- se de um convênio com orçamento da ordem de R$ 9 milhões, com tempo de execução de 12 meses. Já foram executados os desvios nas duas rodovias e iniciados os trabalhos de escavação para as duas passagens de nível na BR-050. Numa segunda fase, serão executados dois viadutos na BR- 262. A conclusão está prevista para março de 2005. Todos os detalhes e o andamento dessa e de outras obras do 11°. Batalhão podem ser acompanhados no site do próprio batalhão, em www.btlmaua.com.br.
Uma das novidades dessa obra será a utilização da usina de asfalto móvel de médio porte (UACFI7P) Ciber 50/80 (toneladas por hora), uma das mais recentes aquisições do batalhão, que irá atender obras situadas em um raio de 150 quilômetros. “É um investimento de R$900 mil e um sonho há muito tempo acalentado pelo Batalhão”, define o tenente-coronel de engenharia e comandante do 11°. Batalhão, Márcio Velloso Guimarães.
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