Pelo senso comum, o custo é um dos fatores que estão estimulando o interesse em fontes alternativas de energia no setor de equipamentos. Porém, essa visão cai por terra quando se compara, por exemplo, o preço por kWh do gasóleo, da gasolina e do gás natural, praticamente o mesmo, ao da eletricidade (ao menos 37% mais elevado) ou do propano (aproximadamente o dobro). Os dados são retirados de apresentação de David Langenderfer, líder de projetos técnicos da Cummins, citada em artigo da AEM (Association of Equipment Manufacturers).
De fato, é na emissão de gases do efeito de estufa (GHG) que se torna possível ver as vantagens das fontes alternativas, sustenta o especialista.
Durante o funcionamento normal da máquina, o motor diesel emite 296 g/kWh, seguido pelo propulsor a gasolina (293 g/kWh), propano (251 g/kWh), gás natural (213 g/kWh) e totalmente elétrico (de 0 a 947 g/kWh, dependendo do método de geração).
De modo geral, os combustíveis alternativos também são mais eficientes. Uma análise da eficiência térmica mostra o diesel (38%) à frente da gasolina portuária (25%) e da gasolina turboalimentada (35%
Pelo senso comum, o custo é um dos fatores que estão estimulando o interesse em fontes alternativas de energia no setor de equipamentos. Porém, essa visão cai por terra quando se compara, por exemplo, o preço por kWh do gasóleo, da gasolina e do gás natural, praticamente o mesmo, ao da eletricidade (ao menos 37% mais elevado) ou do propano (aproximadamente o dobro). Os dados são retirados de apresentação de David Langenderfer, líder de projetos técnicos da Cummins, citada em artigo da AEM (Association of Equipment Manufacturers).
De fato, é na emissão de gases do efeito de estufa (GHG) que se torna possível ver as vantagens das fontes alternativas, sustenta o especialista.
Durante o funcionamento normal da máquina, o motor diesel emite 296 g/kWh, seguido pelo propulsor a gasolina (293 g/kWh), propano (251 g/kWh), gás natural (213 g/kWh) e totalmente elétrico (de 0 a 947 g/kWh, dependendo do método de geração).
De modo geral, os combustíveis alternativos também são mais eficientes. Uma análise da eficiência térmica mostra o diesel (38%) à frente da gasolina portuária (25%) e da gasolina turboalimentada (35%), porém atrás da gasolina de alta eficiência (40%), do gás natural (40%) e da eletricidade (90%).
Ao se migrar para combustíveis alternativos, assinala Langenderfer, também surgem as diferenças em relação aos propulsores convencionais. O depósito de combustível é um deles, pois os combustíveis líquidos, incluindo diesel e gasolina, utilizam tanques de plástico ou aço inoxidável, enquanto gás natural e propano requerem tanques de alta pressão. Além disso, a cabeça do cilindro também precisa ser construída em alumínio para uso com combustíveis alternativos, ajudando a retirar parte do calor.
Por sua vez, as fugas de combustível apresentam desafios únicos com os combustíveis alternativos. Com combustíveis líquidos, as fugas podem ser detectadas por meio de inspeções visuais regulares. Todavia, com gasosos, como propano e gás natural, não há sinais visuais de fuga, exigindo a adição de um sistema de alerta.
Em termos de arquitetura global, há poucas diferenças entre os propulsores a diesel e a gasolina. Com o gás natural, contudo, é provável que sejam necessários dois ou três tanques para fornecer o volume de energia necessário para se atingir a mesma produção. Por outro lado, o gás natural permite reduzir o tamanho do motor, proporcionando espaço adicional sem sacrificar a potência.
Como se vê, o caminho da descarbonização está em pleno desenvolvimento – e o leitor como sempre pode acompanhar toda essa evolução nas páginas da Revista M&T. Boa leitura.
Silvimar Fernandes Reis
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